Validation of the urgency questionnaire in Portuguese: A new instrument to assess overactive bladder syndrome

ABSTRACT Purpose Overactive Bladder (OAB) is a clinical condition characterized by symptoms reported by patients. Therefore, measurement instruments based on reported information are important for understanding its impact and treatment benefits. The aim of this study was to translate, culturally adapt and validate the Urgency Questionnaire (UQ) in Portuguese. Materials and Methods Initially, the UQ was translated and culturally adapted to Portuguese. Sixty-three volunteers were enrolled in the study and were interviewed for responding the Portuguese version of the UQ and the validated Portuguese version of the Overactive Bladder Questionnaire short-form (OABq-SF), used as the gold standard measurement for the validation process. Psychometric properties such as criterion validity, stability, and reliability were tested. Results Forty-six subjects were included in the symptomatic group (presence of "urgency"), and seventeen were included in the asymptomatic group (control group). There was difference between symptomatic and asymptomatic subjects on all of the subscales (p≤0.001). The UQ subscales correlated with the OABq-SF subscales (p≤0.01), except the subscale "time to control urgency" and the item "impact" from the visual analog scales (VAS). However, these scales correlated with the OABq-SF - Symptom Bother Scale. The UQ subscales demonstrated stability over time (p<0.05), but the subscale "fear of incontinence" and the item "severity" of the VAS did not. All of the UQ subscales showed internal consistencies that were considered to be good or excellent. Conclusion The Portuguese version of the UQ proved to be a valid tool for the evaluation of OAB in individuals whose native language is Portuguese.

Avaliação eletrofisiológica da inervação uretral e pudenda em mulheres com incontinência urinária de esforço e mista / Ecletrophysiological evaluation of the urethral and pudendal innervations in women with stress and mixed urinary incontinence

A incontinência urinária de esforço (IUE) feminina pode ser favorecida por lesões neurológicas do assoalho pélvico, causando disfunção das estruturas responsáveis pelo suporte uretral e mecanismo esfincteriano urinário. O objetivo deste estudo foi identificar disfunção eletrofisiológica uretral e pudenda em mulheres com IUE, bem como sua repercussão na gravidade da perda urinária, na quantificação da função uretral e na presença concomitante de hiperatividade detrusora. Pacientes com diagnóstico clínico e urodinâmico de IUE foram divididas em 2 grupos, pela intensidade da perda urinária e pela presença ou não de hiperatividade detrusora, e comparadas com grupo controle. Estes estudos foram controlados em relação à influência de características gerais das pacientes como idade, paridade, número de partos vaginais e altura. Foram pesquisados o tempo de latência motora distal e o potencial evocado somato-sensitivo do nervo pudendo, limiares sensitivos uretral e clitoriano e a latência do reflexo uretro anal. Foi detectado uma maior média da latência do reflexo uretro-anal no registro de pelo menos um dos lados pesquisados, entre os grupos incontinentes e o grupo controle. Não houve diferença entre os grupos com IUE. Os demais parâmetros eletrofisiológicos não detectaram diferenças. Esses resultados não se alteraram quando os grupos incontinentes foram divididos em portadoras de IUE pura e com hiperatividade detrusora concomitante. Em suma, foi identificada uma alteração na função eletrofisiológica da uretra nas pacientes com incontinência urinária aos esforços. A presença de hiperatividade detrusora não repercutiu nos resultados. O método utilizado não permitiu a quantificação deste problema nem a identificação da sua aplicabilidade clínica.

Reflexo pudendo-anal em mulheres normais / Pudendo-anal reflex in normal women

São descritas observações do registro do reflexo pudendo-anal em mulheres sem queixas de incontinência urinária. Foram estudadas 31 voluntárias adultas, com estimulação elétrica bilateral e independente do clitóris e registros de superfície em ambos os lados do músculo esfíncter externo do ânus (EEA). As respostas foram obtidas com pulsos duplos de 0,2 ms de duração e intervalos de 5 ms, aplicados a uma freqüência menor que 0,5 Hz. Foram medidas as latências iniciais das respostas. Não foram evidenciadas diferenças entre as respostas obtidas de cada lado do EEA e nem entre os lados, com relação aos estímulos. Uma das voluntárias não apresentou respostas após estimulação de um dos lados. Não foram observadas diferenças relacionadas a paridade total e nem com a presença de partos vaginais. A idade e o índice de massa corpórea não se correlacionaram com as respostas. Em 12 por cento das respostas, a medida das latências foi dificultada pela baixa relação sinal-ruído.