RESUMEN
Introdução: Os pacientes com artéria carótida comprometidos porcâncer agressivo de cabeça e pescoço apresentam prognósticoreservado. A remoção em bloco do tumor com ressecção dacarótida é o único tratamento que pode oferecer uma oportunidadede cura, porém, não é um procedimento amplamente realizadopelos cirurgiões de cabeça e pescoço devido ao risco de sequelasneurológicas. Objetivo: Analisar o resultado do tratamentocirúrgico do carcinoma agressivo de cabeça e pescoçocom invasão carotídea associado à reconstrução da artériacarótida com PTFE avaliando a viabilidade da reconstrução,as complicações vasculares e não vasculares, o índice derecorrência e a sobrevida dos pacientes. Método: Foram incluídospacientes operados por neoplasia maligna avançada de cabeçae pescoço com invasão da artéria carótida comum ou da carótidainterna, acompanhados prospectivamente no período de Abril de2005 a Abril de 2011. Resultados: Constavam oito pacientes dosexo masculino com idade média de 54 anos (37-62) que foramsubmetidos à ressecção seguida de reconstrução da artériacarótida. Nenhum paciente apresentou sequela neurológica ouvascular. Metade dos pacientes havia realizado tratamento préviopara a neoplasia, dois fizeram cirurgia e radioterapia adjuvante,e dois fizeram radioterapia e quimioterapia. Em seis casos, oacometimento carotídeo foi causado pela metástase cervical.Em todos os casos a invasão carotídea foi confirmada peloestudo anatomopatológico. Foi registrada morte pós-operatóriaem um caso, porém sem relação direta com o ?bypass arterial?,três pacientes morreram por recidiva e quatro estão vivos semevidência de doença. Conclusão: A ressecção da carótida e areconstrução devem ser realizadas com o objetivo de melhoraro controle locorregional da doença e aumentar a sobrevida dopaciente.