RESUMEN
A qualidade e segurança da água são questões que estão chamando a atenção das autoridades em saúde pública. Várias espécies do gênero Cryptosporidium foram descritas, mas somente o Cryptosporidium parvum têm sido associado às doenças gastrintestinais (TEUNIS & HAVELAAR, 2002). A criptosporidiose pode ser fatal em imunocomprometidos e pode debilitar severamente indivíduos imunocompetentes. Outro agravante dá-se pelo fato de oocistos de Cryptosporidium serem resistentes às pressões ambientais, podendo sobreviver por vários meses no ambiente aquático e são também resistentes à desinfecção por cloro utilizada no tratamento convencional de água (MULLER, 2000). Atualmente existem diferentes métodos propostos, mais ainda não padronizados. A ausência de uma metodologia padronizada para detecção de oocistos de Cryptosporidium dificulta a viabilização de um monitoramento ou pesquisa deste patógeno emergente. No Brasil, os dados acerca da ocorrência deste parasito em água de abastecimento são limitados. A portaria 1469 de 2000, que em seu padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano recomenda inclusão de pesquisa de organismos patogênicos, com o objetivo de atingir, como meta, um padrão de ausência, dentre outros, oocistos de Cryptosporidium spp. Recomenda-se, mundialmente, o monitoramento de Cryptosporidium em sistema de água potável que abastecem cidades com população entre 10000 e 100000 pessoas. Entretanto, os métodos normalmente usados na determinação de oocisto na água são ineficientes e extremamente variáveis, citando como exemplos a identificação de falsos-positivos por interferências com algas e outras espécies de protozoários (FRANCO et al., 2001). Conclui-se que a inexistência ou inadequação do tratamento de dejetos pode gerar a contaminação dos mananciais de água, podendo veicular e disseminar C. parvum. Em face disso, torna-se fundamental o desenvolvimento e aprimoramento de métodos diagnósticos de detecção.
Asunto(s)
Agua Potable/análisis , Cryptosporidium parvum , Microbiología Ambiental , MétodosRESUMEN
A qualidade e segurança da água são questões que estão chamando a atenção das autoridades em saúde pública. Várias espécies do gênero Cryptosporidium foram descritas, mas somente o Cryptosporidium parvum têm sido associado às doenças gastrintestinais (...). A criptosporidiose pode ser fatal em imunocomprometidos e pode debilitar severamente indivíduos imunocompetentes. Outro agravante dá-se pelo fato de oocistos de Cryptosporidium serem resistentes às pressões ambientais, podendo sobreviver por vários meses no ambiente aquático e são também resistentes à desinfecção por cloro utilizada no tratamento convencional de água (MULLER, 2000). Atualmente existem diferentes métodos propostos, mais ainda não padronizados. A ausência de uma metodologia padronizada para detecção de oocistos de Cryptosporidium dificulta a viabilização de um monitoramento ou pesquisa deste patógeno emergente. No Brasil, os dados acerca da ocorrência deste parasito em água de abastecimento são limitados. A portaria 1469 de 2000, que em seu padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano recomenda inclusão de pesquisa de organismos patogênicos, com o objetivo de atingir, como meta, um padrão de ausência, dentre outros, oocistos de Cryptosporidium spp. Recomenda-se, mundialmente, o monitoramento de Cryptosporidium em sistema de água potável que abastecem cidades com população entre 10000 e 100000 pessoas. Entretanto, os métodos normalmente usados na determinação de oocisto na água são ineficientes e extremamente variáveis, citando como exemplos a identificação de falsos-positivos por interferências com algas e outras espécies de protozoários (FRANCO et al., 2001). Conclui-se que a inexistência ou inadequação do tratamento de dejetos pode gerar a contaminação dos mananciais de água, podendo veicular e disseminar C. parvum. Em face disso, torna-se fundamental o desenvolvimento e aprimoramento de métodos diagnósticos de detecção.