RESUMEN
Objetivo: Avaliar as medidas ultrassonográficas da gordura visceral e subcutânea em crianças e testar se a gordura pré-peritoneal (GPP) e o índice de gordura da parede abdominal (IGPA) são parâmetros úteis para determinar a gordura visceral e a presença de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) em crianças obesas. Materiais e Métodos: Estudo tipo caso-controle, com uma amostra de 44 crianças, sendo 22 casos e 22 controles, pareados conforme sexo e idade. Os resultados foram analisados de forma descritiva e bivariada, com teste t de Student e teste exato de Fischer. Resultados: Os parâmetros ultrassonográficos avaliados - tecido celular subcutâneo, GPP e gorduras intraperitoneais, e DHGNA - obtiveram elevada associação estatística com o índice de massa corpórea. A DHGNA foi observada em oito pacientes obesos (36,36%), sendo que a GPP e o IGPA foram as variáveis com maior significância estatística, com valor de p < 0,0001. Conclusão: A ultrassonografia permite diferenciar e quantificar a gordura visceral e subcutânea nas crianças. As medidas da GPP e do IGPA são úteis para a avaliação da gordura visceral e DHGNA em crianças obesas. .
Objective: To evaluate sonographic measurements of visceral and subcutaneous fat in children, and to investigate the usefulness of preperitoneal fat (PF) and the abdominal wall fat index (AFI) as parameters to determine visceral fat and presence of nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) in obese children. Materials and Methods: A case-control study of a sample including 44 children (22 cases and 22 controls) matched by sex and age. The Student t test and the Fisher exact test were utilized in the descriptive and bivariate analysis. Results: The sonographic parameters evaluated - subcutaneous cell tissue, PF and intraperitoneal fat, and NAFLD - presented high statistical association with body mass index. NAFLD was observed in eight obese patients (36.36%), and PF and AFI were the variables with highest statistical significance, with p < 0.0001. Conclusion: Ultrasonography is useful tool in the differentiation and quantification of visceral and subcutaneous fat in children. The measures of PF and AFI are useful in the assessment of visceral fat and NAFLD in obese children. .
RESUMEN
OBJETIVO: Analisar pacientes com menos de dois anos de idade com leucemia linfoblástica aguda atendidos no período de 1990 a 2010, em um centro de referência estadual. MÉTODOS: Estudo clínico, epidemiológico, transversal, descritivo e observacional. Pacientes incluídos tinham menos de dois anos de idade, com leucemia linfoblástica aguda, tratados no período de 1990 a 2010 na unidade de oncologia pediátrica de um centro de referência estadual, totalizando 41 casos. RESULTADOS: Todos os pacientes eram Caucasianos e 60,9% eram do sexo feminino. Com relação à idade, 24,38% tinham menos de seis meses, 17,07% tinham entre seis meses e um ano e 58,53% mais do que um ano de idade. A idade de seis meses foi estatisticamente significante para o desfecho de óbito. Os sinais e sintomas predominantes foram febre, hematomas e petéquias. Uma contagem de leucócitos superior a 100.000 foi observada em 34,14% dos casos; hemoglobina inferior a 11 em 95,13% e contagem de plaquetas inferior a 100.000, em 75,61% dos casos. Infiltração do sistema nervoso central estava presente em 12,91% dos pacientes. Em relação à linhagem, a linhagem B predominou (73%), mas a linhagem de células T foi estatisticamente significativa para o óbito. Trinta e nove por cento dos pacientes tiveram recorrência da doença. Em relação ao estado vital, 70,73% dos pacientes morreram, sendo choque séptico a principal causa. CONCLUSÕES: leucemia linfoblástica aguda em crianças tem uma alta taxa de mortalidade, principalmente em crianças menores de um ano e linhagem derivada de células T.
OBJECTIVE: To analyze patients younger than 2 years with acute lymphoblastic leukemia, treated in the period between 1990 and 2010 in a state reference center. METHODS: This was a clinical-epidemiological, cross-sectional, observational, and descriptive study. It included patients younger than 2 years with acute lymphoblastic leukemia, treated in the period of 1990 to 2010 in a pediatric oncology unit of a state reference center, totaling 41 cases. RESULTS: All patients were white ethnicity, and 60.9% were females. Regarding age, 24.38% were younger than 6 months, 17.07% were between 6 months and 1 year, and 58.53% were older than 1 year. The age of 6 months was statistically significant for the outcome of death. Predominant signs and symptoms were fever, bruising, and petechiae. A leukocyte count > 100,000 was found in 34.14% of cases, hemoglobin count < 11 in 95.13%, and platelet count < 100,000 in 75.61. Infiltration of central nervous system was present in 12.91% of patients. According to the lineage, B-cell lineage predominated (73%), but the T-cell line was statistically significant for death. 39% of patients had disease recurrence. In relation to vital status, 70.73% of the patients died; septic shock was the main cause. CONCLUSIONS: Acute lymphoblastic leukemia in infants has a high mortality rate, especially in children under 1 year and those with T-cell derived lineage.