RESUMEN
Abstract The aim of this study was to determine the frequency and factors associated with Toxoplasma gondii in naturally infected equids in northeastern Brazil. Serum samples from 569 equids (528 horses, 8 mules and 33 donkeys) were subjected to the indirect fluorescent antibody test. Generalized linear models were used to evaluate associated factors. Among the 569 animals sampled, 118 (30.6%) living in rural areas and 14 (26.42%) in urban areas were seropositive (p>0.05). Seropositive animals were observed on 95% of the farms and in all the municipalities. Donkeys/mules as the host, presence of domestic cats and rats on the farm, ingestion of lagoon water and goat rearing remained in the final model as factors associated with infection. Preventive measures such as avoiding the presence of domestic cats close to rearing areas, pastures and sources of water for the animals should be adopted. The wide-ranging distribution of positive animals also indicated that infection in other domestic animals and in humans, through the contaminated environment, was possible. It should be highlighted that there was the possibility that donkeys and mules would continue to have detectable titers for longer, thus explaining the prevalence found. Further studies are needed to confirm this possibility.
Resumo O objetivo deste estudo foi determinar a frequência e os fatores associados a Toxoplasma gondii em equídeos naturalmente infectados no Nordeste do Brasil. Amostras de soro de 569 equídeos (528 cavalos, 8 asnos e 33 muares) foram submetidas a reação de imunofluorescência indireta. Modelos lineares generalizados foram utilizados na avaliação dos fatores associados. Dos 569 animais amostrados, 118 (30,6%) soropositivos eram de área rural e 14 (26,42%) perteciam a áreas urbanas (p>0,05). Observaram-se animais soropositivos em 95% das fazendas e em todos os municípios. Asininos/muares como hospedeiro, presença de gatos domésticos e ratos na fazenda, ingestão de água de lagoa e criação de caprinos permaneceram no modelo final como fatores associados à infecção. Medidas de prevenção, como evitar a presença de gatos domésticos próximos aos locais de criação, de pastejo e fontes de água dos animais, devem ser adotadas. A ampla distribuição de animais positivos sinaliza a possibilidade de infecção também em outros animais domésticos, bem como em humanos pelo ambiente contaminado. Ressalta-se a possibilidade de que asininos e muares permaneçam com títulos detectáveis por mais tempo, justificando a prevalência encontrada, sendo necessários estudos para confirmar este possibilidade.
Asunto(s)
Animales , Femenino , Embarazo , Toxoplasma/inmunología , Anticuerpos Antiprotozoarios/sangre , Toxoplasmosis Animal/epidemiología , Equidae/parasitología , Brasil/epidemiología , Estudios Seroepidemiológicos , Toxoplasmosis Animal/diagnóstico , Prevalencia , Factores de Riesgo , Equidae/clasificación , Técnica del Anticuerpo Fluorescente Indirecta/veterinariaRESUMEN
Abstract The aim of this study was to determine the frequency and factors associated to Babesia caballi, Theileria equi and Trypanosoma evansi in naturally infected equids from the northeast Brazil. Blood samples from 569 equids (528 horses, 8 mules, and 33 donkeys) were collected and tested for the presence of DNA of each of these protozoan parasites by PCR. Generalized linear models were used to evaluate risk factors associated with the infection. The frequency of T. equi infection was 83.5% (475/569) - 84.3% in horses, and 73.2% in donkeys and mules. The results of the final model indicated that age (senior group) and animal species (mule and donkey group) were protective factors against this pathogen. The frequency of B. caballi infection was 24.3% (138/569) - 23.5% in horses and 34.1% in donkeys and mules. Age (adult and senior group) was considered a protective factor against B. caballi infection whereas animal species (donkey and mule group) were considered a risk factor for the infection. Trypanosoma evansi infection was not detected in any of animals. Our results suggest that equids from the area studied may be infected earlier in life with the etiological agents of equine piroplasmosis and become asymptomatic carriers.
Resumo Este estudo teve como objetivos conhecer a frequência e os fatores associados à infecção por Babesia caballi, Theileria equi e Trypanosoma evansi em equinos naturalmente infectados do nordeste do Brasil. Amostras de sangue de 569 equídeos (528 equinos, 8 muares e 33 asininos) foram coletadas e testadas para a presença do DNA destes parasitos através da PCR. Modelos lineares generalizados foram utilizados na avaliação dos fatores associados às infecções. A frequência de infecção por T. equi foi de 83,5% (475/569) -84,3% (445/528) em eqüinos e 73,2% (30/41) em asininos e muares. Os resultados do modelo final indicam idade (sênior) e espécie (muar e asinina) como possíveis fatores de proteção para este patógeno. A frequência de infecção por B. caballi foi de 24,3% (138/569) - 23,5% (124/528) em eqüinos e 34,1% (14/41) em asininos e muares. As faixas etárias (adulto e sênior) foram identificadas como possíveis fatores de proteção, e a espécie (asinina e muar) como risco para ocorrência de infecção por B. caballi. Infecções por Trypanosoma evansi não foram detectadas. Estes resultados indicam que os equídeos na região estudada se infectam precocemente com agentes da piroplasmose equina tornando-se portadores assintomáticos.
Asunto(s)
Animales , Masculino , Femenino , Theileriosis/epidemiología , Babesiosis/epidemiología , Tripanosomiasis/veterinaria , Enfermedades de los Caballos/epidemiología , Theileriosis/diagnóstico , Babesiosis/diagnóstico , Tripanosomiasis/diagnóstico , Tripanosomiasis/epidemiología , Brasil/epidemiología , Estudios Seroepidemiológicos , Factores de Riesgo , Enfermedades de los Caballos/diagnóstico , Enfermedades de los Caballos/parasitología , Caballos/parasitologíaRESUMEN
Abstract This study aimed to determine the prevalence, factors associated, laboratory findings (with and without coinfection by retroviruses) among naturally infected cats by hemoplasmas in northeastern Brazil. For convenience, 200 domesticated and healthy cats were selected. Blood samples were taken to perform complete blood counts, serum biochemical, immunochromatography tests and nPCR for FIV and FeLV, and PCR for hemoplasma recognition. An interview was conducted to determine the factors associated with hemoplasmas. A total of 71/200 (35.5%) cats were positive for at least one hemoplasma species. Isolated infections were observed in 12,5% for 'Candidatus Mycoplasma haemominutum', 12% for Mycoplasma haemofelis and 3% for 'Candidatus Mycoplasma turicensis'. Regarding copositivity, 2% of the animals were positive for M. haemofelis and 'Candidatus Mycoplasma haemominutum', 1.5% for M. haemofelis and 'Candidatus Mycoplasma turicensis', and 4.5% for ' Candidatus Mycoplasma haemominutum' and 'Candidatus Mycoplasma turicensis'. No clinical and laboratory changes were observed in the animals that were concomitantly positive for retroviruses and hemoplasmas. Periurban region cats were more likely to be infected by M. haemofelis, while contact with other cats and infection by ' Candidatus Mycoplasma turicensis' were associated with 'Candidatus Mycoplasma haemominutum'. This study indicates that infection by hemoplasmas is a common find in cats from northeastern Brazil.
Resumo Objetivou-se com este estudo determinar a prevalência, fatores associados, achados laboratoriais (com e sem coinfecção com retrovírus) em gatos naturalmente infectados por hemoplasmas no Nordeste do Brasil. Selecionou-se, por conveniência, 200 gatos domiciliados, hígidos, sendo colhidas amostras de sangue para realização do hemograma, bioquímica sérica, imunocromatografia e nested-PCR para FIV e FeLV, e PCR para identificação dos hemoplasmas. Uma entrevista foi realizada para determinação dos fatores associados aos hemoplasmas. A frequência de positividade foi de 35,5% (71/200). Infecções isoladas foram observadas em 12,5% dos animais para 'Candidatus Mycoplasma haemominutum', 12% para Mycoplasma haemofelis e 3% para 'Candidatus Mycoplasma turicensis'. Quanto a co-positividades, 2% dos animais foram positivos para M. haemofelis e 'Candidatus Mycoplasma haemominutum', 1,5% foram positivos para M. haemofelis e 'Candidatus Mycoplasma turicensis', e 4,5% foram positivos para 'Candidatus Mycoplasma haemominutum' e 'Candidatus Mycoplasma turicensis'. Não foram observadas alterações clínicas ou laboratoriais nos animais positivos para retrovírus e hemoplasmas, concomitantemente. A região periurbana foi identificada como fator de risco associado a M. haemofelis. Enquanto o contato com outros gatos e a infecção por 'Candidatus Mycoplasma turicensis' foi associado à 'Candidatus Mycoplasma haemominutum'. Este estudo indica que a presença dos agentes da micoplasmose hemotrópica felina é comum no Nordeste brasileiro.