RESUMEN
Ocorrendo isoladamente, as fraturas da clavícula e as luxações acromioclaviculares são lesões muito comuns. A combinação de uma luxação acromioclavicular e de uma fratura do terço lateral da clavícula não é rara. Entretanto, existem muito poucos casos descritos de luxações acromioclaviculares associadas a fraturas do terço médio da clavícula; aquelas associadas a fraturas do terço medial são ainda mais raras. Nós reportamos o caso de um indivíduo adulto do sexo masculino que sofreu uma luxação acromioclavicular (tipo IV) associada a uma fratura extra-articular desviada da extremidade medial da clavícula (grupo 3 de Almann) em um acidente ciclístico. O paciente foi tratado na fase aguda com redução aberta e fixação interna das duas lesões. Na avaliação clínica, 12 meses após a cirurgia, o paciente apresentava-se assintomático, com mobilidade ativa e passiva completa, força e resistência normais e simetria das cinturas escapulares. As radiografias e a tomografia computadorizada tridimensional mostravam subluxação posterossuperior persistente da articulação acromioclavicular e consolidação anatômica da fratura clavicular.
Fractures of the clavicle and acromioclavicular dislocations are very common injuries when they occur separately. The combination of an acromioclavicular dislocation and a fracture of the lateral third of the clavicle is not rare. However, there are very few reported cases of acromioclavicular dislocations associated with fractures of the middle third of the clavicle; those associated with fractures of the medial third are even rarer. We report the case of an adult male who suffered an acromioclavicular dislocation (type IV) associated with a displaced extra-articular fracture of the medial end of the clavicle (Almann group 3) in a cycling accident. The patient was treated during the acute phase with open reduction and internal fixation of the two lesions. At the clinical evaluation 12 months after the surgery, the patient was asymptomatic, with full active and passive mobility, and normal strength and endurance of the shoulder girdle. Radiographs and a three-dimensional CT scan showed persistent posterosuperior subluxation of the acromioclavicular joint and anatomical consolidation of the clavicular fracture.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Articulación Acromioclavicular/cirugía , Articulación Acromioclavicular/lesiones , Hombro/lesiones , Luxación del HombroRESUMEN
As fraturas diafisárias de fêmur e tíbia no adulto são, na sua maioria, tratadas cirurgicamente, geralmente através de osteossínteses intramedulares bloqueadas. Algumas fraturas diafisárias cominutivas e/ou muito desviadas podem representar um verdadeiro desafio técnico. As mesas de fraturas (ou ortopédicas), que permitem a estabilização instrumental vertical, horizontal e rotacional do membro, facilitam enormemente as manobras de redução e de colocação do implante e são amplamente utilizadas pelos cirurgiões ortopédicos. As fraturas diafisárias de úmero são, na sua maioria, tratadas não cirurgicamente. Entretanto, algumas requerem o tratamento cirúrgico, cujas indicações estão bem definidas na literatura. Podem ser fixadas através de placas ou de hastes intramedulares por via anterógrada ou retrógrada. No úmero, as manobras de redução da fratura e estabilização do membro para a implantação da haste intramedular são realizadas manualmente, geralmente por dois auxiliares e, por serem sujeitas à fadiga muscular, podem ser menos eficientes. O objetivo deste trabalho é apresentar um dispositivo externo de tração do membro superior para utilização em osteossínteses intramedulares bloqueadas anterógradas de fraturas diafisárias de úmero que permite a estabilização vertical, horizontal e rotacional do membro superior, de maneira similar àquela utilizada para os membros inferiores. O dispositivo é portátil, de construção simples, e pode ser instalado em qualquer mesa cirúrgica equipada com trilhos laterais. Foi utilizado no tratamento cirúrgico de 29 fraturas diafisárias de úmero com haste intramedular bloqueada anterógrada. Nossa experiência foi extremamente positiva. Não tivemos nenhuma complicação relacionada à sua utilização, que acreditamos ter facilitado, de maneira notável, os procedimentos cirúrgicos.
Diaphyseal fractures of the femur and tibia in adults are mostly treated surgically, usually by means of intramedullary locked nail. Some comminuted and/or very deviated shaft fractures can represent a real technical challenge. The fracture table, which allows for the vertical, horizontal and rotational instrumental stabilization of the limb, greatly facilitates reduction and implant placement maneuvers and are widely used by orthopedic surgeons. Humeral shaft fractures are mostly treated nonsurgically. However, some whose indications are well defined in literature require surgical treatment. They can be fixed by plates, or by anterograde or retrograde intramedullary nail. In the humerus, limb fracture reduction and stabilization maneuvers for implantation of intramedullary nails are done manually, usually by 2 assistants. Because they are subject to muscle fatigue, this option may be less efficient. The aim of this paper is to present an external traction device for use in anterograde intramedullary fixation of humerus shaft fractures that allows vertical, horizontal and rotational stabilization of the upper limb similarly to that used in the lower limbs. The device is portable, of simple construction, and can be installed on any operating table equipped with side rails. It was used in the surgical treatment of 29 humeral shaft fractures with anterograde locked intramedullary nail. Our experience was extremely positive. We had no complications related to its use and we believe it to have facilitated the surgical procedures in a remarkable way.