RESUMEN
Introdução: A mielomeningocele afeta os sistemas: nervoso, músculo-esquelético e genito-urinário, este trabalho tem por objetivo analisar as características de crianças com mielomeningocele atendidas no ambulatório de um Hospital Universitário. Metodologia: O estudo realizado foi retrospectivo, e a coleta de dados baseada nos prontuários de 42 crianças com diagnóstico de mielomeningocele. As variáveis categóricas foram apresentadas por meio de frequência absoluta e relativa. Para a associação foi utilizada a análise univariada por meio do teste do Quiquadrado (com ou sem correção de Yates) ou teste exato de Fisher. Resultados: Houve predomínio do gênero feminino (52,4 por cento) e da raça branca (76,1 por cento), a média de idade foi de 5,1 anos e 38,1 por cento apresentavam lesão no segmento lombar baixo. As complicações mais frequentes foram: hidrocefalia, infecção urinária e deformidades. A associação ocorreu entre luxação do quadril e segmento lombar alto (P=0,015) e fratura e lesão torácica (P=0,001). A desnutrição ocorreu em 15 (35,7 por cento) crianças. Das crianças avaliadas, 35 (83,3 por cento) integravam famílias com renda até três salários mínimos. Todas as crianças haviam sido submetidas às intervenções cirúrgicas, porém 8 (19 por cento) não faziam fisioterapia. Quanto às formas de locomoção, 19 (45,2 por cento) crianças eram indeterminadas, 15 (35,7 por cento) deambuladoras e 8 (19 por cento) cadeirantes. Conclusão: A fisioterapia tem papel fundamental na reabilitação da criança com mielomeningocele, visto que a manifestação clínica, as complicações, as dificuldades enfrentadas pelas suas famílias e as intervenções cirúrgicas necessárias são variadas e complexas.