Intervençöes odontológicas na vigência de medicaçäo anticoagulante / Dental procedures during anticoagulant administration

Foram estudados 36 doentes sob tratamento com drogas anticoagulantes administradas por via oral e submetidos a intervençöes odontológicas. As idades variarm de 20 a 68 (média de 43,5) anos, Vinte (55,6%) enfermos eram do sexo feminino e 16 (44,4%) do masculino. Os medicamentos utilizados foram a fenindiona em 33 (91,7%) pacientes, o warfarin em um (2,7%) e a hidroxicumarina em dois (5,6%). Os doentes eram portadores de prótese valvar cardíaca metálica (23 casos, 64%), de bioprótese (dois casos, 5,5%), de outras valvopatias (nove casos, 25) de estenose prévia da valva mitral submetida à comissurotomia (dois casos, 5,5%). Foram realizadas: a) 83 intervençöes em caráter eletivo, nas quais as drogas foram suspensas por um período de 2 a 7 dias, até o tempo de protrombina atingir valores em torno de 60%. Foram observados dois hematomas gengivais sem repercussäo clínica expressiva; b) 16 intervençöes em caráter de urgência, sem interromper o uso de medicaçäo anticoagulante. Foi observado sangramento excessivo controlado sem dificuldade com medidas locais em um doente. Conclui-se que a intervençäo odontológica com baixo risco de sangramento pode ser realizada na vigência de medicaçäo anticoagulante

Prevençäo da endocardite infecciosa: a necessária participaçäo dos dentistas / Prevention of infective endocarditis: the needs of the dentists particiipation

Aplicou-se um questionário a 130 odontólogos que participavam do I Encontro de Odontologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP realizado em maio de 1986. O conhecimento prévio da endocardite infecciosa foi confirmado por 110 (84,6 por cento ) profissionais; 97 (74,6 por cento ) costumavam perguntar ao paciente sobre a existência de sopro cardíaco; 62 (47,8 por cento ) indicavam a profilaxia antibiótica aos cardiopatas e 90 (69,2 por cento ) contactavam-se com o cardiologista do paciente quando necessário. Esses resultados säo comparados com os dados da literatura e é enfatizada a importância da integraçäo médico-odontológo na atençäo à saude dos enfermos sob maior risco de contrair endocardite infecciosa