RESUMEN
ABSTRACT Objective: To characterize a population of patients with bronchiectasis, correlating clinical, radiological, and functional aspects with the severity of dyspnea. Methods: This was a cross-sectional study involving adult patients with HRCT-confirmed bronchiectasis, categorized according to the severity of dyspnea (as being mildly or severely symptomatic, on the basis of the modified Medical Research Council scale). We correlated the severity of dyspnea with clinical parameters, functional parameters (spirometry values, lung volumes, and DLCO), and CT parameters. Results: We evaluated 114 patients, 47 (41%) of whom were men. The median age (interquartile range) was 42 years (30-55 years). The most common form was idiopathic bronchiectasis. Of the 114 patients, 20 (17.5%) were colonized with Pseudomonas aeruginosa and 59 (51.8%) were under continuous treatment with macrolides. When we applied the Exacerbation in the previous year, FEV1, Age, Colonization, Extension, and Dyspnea score, the severity of dyspnea was categorized as moderate in 54 patients (47.4%), whereas it was categorized as mild in 50 (43.9%) when we applied the Bronchiectasis Severity Index. The most common lung function pattern was one of obstruction, seen in 95 patients (83.3%), and air trapping was seen in 77 patients (68.7%). The prevalence of an obstructive pattern on spirometry was higher among the patients with dyspnea that was more severe, and most functional parameters showed reasonable accuracy in discriminating between levels of dyspnea severity. Conclusions: Patients with bronchiectasis and dyspnea that was more severe had greater functional impairment. The measurement of lung volumes complemented the spirometry data. Because bronchiectasis is a complex, heterogeneous condition, a single variable does not seem to be sufficient to provide an overall characterization of the clinical condition.
RESUMO Objetivo: Caracterizar uma população de portadores de bronquiectasias e correlacionar aspectos clínicos, radiológicos e funcionais com a gravidade da dispneia. Métodos: Estudo transversal realizado em adultos, portadores de bronquiectasias confirmadas por TCAR, categorizados de acordo com a gravidade da dispneia (pacientes pouco e muito sintomáticos), correlacionando-os com seus parâmetros clínicos, funcionais (espirometria, volumes pulmonares e DLCO) e tomográficos. Resultados: Foram avaliados 114 pacientes (47 homens, 41%). A mediana (intervalo interquartil) de idade foi de 42 (30-55) anos. A etiologia mais frequente foi idiopática. Em relação à colonização, 20 pacientes (17,5%) eram colonizados por Pseudomonas aeruginosa e grande parte fazia uso de macrolídeo continuamente (51,8%). Quanto à gravidade da dispneia, ela foi considerada moderada em 54 pacientes (47,4%) pelo escore Exacerbation in previous year, FEV1, Age, Colonization, Extension, and Dyspnea e leve em 50 (43,9%) pelo Bronchiectasis Severity Index. O padrão funcional mais encontrado foi distúrbio ventilatório obstrutivo (em 83%), e 68% apresentavam aprisionamento aéreo. Pacientes com maior grau de dispneia apresentaram maior prevalência de distúrbio obstrutivo na espirometria, e a maioria dos parâmetros funcionais apresentaram acurácia razoável em discriminar a gravidade da dispneia. Conclusões: Pacientes com bronquiectasias e maior gravidade da dispneia apresentaram um comprometimento funcional mais expressivo. A medida de volumes pulmonares complementou os dados da espirometria. Por se tratar de uma condição complexa e heterogênea, uma única variável parece não ser suficiente para caracterizar a condição clínica de forma global.