Cutting characteristics of dental diamond burs made with CVD technology

O objetivo deste estudo foi determinar a habilidade de corte das pontas de diamante obtidas pelo processo de deposição química a vapor (CVD) associadas ao aparelho de ultra-som no preparo cavitário minimamente invasivo. Uma cavidade padronizada foi preparada nas faces mesial e distal de 40 terceiros molares, utilizando-se pontas de diamante CVD cilíndrica e esférica. A habilidade de corte foi comparada quanto ao tipo de substrato (esmalte e dentina) e quanto à direção do movimento realizado com a ponta. As características morfológicas, a largura e profundidade das cavidades foram analisadas e medidas em microscopia eletrônica de varredura. A análise estatística pelo teste de Kruskal-Wallis (p < 0,05) revelou que a largura e profundidade das cavidades foram significativamente maiores em dentina. Cavidades mais largas foram obtidas quando se utilizou a ponta de diamante CVD cilíndrica, e mais profundas quando a ponta esférica foi empregada. A direção do movimento da ponta não influenciou o tamanho das cavidades, sendo os cortes produzidos pelas pontas de diamante CVD precisos e conservadores.

Pontas de diamantes-CVD / CVD diamond stones

Neste trabalho mostra-se através de testes rigorosos a grande superioridade de pontas de diamante-CVD em comparação com pontas de diamantes convencionais. As pontas de diamante CVD, um produto inédito, são obtidas através de uma nova tecnologia, que surgiu na última década, para a produção artificial de diamante. A tecnologia de disposição química a partir da fase vapor (CVD - Chemical Vapor Deposition) permite a deposição de diamante com granulação completamente coalescente, em substratos de diferentes formatos. A caracterização de pontas para uso odontológico se deu com uma granulação adequada, proporcionando um melhor desempenho. Testes de desgastes, para caracterização das pontas diamantadas, foram realizados em lâminas de vidro, makor e dentina. Mediu-se a velocidade do corte em função do tempo de vida das pontas. As técnicas de microscopia óptica e de microscopia eletrônica de varredura, foram utilizadas na determinação do desempenho global destes dispositivos. Foram, também, realizadas medidas de variação da temperatura in vitro, no interior da câmara pulpar em função do tempo de desgaste, tanto para as pontas de diamante-CVD como para as pontas diamantadas convencionais. Os resultados mostram uma durabilidade muito maior, uma melhor qualidade no acabamento, uma melhor limpeza da ponta e é garantido o contato do dente apenas com o diamante. Isto abre novas perspectivas na operacionalidade e na qualidade do trabalho