RESUMEN
O presente trabalho tem o objetivo de caracterizar os planos de saúde elaborados durante a longa ditadura militar que se instalou no Paraguai entre os anos de 1954-1989. A análise pretende contrastar as políticas e estratégias sanitárias estabelecidas no plano discursivo com a prática baseada nos resultados obtidos por estes planos. Como conclusão, pode-se ressaltar que o crescimento econômico que caracterizou o país neste período não corresponde ao melhoramento das condições de saúde da população. Com efeito: a definição e implementação de políticas sociais tendentes ao melhoramento das condições de vida da população nunca foram prioritárias para o governo stronista. Apesar disso, o governo stronista teve o mérito de haver iniciado a prática do planejamento com a elaboração do primeiro plano de saúde no ano de 1957. Os planos subseguintes tenderam, na prática, a uma progressiva medicalização da população que recebeu amplo apoio financeiro por parte de organizações internacionais como a UNICEF, AID, BID, GTZ, etc. avaliados pela OPS/OMS. Isto favoreceu à política clientelista da ditadura, além do prebendismo e da corrupção.