RESUMEN
As dêmencias säo geralmente apresentadas na literatura como equivalentes a alteraçöes graves de memória. Nossa proposta é conceber a memória näo como funçäo isolada, mas como qualidade de vivência. Näo dependeria a memória do armazenamento de proteínas em certas regiöes cerebrais mas da atividade privilegiada de certos sistemas neurais que determinam açöes em funçäo dos estímulos recebidos, da significaçäo que lhes é dada pela pessoa, dos objetivos, desejos, motivaçöes da mesma. As demências constituem näo apenas perda de funçöes isoladas mas uma alteraçäo global das vivências. As experiências näo säo mais identificadas como o Eu, näo säo mais "lembradas" com os significados tidos antes da instalaçäo da doença
Asunto(s)
Humanos , Trastornos de la Memoria , Enfermedad de AlzheimerRESUMEN
Análise anterior (março/1981 a maio/1983, por KERR-CORREA e SILVA, 1985) de interconsultas solicitadas à Psiquiatria por outras clínicas mostrou que internos e residentes de várias especialidades estavam diagnosticando apenas 8,2% (de um total de 17,4%) dos alcoólicos e 6,1% (de 21,4%) dos quadros orgânicos cerebrais tipo reaçäo exógena aguda (REA) internados em enfermarias gerais e especializadas do Hospital Universitário de Botucatu - Unesp. Mudou-se o conteúdo programático do curso de graduaçäo do quarto e quinto anos de Medicina (segundo semestre de 1983 em diante), aumentando-se a carga horária desses quadros, com ênfase no diagnóstico precoce da síndrome de dependência alcoólica (SDA). Nova análise de 120 interconsultas (fevereiro/1984 a junho/1986) mostrou um importante aumento na identificaçäo de alcoólicos (de 8,2% para 18,3%) e de quadros orgânicos (de 6,1% para 14,2%) próximo à de docentes e residentes da Psiquiatria. Os pedidos sem qualquer hipótese diagnóstica caíram de 55,1% para 28,3%. Aparentemente, as modificaçöes curriculares aqui discutidas deram bons resultados