RESUMEN
El objetivo del presente estudio fue explorar los procesos de construcción de alteridad hacia las infancias a partir de los discursos de interventores sociales, considerando la multiplicidad de tensiones existentes entre las representaciones de las infancias y las prácticas de intervención. Se realizaron entrevistas semiestructuradas a cuatro profesionales que trabajan en programas de intervención en libertad asistida, generándose un corpus textual que fue estudiado mediante Análisis de Discurso. Los resultados descriptivos muestran la emergencia de polaridades en tensión: sujeto permeable v/s duro; y sujeto autoactualizable v/s carenciado; lo que deja en evidencia la complejidad del tránsito desde una visión minorista/garantista en el aspecto sociocultural y jurídico, y la tensión en el ejercicio de constructivo que realizan los interventores, quienes finalmente desarrollan nuevos procesos de naturalización que replican la acción de esencializar al otro en la intervención.
This article aims to explore the process in which the otherness of childhoods is constructed by social practitioners through considering the tensions between representations of childhood and intervention practices. Semi-structured interviews were con ducted with four professionals that work in child justice programs. As a result, a textual corpus was produced and a discourse analysis was carried out on this corpus. The descriptive results demonstrate the ...
O objetivo do presente estudo é pesquisar os processos de construção de alteridade de crianças a partir dos discursos de interventores sociais, considerando a multiplicidade de tensões existentes entre as representações da infância e das práticas interventivas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro profissionais que trabalham em programas de intervenção em liberdade assistida, gerando um corpus textual analisado sob a perspectiva da Análise do Discurso. Os resultados evidenciam a emergência de polaridades entre tensão: sujeito permeável versus rígido e sujeito auto-atualizante versus limitado/carente; o que deixa em evidência a complexidade da transição a partir de uma visão de tipo minoritário/garantista no aspecto sociocultural e jurídico, além de uma tensão no exercício desconstrutivo que realizam os interventores, os quais finalmente desenvolvem novos processos de naturalização que respondem a ação de essencializar ao outro na intervenção.