RESUMEN
A mudança climática e o aquecimento global passaram, em curto espaço de tempo, para o centro do debate público como o maior desafio do século XXI. Este artigo busca apresentar uma revisão crítica sobre a temática das cidades e a mudança climática baseando-se numa análise da literatura internacional e nacional disponível. Ressalta-se que os impactos da mudança climática são esperados em áreas urbanas afetando vários setores do cotidiano das cidades. A evidência empírica mostra que governos locais são fundamentais para implementar políticas públicas relativas à mudança climática. De forma geral, a resposta dada por esses governos concentra-se em ações de mitigação e adaptação. Buscou-se, neste sentido, compreender os processos de urbanização e industrialização como forma de entender a condição e as origens da vulnerabilidade socioambiental urbana no Brasil, bem como alertar para os enormes déficits socioeconômicos e ambientais das cidades brasileiras que tornam políticas públicas e respostas mais urgentes e complicadas. Assim, não se trata de vinho velho em garrafa nova, mas sim da oportunidade não só de corrigir erros do passado, como também transformar as cidades brasileiras para o futuro de forma mais sustentável e justa. Para isso torna-se necessário um maior envolvimento dos estudos em administração pública e gestão local nessa discussão.
Asunto(s)
Adaptación a Desastres , Cambio Climático , Desarrollo Industrial , Gobierno Local , Política Pública , Planificación de Ciudades/organización & administración , Área Urbana , Ciudades , Calentamiento Global , Vulnerabilidad en Salud , Impactos de la Polución en la SaludRESUMEN
Salienta a importância da construção de instituições de governabilidade internacional e de uma forte redefinição do Estado, com o objetivo de liderar uma transição gradual para uma sociedade sustentável e mais democrática, baseada na idéia da convergência entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, através de novas tecnologias de eficiência energética, reciclagem de materiais e controle de poluição. A redefinição do Estado implicaria a redução de suas funções econômicas e o fortalecimento de suas funções sociais e ambientais nos diferentes níveis, além de um profundo processo de descentralização política