RESUMEN
O objetivo desta revisão foi detalhar os aspectos tomográficos da fibrose pulmonar idiopática e da pneumonia intersticial não específica, que representam as duas pneumonias intersticiais idiopáticas mais frequentes e estão entre as mais importantes doenças pulmonares fibrosantes. A diferenciação entre essas duas entidades tem extrema relevância na prática clínica, tendo em vista que o prognóstico associado a cada uma delas é muito distinto. Outras doenças pulmonares fibrosantes, como por exemplo, a pneumonia de hipersensibilidade crônica e o estágio final da sarcoidose, não serão discutidas nesta revisão. A fibrose pulmonar idiopática, cujo padrão morfológico é a pneumonia intersticial usual, tem sido cada vez mais reconhecida como uma doença altamente complexa, que se caracteriza por um prognóstico bastante pobre, com sobrevida média de 3-5 anos a partir de seu diagnóstico. Nesse contexto, torna-se evidente a necessidade de se firmar um diagnóstico preciso e manejar adequadamente os pacientes. A TCAR representa uma ferramenta fundamental para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com fibrose pulmonar idiopática. Diante das características de imagem típicas da doença, é possível estabelecer-se o diagnóstico de fibrose pulmonar idiopática, com alto grau de confiança, mediante a correlação clínico-radiológica, sem necessidade de comprovação histológica.