RESUMEN
FUNDAMENTO: O diagnóstico de Embolia Pulmonar (EP) ainda requer longos períodos de trabalho e inúmeros testes. OBJETIVO: Nosso objetivo é avaliar os desfechos clínicos após uma investigação negativa usando um protocolo combinado de angio TC de tórax e venografia por TC (CTA/CTV) como único teste de diagnóstico em pacientes não selecionados com suspeita de EP. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo que incluiu pacientes consecutivos com suspeita de EP que foram investigados com um protocolo combinado de CTA/CTV. Os pacientes que apresentaram inicialmente uma investigação negativa e não receberam anticoagulantes foram acompanhados por seis meses para ocorrência de eventos tromboembólicos venosos recorrentes. RESULTADOS: De 425 pacientes com suspeita de EP, 62 (14,6%) tiveram diagnóstico de tromboembolismo venoso no CTA/CTV inicial. A média de idades foi de 56 ± 19 anos, e 61% da população se enquadravam na categoria de baixa probabilidade clínica. A trombose venosa profunda isolada representou 21% de todos os eventos tromboembólicos venosos, e quando se considerou toda a população, a CTV foi associada a um incremento no rendimento diagnóstico de 3,1%. Nosso grupo era composto de 320 pacientes com CTA/CTV inicialmente negativo e que não receberam anticoagulantes. Após seis meses de acompanhamento, apenas três pacientes apresentaram recorrência de eventos tromboembólicos (0,9%, IC 95% -0,1% - 2,0%) e nenhum foi fatal. Não houve mortes relacionadas com a EP. CONCLUSÕES: Nosso estudo sugere que uma estratégia de diagnóstico que utiliza CTA/CTV como único teste de diagnóstico pode descartar EP com segurança, em população com risco baixo a moderado, e está associada a resultados favoráveis, com um valor preditivo negativo de 99,1%. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0).
BACKGROUND: The diagnosis of pulmonary embolism (PE) still requires long work-up periods and multiple tests. OBJECTIVE: We aim to assess clinical outcomes after a negative investigation using a combined protocol of CT pulmonary angiography and CT venography (CTA/CTV) as a sole diagnostic test in unselected patients with suspected PE. METHODS: This retrospective cohort study enrolled consecutive patients with suspected PE who were investigated with a combined CTA/CTV protocol. Patients who had an initially negative investigation and were not anticoagulated were followed for 6 months for the occurrence of recurrent venous thromboembolic events. RESULTS: Out of 425 patients with suspected PE, 62 (14.6%) had venous thromboembolism diagnosed on the initial CTA/CTV. The mean age was 56 ± 19 years and 61% of the population fell into the low clinical probability category. Isolated deep vein thrombosis represented 21% of all venous thromboembolic events, and when considering the whole population, CTV was associated with an increment in diagnostic yield of 3.1%. Our cohort was composed of 320 patients with initially negative CTA/CTVs and who were not anticoagulated. After 6 months of follow up, only three patients presented with recurrent thromboembolic events (0.9%; 95% CI -0.1% - 2.0%) and none was fatal. There were no PE-related deaths. CONCLUSION: Our study suggests that a diagnostic strategy that utilizes CTA/CTV as a sole diagnostic test can safely rule out PE in a low to moderate risk population and is associated with favorable outcomes with a negative predictive value of 99.1%. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0).