RESUMEN
Vários trabalhos com eletrocardiograma na doença de Chagas têm sido feitos. Alguns referindo-se a grupos selecionados de casos, outros a estudos longitudinais, relatam as características da mortalidade nas diversas fases da doença. Com o objetivo de avaliar o valor do eletrocardiograma como índice de avaliaçäo terapêutica e de seu comportamento na doença de Chagas desde a fase aguda, no presente trabalho, analisou-se evolutivamente o eletrocardiograma de 42 pacientes (18 mulheres e 24 homens) procedentes da zona rural do Norte de Minas Gerais; predomínio etário foi nas duas primeiras décadas; todos com comprometimento cardíaco; todos receberam tratamento específico. O acompanhamento dos 42 pacientes foi de 9 anos dos quais 3 pacientes tiveram seguimento de 20 anos. Foram analisados 270 eletrocardiogramas. Nós utilizamos os seguiente critérios para a análise do ECG: código de Minnesota modificado para doença de Chagas; WHO/I.S.F.C.TASK FORCE para conduçäo intraventricular e critérios de Pieretti para área eletricamente inativa. Concluímos que as alteraçöes eletrocardiográficas agravam com a evoluçäo da doença e que o eletrocardiograma näo serve de índice de avaliaçäo terapêutica