RESUMEN
Introduction: Chikungunya virus is spreading worldwide due to migration and globalization and could be presented with systemic and with unusual symptoms. Objective: To report a case of virus-transmitted infection detected in a woman during the gynecological examination at a vulvar clinic. Case report: A 73-year-old Caucasian woman attended a vulvar clinic because of dyspareunia and vulvar burning. Ulcers were observed on labia minora and perineum. A Chikungunya was diagnosed by seroconversion in paired specimens. She was prescribed prednisolone 40 mg once a day for 10 days. After oral steroid treatment, the woman had no body rashes or lesions on her genitals. Conclusion: This study emphasized that rare signs of unusual vulvitis with ulcers could be associated with Chikungunya infection.
Introdução: O vírus Chikungunya está se espalhando pelo mundo por conta da migração e da globalização, podendo apresentar sintomas sistêmicos e incomuns. Objetivo: Relatar um caso de infecção pelo vírus detectado em uma mulher por ocasião do exame ginecológico em clínica de patologia vulvar. Relato do caso: Uma mulher caucasiana de 73 anos foi a uma clínica vulvar por causa de dispareunia e queimação vulvar. Úlceras foram observadas nos pequenos lábios e no períneo. O diagnóstico de Chikungunya foi realizado por soroconversão em espécimes pareados. Foi prescrita prednisolona 40 mg uma vez ao dia por dez dias. Após o tratamento com esteróides orais, a mulher não apresentou erupções ou lesões nos órgãos genitais. Conclusão: Este estudo enfatizou que quadros raros de vulvite com úlcera podem estar associados à infecção por Chikungunya.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Anciano , Úlcera/virología , Vulvitis/virología , Fiebre Chikungunya/complicaciones , Examen GinecologícoRESUMEN
Introduction: Infections caused by Chlamydia trachomatis (CT) and Human Papilloma Virus (HPV) are among the most prevalent sexually transmitted infections (STIs) worldwide. CT infection in women living with the human immunodeficiency virus (HIV) can facilitate HIV transmission by increasing HIV shedding in cervicovaginal secretions. The prevalence of Human papillomavirus (HPV) infection is higher in women living with HIV when compared to HIVnegative women, even when comparing those with the same sociodemographic characteristics. Generally, they have a high viral load and a higher persistence of viral infection, which increases the risk of developing premalignant and malignant lesions in the lower genital tract. Objective: To evaluate the frequency of CT and High-Risk HPV (HR-HPV) infection among women living with HIV and the association with sociodemographic, behavioral and clinical characteristics. Methods: Cross-sectional study carried out with a population of 66 non-pregnant women aged between 18 and 70 years living with HIV and/or acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) at the Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói (RJ), Brazil, between the period of March 1, 2018 and October 31, 2018. A standardized questionnaire was applied including sociodemographic and behavioral characteristics, and clinical information (use of oral contraceptives, Antiretroviral Therapy (ART), cluster of differentiation 4 (CD4) cell count, and viral load). Endocervical samples were collected for CT (COBAS 4800® system, Roche) and HPV (COBAS® HPV test, Roche) detection. Fisher's Exact Test was used to assess the association between variables. Regression analyses were performed using the logistic model in order to identify the factors associated with the outcomes of interest. Results: A frequency of 1.5% for CT and 21.2% for HR-HPV was found. Age was the single factor that presented statistical significance associated with HR-HPV infection. Conclusion: Our study showed that some women living with HIV promote risky behavior which could facilitate the acquisition of other STIs, such as HPV and CT infection. Some of them, with detected viral load, were not using condoms even with HIV-negative partners. These results may suggest that in addition to treatment and follow-up of women living with HIV, STIs counseling and guidance may play an important role in the control of STIs in this population
Introdução: As infecções causadas por Chlamydia trachomatis e por papilomavírus humano (HPV) estão entre as infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais prevalentes em todo o mundo. A infecção por Chlamydia trachomatis em mulheres que vivem com HIV pode facilitar a transmissão do HIV, aumentando a disseminação do HIV cérvico-vaginal. A prevalência da infecção pelo HPV é maior em mulheres vivendo com HIV quando comparadas às mulheres HIV negativas, mesmo quando comparadas àquelas com as mesmas características sociodemográficas. Geralmente apresentam carga viral elevada e maior persistência de infecção viral, o que aumenta o risco de desenvolver lesões pré-malignas e malignas no trato genital inferior. Objetivo: Avaliar a frequência de infecção por Chlamydia trachomatis e HPV de alto risco (HR-HPV) em mulheres vivendo com HIV e sua associação com características sociodemográficas, comportamentais e clínicas. Métodos: Estudo transversal realizado com uma população de 66 mulheres não gestantes de 18 a 70 anos vivendo com HIV e/ou AIDS no Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade Federal Fluminense Niterói (RJ), Brasil, entre 1º de março e 31 de outubro de 2018. Aplicou-se um questionário padronizado incluindo características sociodemográficas e comportamentais e informações clínicas (uso de anticoncepcionais orais, terapia antirretroviral, contagem de células CD4 e carga viral). Amostras endocervicais foram coletadas para detectar Chlamydia trachomatis (COBAS 4800® Roche) e HPV (COBAS ® HPV Roche). O teste exato de Fisher avaliou a associação entre as variáveis. As análises de regressão foram realizadas por meio do modelo logístico, a fim de identificar os fatores associados aos desfechos de interesse. Resultados: Encontrou-se frequência de 1,5% para Chlamydia trachomatis e 21,2% para HR-HPV. A idade foi o único fator que apresentou significância estatística associada à infecção por HR-HPV. Conclusão: Nosso estudo mostra que algumas mulheres vivendo com HIV praticam comportamentos de risco que podem facilitar a aquisição de outras IST, como a infecção por HPV e Chlamydia trachomatis. Algumas delas com carga viral detectada não usavam preservativo, mesmo com parceiros HIV negativos. Esses resultados podem sugerir que, além do tratamento e acompanhamento de mulheres vivendo com HIV, o aconselhamento e a orientação para IST podem desempenhar um papel importante no controle das IST nessa população.