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Intervalo de año
1.
Barbarói ; (62): 217-240, jul.-dez. 2022.
Artículo en Portugués | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1418752

RESUMEN

Esse artigo formaliza em conceitos e linhas de arguição articuladas sobre eventos do nosso cotidiano contemporâneo. Produzimos, por meio de uma narrativa-ficção, sobre os engendramentos existentes entre as lógicas do empreendedorismo, do crime e da religiosidade em seus atravessamentos pelos dispositivos necropolíticos-coloniais. A ficção operou tal análise com uma redução ao absurdo: colapsando as lógicas que buscam cindir o mundo entre "vagabundos" e "trabalhadores" ou "criminosos" e "cidadão de bem". O racismo estrutural e o estigma da periculosidade criam a figura do "vagabundo" como par oposto ao trabalhador, por uma sobreposição de camadas discursivas e imagéticas que criminaliza, encarcera e extermina juventudes negras periféricas em nome da manutenção dos privilégios da branquitude. O sistema penal brasileiro é racista e classista, perpetuando a lógica moderno-colonial que passa a fazer parte da elaboração das políticas de segurança pública. Questionamos essa racionalidade, compreendendo que o crime organizado não funciona fora da lógica neoliberal, da moral empreendedora e conservadora vigente. A redução ao absurdo nos ajuda a olhar de outra forma para as noções de culpa, mérito e para a própria noção de trabalho, levando-as aos seus limites, transgredindo as fronteiras jurídicas, para visibilizar que ambos comungam de uma rede de valores coloniais: agressividade competitiva, disciplina, obediência à hierarquia e elevação moral. Nesse paradoxo, entre a moral do crime organizado e da moralidade conservadora, visibilizamos elementos fundamentais da máquina de subjetivação do nosso tempo.(AU)


This article formalizes in articulate concepts and lines of argument about events in our contemporary everyday life. We have produced, through a narrative-fiction, about the existing engagements between the logics of entrepreneurship, crime, and religiosity in their intersections by necropolitical-colonial mechanisms. The fiction has performed this analysis with a reduction to the absurd: collapsing the logic that seeks to split the world between " tramps" and "workers" or " thugs" and "good citizens". The structural racism and the stigma of dangerousness create the figure of the " tramp" as an opposite pair to the worker, by an overlapping of discursive and imagetic layers that criminalizes, incarcerates, and exterminates suburban black youths in the name of the preservation of the privileges of whiteness. The criminal justice system in Brazil is racist and classist, perpetuating the modern-colonial approach that becomes part of the development of public security policies. We have questioned this rationality, understanding that organized crime does not function outside the neoliberal mindset, the entrepreneurial and conservative current morals. The reduction to absurd helps us to look in another way to the notions of guilt, merit and the concept of work, taking them to its limits, transgressing legal boundaries, to make visible that both share a network of colonial moral values: competitive aggressiveness, discipline, obedience to hierarchy and moral superiority. In this paradox, between the morality of the crime organized and conservational morality, we make visible fundamental elements of the machine of subjectivation of our time.(AU)


Este artículo se formaliza en conceptos y líneas argumentales articuladas sobre acontecimientos de nuestra vida cotidiana contemporánea. Producimos, a partir de una narración-ficción, acerca de los engendros existentes entre las lógicas del emprendimiento, el crimen y la religiosidad en sus entrecruzamientos por los aparatos de la necropolítica-colonial. La ficción operó ese análisis con una reducción al absurdo: desmoronando las lógicas que pretenden dividir el mundo entre " los vagos " y " los trabajadores " o " los criminales " y " los buenos ciudadanos ". El racismo estructural y el estigma de la peligrosidad crean la figura del "vago" como par opuesto al trabajador, a partir de una superposición de estratos discursivos e iconográficos que criminaliza, aprisiona y extermina a la juventud negra de la periferia en nombre del mantenimiento de los privilegios de la blancura.El sistema de justicia penal brasileño es racista y clasista, perpetuando la lógica moderno-colonial que se integra en la elaboración de las políticas de seguridad publica. Nosotros cuestionamos esta racionalidad, comprendiendo que el crimen organizado no funciona al margen de la lógica del neoliberalismo, de la moral empresarial y conservadora vigente. La reducción al absurdo nos ayuda a mirar de otra manera las nociones de culpa, mérito y la propia noción de trabajo, llevándolas a sus límites, transgrediendo las fronteras legales, para hacer visible que ambas comparten una trama de valores coloniales: agresividad competitiva, disciplina, obediencia a la jerarquía y elevación moral. En esta paradoja, entre la moral del crimen organizado y la moral conservadora, se hacen visibles elementos fundamentales de la máquina de subjetivación de nuestro tiempo.(AU)


Asunto(s)
Humanos , Prisiones , Religión , Trabajo , Emprendimiento , Sistema de Justicia , Racismo Sistemático , Crimen , Capitalismo
2.
Psicol. soc. (Online) ; 32: e195066, 2020.
Artículo en Portugués | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1135929

RESUMEN

Resumo Neste trabalho, construímos um conto com jovens em situação de prisão na Cadeia Pública de Porto Alegre, onde buscamos trazer uma composição provisória sobre os cruzamentos das políticas públicas, da criminalidade e do neoliberalismo nas suas histórias de vida. Com estas narrativas, não buscamos destinos irreversíveis, nem respostas prontas, mas sim fragmentos, descontinuidades, a tecidura de um uso político da linguagem, a desterritorialização de significados preconcebidos das palavras. Assim, fazemos uso dos conceitos de narrativa de Walter Benjamin e de literatura menor de Gilles Deleuze e Félix Guattari.


Resumen En este trabajo, construimos un cuento con jóvenes privados de libertad en la cárcel pública de Porto Alegre, donde buscamos traer una composición provisional sobre los cruces de las políticas públicas, de la criminalidad y del neoliberalismo en sus historias de vida. Con estas narrativas, no buscamos destinos irreversibles, ni respuestas listas, pero sí fragmentos, discontinuidades, la tejedura de un uso político del lenguaje, la desterritorialización de significados preconcebidos de las palabras. Así, hacemos uso de los conceptos de narrativa de Walter Benjamin y de literatura menor de Gilles Deleuze y Félix Guattari.


Abstract In this article we built a short tale with young people deprived of liberty in the Porto Alegre Public Jail, where we sought to bring a provisory composition on the intersection of public policies, criminality and neoliberalism in their life histories. With these narratives, we do not seek irreversible destinations, nor rapid responses, but fragments, discontinuities, the fabric of a political use of language, the de-territorialization of the preconceived meanings of words. Thus, we make use of Walter Benjamin's narrative concepts as well as of the concept of minor literature by Gilles Deleuze and Félix Guattari.


Asunto(s)
Prisiones , Política Pública , Crimen , Narración , Literatura
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