RESUMEN
Abstract: Threatened by global warming and extreme climatic events, such as El Niño Southern Oscillation (ENSO) and Marine Heatwaves (MHW), coral reefs worldwide faced the worst bleaching and mortality event between 2014 and 2017, induced by the 2015/2016 ENSO. We evaluated the impacts of ENSO and MHW episodes on bleaching and mortality frequencies of Siderastrea stellata at Rocas Atoll, Southwestern Atlantic, using visual censuses conducted in 2016, 2017 and 2019. Bleaching rate varied significantly along the sampling period (11.71% in 2016, 1.52% in 2017, and 88% in 2019), but mortality was always less than 4%. Bleaching events in Atlantic reefs have been constantly associated with ENSO, until these recent events of the last two years. We suggest that MHW were probably the primary driver of the observed bleaching, especially in 2019, when much higher bleaching rates were observed than in ENSO periods. Although Southwestern Atlantic massive corals are considered more resistant to thermal stress than reefs corals worldwide, the strong events registered since 2019 highlight the need for continuous monitoring to better understand coral bleaching dynamics and improve predictions on the effects of global change in the region.
Resumo: Ameaçados pelo aquecimento global e eventos climáticos extremos, como El Niño Oscilação Sul (ENSO) e Ondas de Calor Marinhas (MHW), os recifes de coral em todo o mundo enfrentaram o pior evento de branqueamento e mortalidade entre 2014 e 2017, induzido pelo ENSO 2015/2016. Nesse estudo, avaliamos os impactos dos episódios de ENSO e MHW nas frequências de branqueamento e mortalidade de Siderastrea stellata no Atol de Rocas, Atlântico Sudoeste, a partir de censos visuais realizados em 2016, 2017 e 2019. O branqueamento variou significativamente ao longo do período de amostragem (11,71% em 2016, 1,52% em 2017, e 88% em 2019), mas a mortalidade não, sendo sempre inferior a 4%. Eventos de branqueamento em recifes do Atlântico têm sido constantemente associados ao ENSO, até os eventos recentes dos últimos dois anos. Nós sugerimos que as MHW foram provavelmente o principal impulsionador do branqueamento observado, especialmente em 2019, quando as taxas de branqueamento observadas foram maiores do que nos períodos de ENSO. Embora os corais massivos do Atlântico Sudoeste sejam considerados mais resistentes ao estresse térmico quando comparados com corais recifais de outros oceanos, os fortes eventos registrados desde 2019 destacam a necessidade de monitoramento contínuo para entender melhor a dinâmica do branqueamento de corais e melhorar as previsões sobre os efeitos das mudanças globais na região.