RESUMEN
OBJETIVO: Demonstrar a prevalência da hiperglicemia de estresse em coorte de pacientes com síndrome coronariana aguda e a correlação com óbito, insuficiência cardíaca e/ou disfunção ventricular esquerda sistólica, na fase intra-hospitalar. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectiva inicial constituída por pacientes internados com síndrome coronariana aguda, com ou sem supradesnivelamento do segmento ST. Foram comparados os grupos para demonstrar a correlação entre hiperglicemia de estresse e eventos cardiovasculares. Na comparação entre os grupos com e sem hiperglicemia de estresse, foram usados o teste do qui-quadrado ou exato de Fisher, e o teste t de student. As variáveis com valor de p<0,20 na análise univariada foram submetidas à regressão logística variáveis. RESULTADOS: Foram estudados 363 pacientes com média etária de 62,06±12,45 anos, com predomínio do gênero masculino (64,2%). O total de 96 pacientes (26,4%) apresentou hiperglicemia de estresse. Não houve diferenças entre os grupos com ou sem hiperglicemia de estresse. A área sobre a curva ROC foi de 0,67 para relação entre a hiperglicemia de estresse e o desfecho composto insuficiência cardíaca, disfunção sistólica de ventrículo esquerdo ou óbito ao fim da internação. A curva ROC mostrou ser a hiperglicemia de estresse fator preditivo do desfecho composto (óbito, insuficiência cardíaca e/ou disfunção ventricular). A análise multivariada não apontou fator de risco a idade, hiperglicemia de estresse ou frequência cardíaca de admissão. CONCLUSÃO: A hiperglicemia de estresse na amostra estudada foi frequente. Sua presença associou-se, na análise univariada, com eventos como óbito, insuficiência cardíaca e/ou disfunção ventricular na fase intra-hospitalar, em pacientes com síndrome coronariana aguda.
OBJECTIVE: To demonstrate the prevalence of stress hyperglycemia in a cohort of patients with acute coronary syndrome and to determine the correlation of stress hyperglycemia with death, heart failure and/or left ventricular systolic dysfunction during the intrahospital phase. METHODS: A prospective initial cohort study of hospitalized patients with acute coronary syndrome with or without ST segment elevation. The groups were compared to demonstrate the correlation between stress hyperglycemia and cardiovascular events. The chi-square test or Fisher's exact test and student's t-test were used to compare the groups with and without stress hyperglycemia. The variables with p<0.20 in the univariate analysis were submitted to logistic regression. RESULTS: In total, 363 patients with an average age of 12.45 ± 62.06 were studied. There was a predominance of males (64.2%). In total, 96 patients (26.4%) presented with stress hyperglycemia. There were no differences between the groups with or without stress hyperglycemia. The area under the ROC curve was 0.67 for the relationship between stress hyperglycemia and the composite outcome heart failure, left ventricular systolic dysfunction or death at the end of the hospital admission. The ROC curve proved that stress hyperglycemia was the predictor of the composite outcome (death, heart failure and/or ventricular dysfunction). The multivariate analysis did not indicate age, stress hyperglycemia or admission heart rate as risk factors. CONCLUSION: Stress hyperglycemia was common in the studied sample. In the univariate analysis, the presence of stress hyperglycemia was associated with such events as death, heart failure and/or intrahospital ventricular dysfunction in patients with acute coronary syndrome.