RESUMEN
OBJETIVO: Avaliar a eficácia e a segurança do levamisol no tratamento profilático da afta recorrente, utilizando um protocolo de estudo duplo-cego. MÉTODOS: Quatorze pacientes receberam doses decrescentes de levamisol por via oral por seis meses (dose inicial de 150mg três vezes por semana). Dez pacientes receberam placebo. As avaliações foram mensais. RESULTADOS: Houve tendência à diminuição do número de crises nos dois grupos, mas sem diferenças entre ambos. O número de lesões diminuiu significantemente nos grupos levamisol e placebo, mas na comparação entre eles a diferença não foi significante. A duração das lesões diminuiu significantemente no grupo placebo, porém ao compará-lo com o grupo levamisol a diferença não foi significante durante todo o tratamento. A intensidade da dor foi significantemente menor nos dois grupos, mas ao compará-los a dor foi significantemente menor no grupo placebo. A avaliação global final mostrou melhora em 50 por cento dos pacientes do grupo levamisol e em 70 por cento do Placebo, sem diferença significante entre os dois tratamentos. Não foi observada diferença na frequência de efeitos colaterais entre os grupos. CONCLUSÃO: Levamisol, como usado nesse protocolo, é uma droga segura. Comparado ao placebo, levamisol não é efetivo no tratamento profilático da afta recorrente. O efeito placebo é importante em desordens nas quais fatores emocionais afetam a recorrência ou a expressão de sintomas.
OBJECTIVE: to utilize a double-blind protocol to provide clarification about the safety and effectiveness of levamisole in the treatment of recurrent aphthous stomatitis. METHODS: Fourteen patients took a decreasing dose of oral levamisole for six months (initial dose 150mg three times a week) and ten others were placebo control patients. All were evaluated monthly. RESULTS: The number of crises had a tendency to decrease in both groups, but without a difference between groups. The number of lesions diminished significantly in the two groups, but upon comparison the difference was not significant. Duration of the lesions diminished significantly in the placebo, however when compared to the levamisole group, difference was not significant during treatment. The intensity of pain was significantly lower in the two groups, but upon comparison, pain was significantly lower in the placebo group. The final global evaluation showed improvement in 50 percent of patients of the levamisole group and in 70 percent of the placebo, without a significant difference between treatments. No difference in the frequency of collateral effects was observed between groups. CONCLUSIONS: Levamisole, as used in this protocol, is a safe drug. When compared with the placebo, levamisole is not effective in the prophylactic treatment of recurrent aphthous stomatitis. The placebo effect is important in diseases where emotional factors affect recurrence or expression of symptoms.