RESUMEN
ABSTRACT. Science and science reporting are under threat. Knowingly or not, researchers and clinicians are part of this debacle. This is not due so much to the notorious replication crisis, as to our acceptance of lowering common morality for personal gains, including the widespread, deprecable phenomenon of predatory publishing. Rather than fiercefully countering this loathsome practice, academics are accepting, often supporting a masquerade solution: paying several thousand dollars to publish for all their own papers. This new policy will create a disparity across richer and poorer disciplines; will result in concentrating even more in the hands of large, rich, Western institutions, also penalising younger researchers; will kill observational studies and exploratory research; and will make disseminating science depending more on finances than on quality. This article calls for the full awareness of the academic community on the risks of the current situation in scientific publishing.
RESUMO. A ciência e os relatórios científicos estão ameaçados. Conscientemente ou não, pesquisadores e médicos fazem parte desse desastre. Isso não se deve tanto à notória crise de replicação, mas à nossa aceitação de rebaixar a moralidade comum para ganhos pessoais, incluindo o fenômeno generalizado e depreciável da publicação predatória. Em vez de combater ferozmente essa prática repugnante, os acadêmicos estão aceitando, muitas vezes até apoiando uma solução de disfarce: pagar vários milhares de dólares para publicar seus próprios artigos. Essa nova política criará uma disparidade entre as disciplinas mais ricas e mais pobres, resultará na concentração ainda maior nas mãos de grandes e ricas instituições ocidentais, penalizando também os pesquisadores mais jovens; matará os estudos observacionais e a pesquisa exploratória e fará com que a divulgação científica dependa mais das finanças do que da qualidade. Este artigo apela à plena consciência da comunidade acadêmica sobre os riscos da situação atual da publicação científica.