Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com doenca de Chagas no Hospital Universitário de Maringá, Paraná, Brasil / Clinical and epidemiological profile of patients with Chagas disease at the University Hospital in Maringá, Paraná, Brazil

Este trabalho descreveu o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com doenca de Chagas atendidos no ambulatório e na internacão do Hospital Universitário de Maringá (HUM), Paraná, Brasil, entre maio de 1998 a maio de 2003. A média de idade foi maior no servico de internacão (p < 0,000). O sexo masculino predominou entre os internados e o feminino entre os ambulatoriais (p = 0,0033). De 95 pacientes, 60 por cento nasceram em Minas Gerais e São Paulo e 25,3 por cento no Paraná. A história familiar para doenca de Chagas foi positiva em 68,9 por cento deles e 53,3 por cento relataram a presenca de triatomíneos no domicílio. Em ordem decrescente ocorreram as formas clínicas cardíaca, digestiva, indeterminada e cardiodigestiva. A forma indeterminada prevaleceu entre os ambulatoriais e as formas cardíaca e digestiva entre os internados. As complicacões crônicas cardíacas e digestivas foram as principais queixas para a internacão. Destacam-se os altos percentuais de doenca cardíaca (38,9 por cento) e digestiva (26,3 por cento) encontrados neste estudo, de forma distinta ao que acontece em outras regiões geográficas. O HUM disponibiliza o tratamento sintomático dessas complicacões e não prioriza o tratamento etiológico mesmo para pacientes em fase indeterminada.

Relaçäo entre a freqüência de arritmias cardíacas e o motivo que determina a utilizaçäo da eletrocardiografia dinâmica após revascularizaçäo cirúrgica do miocárdio / Relation between the frequence of heart arrhythmias and the motive what determination of use dynamics of electrocardiography after myocardial revascularization surgery

Foram estudados, por meio de eletrocardiografia dinâmica (sistema Holter), 60 pacientes (54 do sexo masculino), com idades entre 42 e 74 anos (média 59,53 e desvio padräo 20,90), encaminhados pelo setor de pós-operatório do Instituto "Dante Pazzanese" de Cardiologia. A duraçäo de cada gravaçäo foi de 12 horas. O intervalo entre a intervençäo cirúrgica e o exame variou de 16 dias a 162 meses (média 52,72 meses e desvio padräo 41,92 meses). Concluiu-se que os estudos solicitados para esclarecer arritmias constatadas pelo exame e/ou pelo eletrocardiograma convencional apresentam uma proporçäo de gravaçöes com arritmias expressivamente maior do que a registrada naquelas que foram indicados com base apenas nas queixas dos pacientes