RESUMEN
Este artigo pretende discutir os relacionamentos afetivo-sexuais de mulheres aprisionadas a partir de seis estudos de caso com reclusas em um presídio misto brasileiro de pequeno porte. Utilizaram-se como instrumentos entrevistas semiestruturadas, analisadas a partir da criminologia crítica feminista e da teoria do apego de John Bowlby. Os relacionamentos afetivo-sexuais da vida adulta foram compreendidos a partir das vivências da infância, marcadas pela insatisfação de suas necessidades afetivas, violências múltiplas, rompimentos de vínculos afetivos e desejo de constituição de uma família entendida como tradicional. Na prisão, enfrentam limitações para o contato, rompimentos e, algumas vezes, o fortalecimento dos relacionamentos. Em todos os casos analisados, aspiram reiterar a função do ser mulher por meio da constituição de uma família para a obtenção do reconhecimento enquanto sujeito. Evidenciou-se a necessidade de questionamento das normativas sociais de gênero, das restrições ao contato impostas nas prisões e da atual política de encarceramento brasileira.(AU)
This study aims to discuss imprisoned women's affective and sexual relationships based on six case studies with female prisoners in a small Brazilian mixed prison. The instruments used were semi-structured interviews, analyzed according to critical feminist criminology and attachment theory, by John Bowlby. The affective-sexual relationships in adulthood were understood based on childhood experiences, marked by the lack of satisfaction of their affective needs, multiple violence, disruption of affective bonds, and the desire of constituting what is deemed as a traditional family. In prison, they face contact limitations, breakups and, sometimes, strengthening of the relationships. In all the cases analyzed, they aspire to reiterate the function of being a woman by establishing a family to obtain recognition as a subject. This research made apparent the need for questioning social gender normativities, restrictions on contact imposed within prisons, and current Brazilian incarceration policy.(AU)
Este artículo tiene como objetivo discutir sobre las relaciones afectivo-sexuales de las mujeres encarceladas en base a seis estudios de caso con prisioneras en una pequeña prisión mixta de Brasil. Se utilizaron como instrumentos entrevistas semiestructuradas, analizadas con base en la criminología feminista crítica y la teoría del apego, por John Bowlby. Las relaciones afectivo-sexuales en la edad adulta pueden entenderse a partir de las experiencias infantiles, marcadas por la insatisfacción de sus necesidades afectivas, la violencia múltiple, la ruptura de los lazos afectivos y el deseo de formar una familia entendida como tradicional. En prisión, enfrentan limitaciones en el contacto, rupturas y, a veces, el fortalecimiento de las relaciones. En todos los casos analizados, aspiran a reiterar la función de ser mujer mediante el establecimiento de una familia para obtener el reconocimiento como sujeto. La necesidad de cuestionar las normas sociales de género, las restricciones al contacto impuestas en las cárceles y la actual política de encarcelamiento brasileña se hicieron evidentes.(AU)