RESUMEN
Resumo: Introdução: O cadáver é uma peça insubstituível no aprendizado da anatomia humana, pois permite uma visão tridimensional das estruturas anatômicas. Entretanto, observa-se um cenário de escassez e aumento da demanda das peças cadavéricas nas universidades brasileiras. Logo, diversas instituições, amparadas no artigo 14 da Lei nº 10.406/2002 do Código Civil brasileiro, implementaram programas de doação de corpos interessados em trazer melhorias significativas na qualidade de ensino da disciplina de anatomia. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o grau de conhecimento e as perspectivas de uma comunidade universitária a respeito da doação voluntária de corpos cadavéricos para fins educacionais e de pesquisa. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal e prospectivo com abordagem quantitativa e coleta de dados por meio de questionário individual. Os sujeitos incluídos foram os docentes e discentes da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), campus Dom Delgado. Os questionários eram relativos à obtenção de informações sobre o conhecimento e a opinião acerca da temática da doação de corpos. Resultado: Obteve-se um total de 264 questionários respondidos, os quais mostraram que 85,65% dos discentes e 87,1% dos docentes tinham conhecimento acerca da possibilidade da doação do próprio corpo. Contudo, observou-se que 94% dos entrevistados não sabiam que procedimentos eram necessários para a doação, e 86% não possuíam conhecimento acerca da legislação que permitia tal prática. Ademais, 27,65% dos participantes estavam aptos a doar o próprio corpo, 33,7% apontaram que não doariam e 38,9% informaram que não tinham opinião formada. O principal motivo apontado para doar foi: "para contribuir com o avanço da educação na área da saúde", e para não doar: "quero ser enterrado ou cremado". Conclusão: Existe um alto percentual de indivíduos que não conhecem os meios para realizar a doação de corpos, sendo evidenciado que os participantes apresentam baixa aptidão para doação. Contudo, existe um percentual significativo de indivíduos que não tem opinião formada sobre o assunto, demonstrando que a divulgação dessa temática é um meio para aumentar a adesão a tal prática. É importante realizar o desenvolvimento de programas de doação de corpos para solucionar a problemática.
Abstract: Introduction: The cadaver is an irreplaceable piece in the learning of human anatomy, allowing a three-dimensional view of anatomical structures. However, there is a scenario of scarcity and increased demand for cadaveric parts in Brazilian universities. Therefore, several institutions, supported by article 14 of Law 10.406/2002 of the Brazilian Civil Code, implemented body donation programs aimed at bringing significant improvements in the teaching quality of the anatomy discipline. Objective: To analyze the level of knowledge and perspectives of a university community regarding the voluntary donation of cadaveric bodies for educational and research purposes. Method: This is an observational, cross-sectional and prospective study with a quantitative approach and data collection through an individual questionnaire. The subjects included in the study were teachers and students from the Federal University of Maranhão, Campus Dom Delgado - UFMA. The questionnaires were related to obtaining information about knowledge and opinions on the topic of body donation. Result: A total of 264 answered questionnaires were obtained, which showed that 85.65% of students and 87.1% of teachers were aware of the possibility of donating their own bodies. However, it was observed that 94% of the interviewees did not know what procedures were necessary for the donation, and 86% did not have knowledge about the legislation that allowed this practice. Furthermore, 27.65% of the participants were able to donate their own body, 33.7% indicated that they would not donate and 38.9% reported that they had no formed opinion. The main reason given for donating was: "to contribute to the advancement of education in the health area", and for not donating: "I want to be buried or cremated". Conclusion: There is a high percentage of individuals who do not know how to carry out the donation of their own bodies, being evidenced that the participants have low aptitude for donation. However, there is a significant percentage of individuals who do not have a formed opinion on the subject, demonstrating that the dissemination of this topic is a means to increase adherence to this practice. It is important to carry out the development of body donation programs to solve the problem.
RESUMEN
Objetivo: Examinar e mapear as evidências científicas sobre o compartilhamento de desinformações relacionadas a vacinação contra a COVID-19 entre usuários das redes sociais. Metodologia: Scoping Review, baseado nos procedimentos recomendados pelo Instituto Joanna Briggs. Estabeleceu-se a pergunta norteadora: "Qual o comportamento dos usuários de redes sociais quanto ao compartilhamento de informações e desinformações em saúde relacionados à vacinação contra COVID-19?". A coleta dos dados foi realizada em abril de 2023 nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, Scopus, Web of Science e EMBASE. Foram excluídos textos publicados antes de 2020, protocolos de revisão sistemática ou meta análise e estudos fora do recorte temático. Resultados: Os 9 estudos tiveram delineamento de pesquisas experimentais do tipo análise netnográfica. Quanto a plataforma de disseminação, é possível observar que o Facebook é a mídia social que mais veicula fake news relacionadas à vacinação de COVID-19 seguido do Twitter (33,3%) e Instagram (22,2%). Evidencia-se a forte propensão de engajamento a publicações de cunho antivacina e disseminação de eventos adversos e/ou efeitos colaterais dos imunizantes com ênfase na Pfizer-BioNTech. O perfil dos disseminadores está associado a figuras públicas e jovens de 18 a 44 anos, que também possuem maior propensão de crença na fidedignidade das informações encontradas. Os estudos associam a queda nas taxas de imunização pelo medo dos efeitos colaterais, incluindo hospitalização, miocardites, coágulos sanguíneos e óbito, bem como a desconfiança governamental. Conclusão: o compartilhamento de fake news é um forte fator de hesitação vacinal gerando medo, insegurança e preocupação.
Objective: To examine and map scientific evidence on the sharing of misinformation related to COVID-19 vaccination among social media users. Methodology: Scoping Review, based on procedures recommended by the Joanna Briggs Institute. The guiding question was established: "What is the behavior of users of social networks regarding the sharing of health information and misinformation related to vaccination against COVID-19?". Data collection was carried out in April 2023 in the PubMed, Virtual Health Library, Scopus, Web of Science and EMBASE databases. Texts published before 2020, systematic review or meta-analysis protocols and studies outside the thematic scope were excluded. Results: The 9 studies had the design of experimental researches of the netnographic analysis type. As for the dissemination platform, it is possible to observe that Facebook is the social media that most conveys fake news related to the COVID-19 vaccination followed by Twitter (33.3%) and Instagram (22.2%). There is evidence of a strong tendency to engage with anti-vaccine publications and the dissemination of adverse events and/or side effects of immunizations, with an emphasis on Pfizer-BioNTech. The profile of disseminators is associated with public figures and young people aged 18 to 44, who are also more likely to believe in the reliability of the information found. Studies associate the drop in immunization rates with fear of side effects, including hospitalization, myocarditis, blood clots and death, as well as government distrust. Conclusion: The sharing fake news is a strong factor in vaccine hesitancy, generating fear, insecurity and concern.
Objetivo: Examinar y mapear la evidencia científica sobre el intercambio de información errónea relacionada con la vacunación contra la COVID-19 entre los usuarios de las redes sociales. Metodología: Scoping Review, basado en los procedimientos recomendados por el Instituto Joanna Briggs. Se estableció la pregunta guía "¿Cuál es el comportamiento de los usuarios de las redes sociales con respecto al intercambio de información sanitaria y desinformación relacionada con la vacunación contra la COVID-19?". La recogida de datos se realizó en abril de 2023 en las bases de datos PubMed, Virtual Health Library, Scopus, Web of Science y EMBASE. Se excluyeron textos publicados antes de 2020, protocolos de revisión sistemática o metaanálisis y estudios fuera del ámbito temático. Resultados: Los 9 estudios tenían el diseño de investigaciones experimentales del tipo análisis netnográfico. En cuanto a la plataforma de difusión, se puede observar que Facebook es el medio social que más transmite noticias falsas relacionadas con la vacunación COVID-19 seguido de Twitter (33,3%) e Instagram (22,2%). Se evidencia una fuerte tendencia a las publicaciones antivacunas y a la difusión de eventos adversos y/o efectos secundarios de las vacunas, destacando Pfizer-BioNTech. El perfil de los divulgadores se asocia a personajes públicos y jóvenes de 18 a 44 años, que además son más propensos a creer en la fiabilidad de la información encontrada. Los estudios asocian la caída de las tasas de inmunización con el miedo a los efectos secundarios, incluyendo hospitalización, miocarditis, coágulos de sangre y muerte, así como la desconfianza del gobierno. Conclusiones: El intercambio de noticias falsas es un factor importante en la indecisión sobre las vacunas, ya que genera miedo, inseguridad y preocupación.