RESUMEN
Embora, nas últimas duas décadas, significantes avanços tenham ocorrido no entendimento da fisiopatologia e na terapêutica da insuficiência cardíaca, surpreendentemente ocorreram apenas pequenas alterações nas taxas de mortalidade. Tal fato tem sido creditado a vários fatores: pacientes mais idosos, maior freqüência de comorbidades e, principalmente, a não-utilização ou a subutilização das drogas que mostraram significante e favorável impacto na morbidade e na sobrevida (inibidores da enzima de conversão da angiotensina, betabloqueadores e espironolactona). A criação das clínicas especializadas em insuficiência cardíaca congestiva, atuando por meio de equipes multidisciplinares, e o seguimento ambulatorial mais intensivo têm permitido melhor otimização da terapêutica, com incontestes benefícios, incluindo evolução mais favorável, menores admissões hospitalares, melhor qua.lidade de vida e redução dos custos...