RESUMEN
O acesso de pessoas com deficiências em 63 serviços de 12 municípios do Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo foi avaliado em estudo exploratório, com desenho quali-quantitativo realizado entre 2008 e 2010. Foi utilizado roteiro de observação da recepção dos serviços, 63 entrevistas estruturadas com seus responsáveis e 596 com usuários, sendo 57 pessoas com deficiência, resultando na caracterização de serviços, equipes, atividades assistenciais, turnos de funcionamento, agendamento, transporte, usuários com deficiência, motivos de procura, tempo de espera e acolhimento. Constatou-se como facilitadores do acesso a proximidade do domicílio, a presença da estratégia de saúde da família, de profissionais de reabilitação e o tempo de espera reduzido. Os fatores dificultadores foram a exigência do agendamento com a presença do usuário ou representante, a ausência ou dificuldades no transporte público em 41% dos municípios, a ausência de transporte adaptado em 75% deles, a existência de barreiras ambientais e a prevalência de assistência de caráter biomédico e poucas ações reabilitacionais nos serviços de atenção básica. Conclui-se que é fundamental que as políticas considerem essas especificidades para garantir o direito à saúde desse grupo populacional
Access for disabled persons in 63 services of 12 municipalities in Vale do Paraíba and São Paulo's North Coast was evaluated in an exploratory study, with a quali-quantitative design carried out 2008 - 2010 with observation guidelines of service reception, 63 structured interviews with the people in charge and with 596 users, 57 being disabled persons, resulting in a characterization of the service provided, personnel, assistential activities, working shifts, scheduling, transportation, disabled users, reasons for requiring the services, waiting time and reception. Access facilitators were the proximity to the homes, healthcare strategies in the families, rehabilitation professionals and reduced waiting time. Complicating factors were the mandatory presence of the users or their representatives at scheduling, the absence of or difficulties with public transportation in 41% of the municipalities, the absence of adapted transportation in 75% of them, the existence of environmental barriers and the predominance of biomedical assistance and few rehabilitation actions in the basic care services. It was concluded that it is essential for policies to take such specificities into consideration in order to guarantee the right to health care of this population group.