RESUMEN
Aim: This cross-sectional study aimed to analyze the need for dental treatment in preschool children concerning early childhood caries (ECC), evaluated by the School Health Program (SHP); family functioning; and common mental disorders (CMDs) within families in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Methods:A structured questionnaire was applied to the main caretaker of the 61 children by telephone contact. The questions addressed socioeconomic and demographic data; the Questionnaire of General Family Functioning (GFF) sought to investigate family functioning; and the Self-Reporting Questionnaire(SRQ-20) served to screen for CMDs among the main caretakers. Secondary data were collected from the SHP to survey the need for oral health treatments. The dependent variable was the need fortooth restoration or extraction. The data were analyzed descriptively and by Pearson's chi-square and Fisher's exact tests (p < 0.05), using SPSS v.22.0. Results: The median age of the children was 5 years old, and 32.8% required treatment for dental caries. There was no association between the need for tooth restoration or extraction and socioeconomic factors, family relations, and the presence of CMDs in the main caretaker (p > 0.05). However, there was a greater frequency of need for treatment in families with low income (24.6%) and with less social support (family and friends < 1). Children whose family was included in the Family Grant Program (62.3%), the respondent was the mother (57.4%), had completed high school or higher (36.1%), no paid work (42.6%), with a traditional or nuclear family structure (27.8%), and living in a house with good sanitary conditions (63.9%) presented a lower frequency of need for treatment.The GFF and SRQ-20 values among preschool children with and without the need for dental treatment were similar. Conclusion:There was a trend of a higher need for ECC treatment in children from families with lower income and less familiar and social support.
Objetivo: Este estudo transversal teve como objetivo analisar a necessidade de tratamento odontológico em pré-escolares em relação a cárie da primeira infância (CPI), avaliados pelo Programa Saúde na Escola (PSE), o funcionamento familiar e transtornos mentais comuns em suas famílias, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Brasil. Métodos: Um questionário estruturado foi aplicado ao principal cuidador das crianças avaliadas pelo PSE, por meio de contato telefônico (n = 61). As questões abordaram dados socioeconômico, demográficos, o Questionário de Funcionamento Geral Familiar (FGF), para investigação do funcionamento familiar e o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) para triagem de transtornos mentais comuns no principal cuidador. Dados secundários foram coletados nos registros do banco de dados do PSE, para levantamento da necessidade de tratamento em saúde bucal. A variável dependente foi a necessidade de restauração ou extração dentária. Os dados foram analisados descritivamente e pelos Testes de Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher (p < 0,05), usando o SPSS. v. 22.0.Resultados: A mediana de idade das crianças foi de 5 anos e 32,8% tinha necessidade de tratamento em relação à cárie dentária. Não houve associação entre a necessidade de restauração ou extração dentária e fatores socioeconômicos, relações familiares e a presença de transtornos mentais no cuidador principal (p > 0,05). Entretanto, houve maior frequência de necessidade de tratamento de CPI em famílias com baixa renda (24,6%) e com menor apoio social (família e amigos < 1). As crianças cujas famílias estavam incluídas no Programa Bolsa Família (62,3%), o entrevistado era a mãe (57,4%), tinha ensino médio completo ou superior (36,1%), não exercia atividade remunerada (42,6%), tinha estrutura familiar tradicional ou nuclear (27,8%) e morava em uma casa com boas condições sanitárias (63,9%) apresentaram menor frequência de necessidade de tratamento. Os valores do GFF e do SRQ-20 entre crianças pré-escolares com e sem necessidade de tratamento odontológico foram semelhantes. Conclusão: Observou-se maior frequência de necessidade de tratamento de CPI em crianças de famílias com menores renda e apoio social.