RESUMEN
Resumo Fundamento O infarto do miocárdio com artérias coronárias não obstrutivas (MINOCA) constitui um subconjunto significativo de infartos agudos do miocárdio (IAM) com marcadores prognósticos incertos. A avaliação precoce do risco é crucial para identificar pacientes MINOCA em risco de resultados adversos. Objetivos Este estudo teve como objetivo avaliar a capacidade preditiva do escore PRECISE-DAPT na avaliação do prognóstico de curto e longo prazo em pacientes MINOCA que apresentam infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST) ou com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Métodos Entre 741 pacientes MINOCA, o escore PRECISE-DAPT foi calculado para analisar sua associação com eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) intra-hospitalares e de acompanhamento. Os parâmetros que apresentaram significância nos grupos MACEM (+) foram submetidos à análise estatística: regressão logística univariada para eventos intra-hospitalares e regressão univariada de Cox para eventos de seguimento. Para significância estatística, foi adotado nível pré-definido de α = 0,05. Os parâmetros que demonstraram significância foram submetidos à regressão logística múltipla para eventos intra-hospitalares e à regressão multivariada de Cox para eventos de seguimento. Resultados Os MACE intra-hospitalares ocorreram em 4,1% dos pacientes, enquanto 58% apresentaram MACE no acompanhamento. Os níveis de hemoglobina e o escore PRECISE-DAPT foram identificados como parâmetros independentes para MACE intra-hospitalar. Além disso, a fração de ejeção (FE%) e o escore PRECISE-DAPT surgiram como preditores independentes de MACE no acompanhamento. Conclusões O estudo revelou que um escore PRECISE-DAPT mais alto foi significativamente associada a riscos aumentados de eventos cardiovasculares adversos maiores tanto intra-hospitalares quanto de longo prazo em pacientes MINOCA que apresentam síndrome coronariana aguda (SCA), ressaltando o potencial do escore na estratificação de risco para esta coorte de pacientes.
Abstract Background Myocardial infarction with non-obstructive coronary arteries (MINOCA) constitutes a significant subset of acute myocardial infarctions (AMI) with uncertain prognostic markers. Early risk assessment is crucial to identify MINOCA patients at risk of adverse outcomes. Objectives This study aimed to evaluate the predictive capacity of the PRECISE-DAPT score in assessing short- and long-term prognoses in MINOCA patients presenting with ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) or non-ST-elevation myocardial infarction (NSTEMI). Methods Among 741 MINOCA patients, the PRECISE-DAPT score was computed to analyze its association with in-hospital and follow-up major adverse cardiovascular events (MACE). Parameters showing significance in MACE (+) groups underwent statistical analysis: univariate logistic regression for in-hospital events and univariate Cox regression for follow-up events. For statistical significance, a predefined level of α = 0.05 was adopted. Parameters demonstrating significance proceeded to multiple logistic regression for in-hospital events and multivariate Cox regression for follow-up events. Results In-hospital MACE occurred in 4.1% of patients, while 58% experienced follow-up MACE. Hemoglobin levels and the PRECISE-DAPT Score were identified as independent parameters for in-hospital MACE. Furthermore, ejection fraction (EF%) and the PRECISE-DAPT Score emerged as independent predictors of follow-up MACE. Conclusions The study revealed that a higher PRECISE-DAPT score was significantly associated with increased risks of both in-hospital and long-term major adverse cardiovascular events in MINOCA patients presenting with acute coronary syndrome (ACS), underscoring the score's potential in risk stratification for this patient cohort.
RESUMEN
Abstract Fistula from left internal mammary artery (LIMA) to pulmonary artery (PA) is rarely encountered in daily practice. In recent years, endovascular therapy options have emerged for the treatment of fistula formations and replaced with surgery. A 53-year-old man admitted to our outpatient clinic with symptoms of typical angina and shortness of breath despite optimal medical therapy. In his relevant history, he had a coronary artery bypass graft (CABG) operation in 2009 in which his LIMA was anastomosed to left anterior descending (LAD) and ramus artery sequentially. Coronary angiography including selective imaging of LIMA demonstrated a fistula formation originating from the proximal portion of the LIMA and draining to PA. After successful closure of fistula with transcatheter coil embolization, the patient was discharged without any complication and symptom. In conclusion, although LIMA to PA fistula is an infrequent clinical condition, it should be considered as a potential cause of persistent angina after CABG operation. Treatment options include conservative medical therapy, surgical ligation and endovascular interventions. The best therapy should be individualised for each patient in respect to patient's symptoms, surgical compatibility and anatomy of fistula.
Resumo A fístula da artéria mamária interna esquerda (AMIE) para a artéria pulmonar (AP) é raramente encontrada na prática diária. Nos últimos anos, opções de terapia endovascular surgiram para o tratamento de formações de fístula e foram substituídas por cirurgia. Um homem de 53 anos de idade, internado em nosso ambulatório com sintomas de angina típica e falta de ar, apesar da terapia clínica ideal. Em seu histórico relevante, ele teve uma cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) em 2009, na qual sua AMIE foi anastomosada à descendente anterior esquerda (DAE) e à artéria ramus sequencialmente. A angiografia coronária, incluindo imagens seletivas da AMIE, demonstrou uma formação de fístula proveniente da porção proximal da AMIE e drenando para AP. Após o fechamento bem-sucedido da fístula com embolização transcateter com mola, o paciente recebeu alta sem qualquer complicação e sintoma. Em conclusão, embora fístula entre AMIE e AP seja uma condição clínica pouco frequente, deve ser considerada como uma causa potencial de angina persistente após a operação de revascularização do miocárdio. As opções de tratamento incluem terapia médica conservadora, ligadura cirúrgica e intervenções endovasculares. A melhor terapia deve ser individualizada para cada paciente em relação aos sintomas do paciente, compatibilidade cirúrgica e anatomia da fístula.