RESUMEN
Objetivo: Identificar os fatores contextuais (i.e., fatores pessoais e fatores relacionados ao trabalho) associados ao uso clínico da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) por fisioterapeutas. Métodos: Foi realizado um estudo exploratório do tipo survey. O questionário Barreiras pessoais e ambientais para implementação da CIF por fisioterapeutas" foi enviado aos fisioterapeutas do Espírito Santo, Brasil. Análise de regressão logística foi usada para explorar associações entre características pessoais e organizacionais com educação, atitudes, crenças, interesses, percepção de suporte e disponibilidade de recursos no ambiente de trabalho para uso da CIF na prática clínica. Resultados: A taxa de resposta para a maioria das análises foi 46% (n= 59). Seis características explicaram 35% da variação associada a interesses, atitudes e crenças para o uso da CIF (X²= 16.6, p= 0.01). Três características explicaram 24% da variação associada à educação para o uso da CIF (X²= 8.9, p= 0.03). Três características explicaram 61% da variação associada à percepção de suporte e disponibilidade de recursos para o uso da CIF (X²= 30.5, p<0.01). A barreira mais citada foi dificuldade ao aplicar a CIF para avaliar pacientes (62%). Conclusão: Os fisioterapeutas possuem atitudes positivas em relação ao uso da CIF, mas a grande maioria não recebeu formação acadêmica adequada e reporta auto-eficácia insuficiente para seu uso na prática clínica. É necessária a adoção de uma infraestrutura organizacional que endosse o uso clínico da CIF alinhada à modificação nos currículos de formação e capacitação continuada.
Objective: To identify the contextual factors (i.e., personal, and work-related factors) associated with the clinical use of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) by physical therapists. Method: A cross-sectional exploratory survey was carried out. The questionnaire Personal and environmental barriers for the implementation of the ICF by physical therapists was mailed to physical therapists living in Espírito Santo, Brazil. Logistic regression analysis was used to explore associations between personal and work-related characteristics with education, attitudes, beliefs, interest, and perception related to work resources for applying the ICF. Results: The response rate for most analyses was 46% (n= 59). Six characteristics explained 35% of the variance associated with interests, attitudes, and beliefs for the use of the ICF (X²= 16.6, p= 0.01). Three characteristics explained 24% of the variance associated with education for the use of ICF (X²= 8.9, p= 0.03). Three characteristics explained 61% of the variance associated with the perception of support and availability of resources for the use of the ICF (X²= 30.5, p<0.01). The most cited barrier was difficulty in applying the ICF for assessments of patients (62%). Conclusions: Physical therapists have positive attitudes towards the use of ICF, but most respondents did not receive satisfactory academic training and reported insufficient self-efficacy for using ICF in clinical practice. The adoption of an organizational infrastructure that endorses the clinical use of the ICF in association with an updated and continued education is required.