RESUMEN
Estudos em psico-oncologia pediátrica sobre programas de intervenções podem contribuir na adesão e prevenção de efeitos tardios do tratamento. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto de um programa psicoeducacional sobre práticas parentais em um cuidador de criança com câncer, e as dificuldades relatadas pelo cuidador em relação aos problemas de comportamento da criança, pré e pós-intervenção. Método: Foi avaliada a mãe de uma criança com câncer de cinco anos, com diagnóstico de osteossarcoma e queixa de comportamentos agressivos. Os instrumentos utilizados foram: ficha de identificação, entrevista semi-estruturada, Inventário de Estilo Parental (Parental Bonding Instrument) e Inventário de Comportamentos da Infância e da Adolescência (CBCL). A participante respondeu aos inventários e entrevistas em quatro momentos: na fase pré-intervenção, pós-intervenção e em dois seguimentos. Foram realizadas quatro sessões do programa educacional, que seguiu o modelo cognitivo-comportamental. Resultados: foram identificadas práticas do estilo parental indulgente na avaliação pré-intervenção. A intervenção educacional diminuiu os comportamentos de superproteção e manteve os altos escores de carinho, apresentando mudança na forma de lidar com a criança, com práticas parentais do estilo autoritativo ou participativo. A criança apresentou escore clínico para comportamentos agressivos, reduzindo pós-intervenção, e escore não clínico nos seguimentos. Conclusão: Programas educativos como este podem ser incluídos no tratamento global da criança pelo psicólogo que integra equipes interdisciplinares de oncopediatria.
Studies on Pediatric Psychooncology related to intervention programs can contribute in the adhesion andprevention of late effects of the treatment. Objective: The present study evaluated the impact of a psychoeducacional program on parental practices of a caregiver of a child with cancer, and the difficulties reported by the caregiver regarding the child´s behavior problems pre and post-intervention. Methods: Amother of a 5-year-old child with cancer, osteosarcoma diagnosis and complaints of aggressive behaviorwas evaluated. Identification card, semi-directed interview, Inventory of parental style (Parental BondingInstrument) and Inventory of the childhood and adolescence behavior (CBCL) were used. This participant answered to the inventories and interviews in four moments: in the pre-intervention phase, post-interventionand into two segments. Four sessions of the education program were accomplished, following the cognitive-behavioral model. Results: The results identified practices of the indulgent parental style in the pre-interventionevaluation. The educational intervention reduced the excessive protection behaviors and maintained the high scores of affection, presenting change in the manner of dealing with the child, with parental practicesof authoritative or participative style. Conclusion: The child has presented clinical score for aggressive behavior, reducing post-intervention, and non clinical score in the follow-up. Educational programs similar to this one can be included in the childs global treatment by the psychologist who is part of the interdisciplinary teams of Oncopediatrics.