RESUMEN
Resumo A doença valvar cardíaca é um problema de saúde crescente no mundo. Os pacientes com valvopatia podem apresentar diversas emergências cardiovasculares. O manejo desses pacientes é um desafio no departamento de emergência, principalmente quando a condição cardíaca prévia é desconhecida. Atualmente, recomendações específicas para o manejo inicial são limitadas. A presente revisão integrativa propõe uma abordagem baseada em evidência, de três etapas, desde a suspeita de valvopatia à beira do leito até o tratamento inicial das emergências. A primeira etapa é a suspeita de uma condição valvar subjacente com base nos sinais e sintomas. A segunda etapa consiste na tentativa de confirmação diagnóstica e avaliação da gravidade da valvopatia com exames complementares. Finalmente, a terceira etapa aborda as opções diagnósticas e terapêuticas para insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, trombose valvar, febre reumática aguda, e endocardite infecciosa. Além disso, apresentamos imagens de exames complementares e tabelas para apoio aos médicos.
Abstract Valvular heart disease (VHD) is an increasing health problem worldwide. Patients with VHD may experience several cardiovascular-related emergencies. The management of these patients is a challenge in the emergency department, especially when the previous heart condition is unknown. Specific recommendations for the initial management are currently poor. This integrative review proposes an evidence-based three-step approach from bedside VHD suspicion to the initial treatment of the emergencies. The first step is the suspicion of underlying valvular condition based on signs and symptoms. The second step comprises the attempt to confirm the diagnosis and assessment of VHD severity with complementary tests. Finally, the third step addresses the diagnosis and treatment options for heart failure, atrial fibrillation, valvular thrombosis, acute rheumatic fever, and infective endocarditis. In addition, several images of complementary tests and summary tables are provided for physician support.
Asunto(s)
Humanos , Isquemia Miocárdica/tratamiento farmacológico , Enfermedad Coronaria/mortalidad , Enfermedad Coronaria/prevención & control , Enfermedad Coronaria/terapia , Metabolismo de los Lípidos , Infarto del Miocardio/tratamiento farmacológico , Trimetazidina/efectos adversos , Inhibidores de la Enzima Convertidora de Angiotensina/uso terapéutico , Inhibidores de Agregación Plaquetaria/uso terapéutico , Inhibidores de Hidroximetilglutaril-CoA Reductasas/administración & dosificación , Ivabradina/efectos adversos , LDL-Colesterol/metabolismo , Anticoagulantes/administración & dosificación , Nitratos/efectos adversosRESUMEN
FUNDAMENTO: Estudos prévios demonstraram que a leucocitose e a hiperglicemia verificadas à admissão de pacientes com IAM (infarto agudo do miocárdio), estão correlacionadas com a mortalidade intra-hospitalar. Entretanto, pouco é sabido sobre o impacto desses marcadores a longo prazo. OBJETIVO: Avaliar a curto e longo prazos, a influência dos níveis de glicose e leucócitos no prognóstico de pacientes com IAM. MÉTODOS: Foram analisados, retrospectivamente, 809 pacientes (idade média 63,2 ± 12,87 anos) com IAM, incluídos de forma prospectiva e consecutiva em banco de dados específico. RESULTADOS: a) Na fase intra-hospitalar os valores médios aferidos foram comparados entre pacientes que morreram ou sobreviveram: Leucocitose 12156±5977 vs 10337±3528 (p=0.004, 95 por cento IC= 976-2663); Glicose 176±105 mg/dl vs 140±72 mg/dl (p<0.001, 95 por cento IC= 19.4 - 52.6), respectivamente. b) No modo ajustado, o mesmo padrão foi verificado [valores de p: 0.002 (t-ratio 3.05), 0.04 (t-ratio 2.06), respectivamente]. c) Seguimento a longo prazo: a análise univariada revelou valores de P de 0.001 (t-ratio 3.3), <0.001 (t-ratio 4.16), respectivamente. Pela análise multivariada; P=0.001 (t-ratio 3,35), 0.08 (t-ratio 1,75), respectivamente. d) Após exclusão das mortes intra-hospitalares, os níveis leucocitários (P=0.989) e a glicemia (P=0.144) não permaneceram correlacionadas significativamente com mortalidade. O mesmo resultado foi verificado na análise multivariada. CONCLUSÃO: Níveis de leucócitos e glicemia à admissão de pacientes com IAM são excelentes preditores de mortalidade intra-hospitalar, e pobres preditores de óbitos a longo prazo.
BACKGROUND: Previous studies have demonstrated that leukocytosis and hyperglycemia verified at the admission of patients with acute myocardial infarction (AMI) are associated with intrahospital mortality. However, little is known on the long-term impact of these markers. OBJECTIVE: To evaluate the short-and long-term influence of the levels of glucose and leukocytes on the prognosis of patients with AMI. METHODS: A total of 809 patients with AMI were retrospectively assessed (mean age: 63.2 ± 12.87 yrs) and prospectively and consecutively included in a specific database. RESULTS: a) At the intrahospital phase, the mean values were compared between patients that died and those who survived: Leukocytosis: 12156±5977 vs 10337±3528 (p=0.004, 95 percentCI = 976-2663); Glucose 176±105 mg/dl vs 140±72 mg/dl (p<0.001, 95 percentCI = 19.4 - 52.6), respectively. b) With the adjusted mode, the same pattern was observed [p values: 0.002 (t-ratio 3.05), 0.04 (t-ratio 2.06), respectively]. c) Long-term follow-up: the univariate analysis showed P values of 0.001 (t-ratio 3.3), <0.001 (t-ratio 4.16), respectively. The multivariate analysis showed P=0.001 (t-ratio 3.35), 0.08 (t-ratio 1.75), respectively. (d) After the exclusion of the intrahospital deaths, the leukocyte (P=0.989) and glucose levels (P=0.144) did not remain significantly correlated with mortality. The same result was observed at the multivariate analysis. CONCLUSION: The levels of glucose and leukocytes at the hospital admission of patients with AMI are excellent predictors of intrahospital mortality and poor predictors of long-term death.
FUNDAMENTO: Estudios previos demostraron que tanto la leucocitosis como la hiperglucemia verificadas cuando de la admisión de pacientes con infarto agudo de miocardio (IAM), están correlacionadas con la mortalidad intrahospitalaria. Sin embargo, poco se sabe acerca del impacto de esos marcadores a largo plazo. OBJETIVO: Evaluar, a corto y largo plazos, la influencia de los niveles de glucosa y leucocitos en el pronóstico de pacientes con IAM. MÉTODOS: Se analizaron, retrospectivamente, a 809 pacientes (edad promedio 63,2 ± 12,87 años) con IAM, incluidos de forma prospectiva y consecutiva en banco de datos específico. RESULTADOS: a) En la fase intrahospitalaria se compararon los valores promedio obtenidos entre pacientes que murieron o supervivieron: leucocitosis 12.156±5.977 vs 10.337±3.528 (p=0.004, 95 por ciento IC= 976-2663); glucosa 176±105 mg/dl vs 140±72 mg/dl (p<0.001, 95 por ciento IC= 19.4 - 52.6), respectivamente. b) En el modo ajustado, se verificó el mismo estándar [valores de p: 0.002 (t-ratio 3.05), 0.04 (t-ratio 2.06), respectivamente]. c) Seguimiento a largo plazo: el análisis univariado reveló valores de P de 0.001 (t-ratio 3.3), <0.001 (t-ratio 4.16), respectivamente. Ya el análisis multivariado: P=0.001 (t-ratio 3,35), 0.08 (t-ratio 1,75), respectivamente. d) Tras la exclusión de las muertes intrahospitalarias, los niveles leucocitarios (P=0.989) y la glucemia (P=0.144) no permanecieron correlacionadas significativamente con la mortalidad. Igual resultado se verificó en el análisis multivariado. CONCLUSIÓN: Los niveles de leucocitos y glucemia al ingreso de pacientes con IAM resultan excelentes predictores de mortalidad intrahospitalaria, y pobres predictores de óbitos a largo plazo.