RESUMEN
OBJETIVO: A pressão intracuff, quando mal ajustada, pode gerar complicações, sendo importante sua mensuração precisa e rotineira. O objetivo deste estudo foi comparar as pressões intracuff nos períodos matutino, vespertino e noturno, além de avaliar as pressões dos tubos orotraqueais (TOT) e das cânulas de traqueostomia, comparando seus valores e correlacionando com o gênero. MÉTODOS: Estudo descritivo e prospectivo com amostra composta por 72 pacientes (51 com TOT e 21 traqueostomizados), internados na Unidade de Terapia Intensiva. As pressões intracuff foram mensuradas, com um cufômetro, nos períodos matutino, vespertino e noturno. Estas pressões foram ajustadas, quando necessário, pelo método auscultatório da traquéia e verificação do escape de ar pela boca. RESULTADOS: A média geral das pressões intracuff foi de 32,9±8,9 cmH2O, sendo no turno matutino de 36,7±1,6 cmH2O, no vespertino de 31,6±1,04 cmH2O e no noturno de 30,6±1,16 cmH2O, com significância entre os períodos matutino e vespertino (p<0,001) e entre matutino e noturno (p<0,001). Ao se relacionar as pressões com o gênero, não houve diferença significativa. A comparação entre a média das pressões intracuff para os TOT (31,7±7,1 cmH2O) e para as cânulas de traqueostomias (36,1±11,8 cmH2O) foi significativa (p=0,05). CONCLUSÃO: Sugere-se o estabelecimento de uma rotina de mensurações matutinas e noturnas. Além disso, foi observada maior pressão intracuff nas cânulas dos pacientes traqueostomizados, mostrando a importância de se redobrar os cuidados a estes pacientes.
OBJECTIVE: The intracuff pressure, when maladjusted, may cause complications. It is therefore important to measure it precisely and according to a routine. The objective of this study was to compare the intracuff pressures in the morning, afternoon and night shifts, and to measure pressures of the endotracheal tube (TOT) and the tracheotomy tube, comparing the results obtained and relating it with patients gender. METHODS: In this descriptive and prospective study, the intracuff pressure of 72 intensive care unit patients (51 using TOT and 21 tracheotomy tube) was measured with a control-insuflator during the morning, afternoon and night shift changes. These pressures were adjusted when necessary, aided by the tracheal auscultation method and by the observation of the mouth air leaks. RESULTS: Average pressures were 32.9±8.9cmH2O, of which 36.7±1.6cmH2O in the morning shift; 31.6±1.04cmH2O in the afternoon shift; and 30.6±1.16cmH2O in the night shift, with significance in the morning and afternoon shifts (p<0.001) and between the morning and night shifts (p<0.001). There was no significant change when compared with patients' gender. Comparison of the average intracuff pressures for the TOT (31.7±7.1cmH2O) and the tracheotomy tube (36.1±11.8cmH2O) was significant (p=0.05). CONCLUSION: A routine of measuring intracuff pressures during the morning and night shifts should be established. Furthermore, a higher intracuff pressure in the tube was observed in patients who underwent tracheotomy, showing the importance of redoubling the care of these patients.