RESUMEN
Com o objetivo de verificar se indivíduos com angina de peito, resposta do tipo isquêmico ao esforço (TE) e cinecoronariografia (CINE) normal têm adaptaçäo hemodinâmica peculiar, diante de sobrecargas impostas pelo exercício e na fase de recuperaçäo após o esforço, os autores estudaram variáveis do TE em 40 pacientes divididos igualmente em quatro grupos: A, 46,6 + ou - 6,3 anos, com TE positivo e CINE normal; B, 40,0 + ou - 13,7 anos, com TE negativo e CINE normal; C, 49,0 + ou - 4,0 anos, com TE negativo e coronariopatia obstrutiva difusa; D, 50,9 + ou - 7,4 anos, com TE positivo e coronariopatia obstrutiva difusa. Foram analisados: 1) diferença entre a pressäo arterial sistólica em repouso e a de pico no exercício (delta PS); 2) duplo produto (DP) em repouso (DPo), nos diferentes estágios do exercício (DPE) e tempos de recuperaçäo (DPR); 3) a variaçäo (delta) em valores absolutos e percentuais entre os diversos DP; 4) o trabalho total realizado (T); 5) a relaçäo entre T/DP máximo de exercício; 6) o consumo de O2 (m VO2). Foram obtidos os seguintes resultados: menor DPo no grupo D em relaçäo a A, B e C; 2) no grupo A, a variaçäo entre DPo e maior DPE (deltaDPE) foi mais elevada em relaçäo a B e D; 3) correlaçöes significantes entre delta DP% e os respectivos tempos da recuperaçäo. Assim, os resultados sugeriram que: 1) TE positivos com valores normais de DP e deltaDPE säo mais compatíveis com a ausência de obstruçäo coronarianas; 2) a fase de recuperaçäo pós-exercício tem comportamento uniforme em todos os grupos, embora os valores de DP sejam menores nos pacientes com obstruçäo coronariana, em conseqüência do comprometimento do desempenho na fase de exercício