RESUMEN
Realizou-se um estudo descritivo com os casos notificados de Sífilis Gestacional (SG) em São Luís (Maranhão) no período de 2006 a 2018. Foram analisadas as tendências de indicadores epidemiológicos pela regressão Joinpoint e as características do agravo com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Foram notificados 1.688 casos de SG no período estudado, com tendência significativa de aumento no número de casos novos, na prevalência e no coeficiente de detecção. O perfil das gestantes com SG mostrou que a infecção foi mais frequente em mulheres de 20 a 29 anos, com ensino médio e pardas. Além disso, houve predomínio da forma primária, frequentemente detectada no terceiro trimestre gestacional e tratada com penicilina. A persistência da infecção por sífilis na gestação demonstra uma falha na prevenção de infecções sexuais na população, especialmente na gestação, implicando riscos para e mãe e para o concepto.
A descriptive study was performed with the reported cases of Gestational Syphilis (GS) in São Luís (Maranhão) from 2006 to 2018. We analyzed the trends of epidemiological indicators by the Joinpoint regression and the characteristics of the disease based on the data from the Notifiable Disease Information System (Sinan). 1,688 cases of GS were reported in the period studied, with a significant tendency of increasing in the number of new cases, prevalence and detection coefficient. The profile of pregnant women with GS showed that the infection was more frequent in women aged 20 to 29 years, with high school and mixed race. Additionally, there was a predominance of the primary form, frequently detected in the third trimester of pregnancy and treated with penicillin. The persistence of syphilis infection during pregnancy demonstrates a failure to prevent sexual infections in the population, especially during pregnancy, implying risks for both the mother and the fetus.
Estudio descriptivo con los casos notificados de Sífilis Gestacional (SG) en São Luís (Maranhão) de 2006 a 2018. Se analizaron las tendencias de los indicadores epidemiológicos mediante regresión Joinpoint y las características de la enfermedad con base en datos del Sistema de Información de Quejas formales (Sinan). Se notificaron 1.688 casos de SG en el período estudiado, con una tendencia significativa al aumento en el número de nuevos casos, en la prevalencia y en el coeficiente de detección. El perfil de gestantes con SG mostró que la infección fue más frecuente en mujeres de 20 a 29 años, con estudios secundarios y mestizas. Además, predominó la forma primaria, frecuentemente detectada en el tercer trimestre del embarazo y tratada con penicilina. La persistencia de la infección por sífilis durante el embarazo demuestra la falta de prevención de las infecciones sexuales en la población, especialmente durante el embarazo, lo que implica riesgos tanto para la madre como para el feto.