Tratamento da hemorragia uterina provocada pelo uso de anticoagulantes / Treatment of uterine bleeding due to the use of anticoagulants

O uso de anticoagulantes para tratamento de doenças sistêmicas pode provocar hemorragia uterina em mulheres na fase reprodutiva. No presente artigo os autores acompanharam cinco mulheres com síndromes trombogênicas (síndrome antifosfolipídica, tromboembolismo, síndrome de Budd-Chiari, arterite de Takayasu e tromboangeíte obliterante com AVC) que apresentavam hemorragia uterina pelo uso de anticoagulantes. Devido à restrição ao uso de estrogênios e progestogênios, os autores optaram por usar os análogos agonistas do hormônio liberador das gonadotrofinas, em administrações mensais, intramusculares de 3,75 mg. Em todas as pacientes a administração do análogo não só diminuiu significativamente o sangramento uterino, como reduziu a anemia e melhorou a qualidade de vida das pacientes.

Dismenorreia / Dysmenorrhea

A dismenorréia é uma das principais causas de abstinência ao trabalho. Durante séculos foi considerada como um problema psicológico, relacionado à negação da feminilidade e que melhorava com o casamento. Somente após a descoberta das prostaglandinas a sua fisiopatologia foi esclarecida e novos tratamentos puderam ser utilizados. A abordagem terapêutica da dismenorréia pode ser efetuada em três etapas: 1) drogas ou medidas que atuam diretamente nas prostaglandinas, como os antiinflamatórios não hormonais, hormônios ou calor local; 2) medicamentos que relaxam a musculatura uterina, como os antiespamódicos; 3) drogas ou medidas que interferem com a dor, tanto em nível periférico como central, tais como analgésicos, acupuntura, psicotrópicos.No presente artigo os autores explicam detalhadamente as vantagens e desvantagens de cada medicamento, quando usá-los e os efeitos colaterais mais freqüentes.

Dismenorréia / Dysmenorrhea

Dismenorréia é um dos problemas ginecológicos mais freqüentes na mulhere responsávelporaltos índices de falta na escola e no trabalho. A dismenorréía pode ser primária ou secundária. A dismenorréia primária é causada pelas pros-taglandínas e mais raramente pelos leucotrienos. Na dísmenorréia de fraca intensidade o tratamento pode consistir nos medicamentos tradicionais, tais como analgésicos, anties- pasmolíticos e calor local, mas nos casos mais intensos o tratamento mais eficaz é o antíinflamatório não hormonal Atualmente os ínibidores seletivos da cicloxigenase 2 são os mais eficazes por reduzirem o sangramento menstrual e produzirem menos efeitos gastrointestinais. Os contraceptivos podem ser uma ótima escolha quando a mulher necessita fazer anticoncepção. Quando a terapêutica acima descrita falhar, outros tratamentos podem ser usados, mas, nesses casos, é necessário investigar a dismenorréia secundária.

Estudo da eficacia de 4 antiinflamatorios nao hormonais no tratamento da dismenorreia primaria / Evaluation of the efficacy of 4 non hormonal antiinflammatory in the treatment of primary dysmenorrhea

Os quatro antiinflamatórios usados reduziram a sintomatologia em 80 por cento ou mais das pacientes, sendo, portanto, considerados eficazes no tratamento da dismenorreia primária. O cetoprofeno reduziu em 50 por cento ou mais a sintomatologia em 76 por cento das pacientes, seguido pelo acido mefenamico (72 por cento), diclofenaco sodico (60 por cento) e piroxicam (60 por cento). Em 22 por cento das pacientes o exame de ultra-sonografia pélvica apresentou cistos ovarianos, e 4 por cento tiveram o Ca 125 superior a 35 U/ml

Puberdade precoce / Precocious puberty

No presente artigo, os autores fazem uma revisäo bibliográfica sobre puberdade precoce no sexo feminino. Säo abordados os seguintes aspectos: definiçäo, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamentos e seguimento. Dos tratamentos utilizados os analogos do GnRH foram os mais efetivos

Abuso sexual na infância e adolescência / Sexual abuse in infancy and adolescence

O abuso sexual entre crianças é o mais frequente e também o mais omitido crime sexual. No presente trabalho os autores ponderam sobre a definiçäo, incidencia, diagnóstico, tratamento e a ampla gama de consequências do abuso sexual em meninas e adolescentes

Sindrome pré-menstrual em pacientes acima dos 40 anos / Premenstrual syndrome in patients beyond 40 years

No presente estudo os autores analisaram 40 pacientes com idade superior a 40 anos, que procuraram o Ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo com sindrome pré-menstrual. Foram observados os seguintes parâmetros: idade, cor, estado civil, profissäo, ciclo menstrual, método anticoncepcional, paridade, início e intensidade da sintomatologia, quadro clínico, patologias associadas, perfil laboratorial, os resultados obtidos pelos autores foram os seguintes: média etária da amostra estudada foi de 43,7 anos, prevalencendo a cor branca e ciclos regulares (critério de inclusäo); 75 por cento das pacientes eram casadas, 47,5 por cento eram donas de casa e somente 15 por cento eram nuliparas, sendo que 72,5 por cento tinham de 1 a 3 filhos; a laqueadura foi o método utilizado por 45 por cento das mulheres estudadas...

Sindrome pré-menstrual na adolescência / Premenstrual syndrome in adolescente

Os autores desenvolveram inquérito epidemiologico com 205 adolescentes do Setor de Ginecologia Infanto-Puberal da Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas da Universidade de Säo Paulo, sendo que os sintomas pré-menstruais foram detectados em sua forma leve 26,3 por cento moderada em 22,4 por cento e acentuada em 2,9 por cento. As principais manifestaçöes encontradas nesta faixa etária foram: irritabilidade, tensäo, cefaléia, colica, fadiga, choro fácil, depressäo e mastalgia, sendo a cefaléia e a colica as principais responsaveis pela abstinência na escola e/ou trabalho

Osteoporose / Osteoporosis

A osteoporose representa sério problema de saúde publica pela alta prevalência na populaçäo pós-menopausal. Em funçäo da longevidade a alteraçäo estrutural ossea em ocorrência crescente. Os autores discutem as influências hormonais e näo hormonais sobre o metabolismo osseo. Concluem ser a reposiçäo esteroidica importante meio de estabilizacao da perda da massa ossea. Discutem novas opçöes terapeuticas tais como o uso de progesteronas, androgenios, tibolona, calcitonina e bifosfonatos