RESUMEN
O presente trabalho revê a organização do sistema de saúde brasileiro ao longo da história, com destaque para o desenvolvimento da assistência à saúde mental dentro deste processo. São enfocados os movimentos sociais em busca de mudanças, como o Movimento Sanitário e a Reforma Psiquiátrica no país, assim como as políticas públicas que marcaram significativamente a situação atual. Além disso, apresenta questões relativas às articulações existentes na estrutura política do país que determinaram, de acordo com o modo de produção adotado, o olhar para a doença e para o doente, resultando que a as ações no campo da saúde estivessem ligadas e voltadas principalmente à condição produtiva dos indivíduos. A seguir apresentam-se algumas considerações sobre o contexto da assistência à saúde mental contemporânea e seu processo de transformação a partir de análise de documentos e revisão bibliográfica não exaustiva, com a proposta de compreender aspectos preconizados pela Organização Mundial da Saúde e Legislação Brasileira para o cuidado em saúde mental, apontando influências internacionais. A partir desta breve compreensão, entende-se que informações sobre os pressupostos para o tratamento são subsídios importantes para a construção da luta pela saúde mental e cidadania. Considera-se neste trabalho, que a reestruturação da prática cotidiana dos serviços de saúde mental é condição essencial para a transformação proposta para o modelo assistencial em nosso país. O presente estudo questionou profissionais de equipes de serviços substitutivos de saúde mental do município de Botucatu, em relação aos sentidos atribuídos por eles aos procedimentos de avaliação inicial e planejamento terapêutico, como constituintes do tratamento oferecido nestes serviços. Para tanto, utilizou-se a perspectiva das práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano proposta por Spink...