Parasitismo incomum na veia central da supra-renal em chagásicos crônicos / Uncommon parasitism in adrenal gland central vein in chronic Chagas' diseases patients

Em uma série de 47 chagásicos crônicos, com ninhos do T. Cruzi na musculatura lisa da veia central da supra-renal, foram encontrados 3 casos (6,3%) em que o fleboparasitismo da supra-renal era acentuado, observando-se centenas de ninhos nos cortes seriados examinados. Um desses era portador de megaesôfago e faleceu subitamente: os outros faleceram após insuficiência cardíaca de duraçäo relativamente curta. É salientado o fato de a descompensaçäo e o óbito terem ocorrido em idade bastante inferior àquela em que habitualmente ocorrem esses eventos no chagásico crônico. As lesöes eram de miocardite crônica, porém com exsudato leucocitário predominante. Os achados sugerem uma relaçäo entre parasitismo da supra-renal e alteraçöes cardíacas

O pulmäo nas hemorragias intracranianas e em traumatismos näo cranianos / The lung in intracranial hemorrhages and in other non-cranial traumatisms

Alteraçöes pulmonares como congestäo, edema, colapso e hemorragia alveolares e intersticiais foram as alteraçöes mais freqüentemente observadas tanto nos casos de hemorragia subaracnóide espontânea, como nos traumatismos cranianos e näo cranianos, sendo a hemorragia pulmonar menos freqüente nos casos de hemorragia subaracnóide näo traumática. A formaçäo de membranas hialinas ocorreu apenas nos casos com sobrevida superior a dois dias. Discute-se a participaçäo das catecolaminas e de outras substâncias (histamina, cininas, opióides endógenos) na gênese das alteraçöes pulmonares, principalmente o edema

Alteraçöes pulmonares em diferentes formas de hemorragia intracraniana / Pulmonary changes in different forms of intracranial hemorrhage

Diferentes formas de hemorragia intracraniana, associadas ou näo a traumatismo crânio-encefálico, produziram edema, hemorragia e o colapso pulmonar. As médias do peso pulmonar foram semelhantes nos casos de hemorragia subaracnóide por rotura de aneurismas, nas hemorragias e laceraçöes por projétil de arma de fogo, nos hematomas epidurais traumáticos e nas hemorragias subdurais e subaracnóides traumáticas associadas. Os dados mostraram que a associaçäo do aumento da pressäo intracraniana ao trauma e ao contato mais direto do sangue com o tecido nervoso näo modifica significativamente as alteraçöes pulmonares analisadas