Estudo exploratório da associaçäo entre o perfil lipídico e a densidade mineral óssea em mulheres menopausadas, em hospital de referência de Campinas / Association between lipid profile and bone mineral density in post-menopausal women

Avalia a possível associaçäo entre algumas variáveis do perfil lipídico e a densidade mineral óssea e se estas variáveis poderiam ser usadas como indicadoras de massa óssea em mulheres menopausadas, atendidas no ambulatório de menopausa do CAISM-Unicamp, no ano de 1995. Estudaram-se 72 pacientes pós-menopausadas, sem fatores de risco para doenças cardiovasculares e para osteoporose, por meio da dosagem de colesterol total e fraçöes e da avaliaçäo da densidade mineral óssea em aparelho Lunar DPX (Dexa). Dentre as variáveis do perfil lipídico, a densidade mineral óssea associou-se inversamente à lipoproteína HDL, de alta densidade (p = 0,001). A análise de regressäo múltipla observou que níveis de colesterol total acima de 240mg por cento associaram-se a menor densidade mineral óssea (p = 0,026). A razäo entre a lipoproteína de baixa densidade e a lipoproteína de alta densidade (índice de Castelli 2) correlacionou-se positivamente com a densidade mineral óssea (p = 0,002). O teste de validaçäo diagnóstica mostrou que todas as variáveis do perfil lipídico apresentaram baixa sensibilidade e especificidade como indicadoras de diminuiçäo de massa óssea. Conclui-se que, apesar de algumas variáveis do perfil lipídico apresentarem associaçäo estatisticamente significativa com a massa óssea, elas foram contraditórias e näo têm boa capacidade diagnóstica.

Doença cardiovascular como causa básica de óbito feminino: um fato prevenível? / Cardiovascular disease as basic cause of death in women: a preventable fact?

O objetivo deste estudo foi conhecer as causas de óbito por doença cardiovascular em mulheres de 40 anos ou mais no complexo hospitalar da Universidade Estadual de Campinas. Realizou-se revisÝo das declaraçSes de óbito ocorridas no período de 1991 a 1993, considerando-se apenas a causa básica de óbito destribuída por faixas etárias no sexo feminino, de acordo com a ClassificaçÝo Internacional de Doenças (nona ediçÝo). A análise estatística foi realizada pelo teste Qui-quadrado e teste Exato de Fisher, com limite de significância estatítica de 5 por cento (p < 0,05). A média etária ao óbito foi de 67,5 anos (ñ 11,7). A mortalidade proporcional por doença cardiovascular foi de 25,3 por cento, ocupando a segunda causa mais frequente de óbito no sexo feminino, ultrapassada somente pelas neoplasias malignas, provavelmente por ser esta uma instituiçÝo de assistência terciária. As patologias mais frequentes foram a doença cerebrovascular (43 por cento) e a doença isquêmica do coraçÝo (22,6 por cento). A distribuiçÝo percentual das doenças do aparelho cardiovascular segundo a faixa etária mostrou diferenças estatisticamente significantes nos casos de doença isquêmica do coraçÝo e aneurisma aórtico, sendo a primeira em pacientes mais idosas, acima de 65 anos, e a segunda em mulheres mais jovens, de 40 a 49 anos. Foram destacados os fatores de risco preveníveis para as doenças cardiovasculares

Fatores de risco associados à diminuiçäo da massa óssea em mulheres climatéricas / Association between the decrease in bone mass and risk factors in climateric women

O objetivo desde estudo foi avaliar a influência dos fatores de risco para osteoporose em mulheres climatéricas. Foram avaliadas, prospectivamente, 215 mulheres climatéricas atendidas no Ambulatório de Menopausada do CAISM/Faculdade de Ciências da UNICAMP, no período de 1994, através de um questionário sobre fatores de risco para osteoporose. Todas as pacientes tiveram uma medida da massa óssea do esqueleto apendicular com um densitômetro DTX-100 - (SEXA). A idade média das pacientes foi de 53,2 anos (+7,35). Os resultados analisados através do teste de Kruskall-Wallis e regressao múltipla mostraram que a idade avançada e o tempo de menopausa foram fatores associados à diminuiçao da massa óssea. Outros fatores, como a ooforectomia, amamentaçao, raça, hábitos dietéticos, antecedentes de osteoporose, índice de massa corporal, uso de medicamentos e atividade física nao mostraram associaçao significativa com a diminuiçao de massa óssea. Os autores concluem que nao houve associaçao entre a massa óssea do esqueleto apendicular e a maioria dos fatores de risco avaliados.

A neoplasia maligna como causa de óbito feminino no Complexo Hospitalar da Unicamp: um aspecto da transiçäo epidemiológica / Malignant neoplasms as basic cause of death in women over 40 at University Hospital of Unicamp: aspects of epidemiological transition

O câncer vem ganhando neste século uma dimensao qualitativamente distinta, tendo se convertido num problema de saúde pública mundial. Este estudo objetivou conhecer as causas de óbito por neoplasias malignas em mulheres de 40 anos ou mais no complexo hospitalar da Universidade Estadual de Campinas. Realizou-se revisao das declaraçoes de óbito ocorridas no período de 1991 a 1993, considerando apenas as causas básicas de óbito distribuídas por faixa etária no sexo feminino, de acordo com a classificaçao internacional de doenças, nona ediçao. A análise estatística foi realizada pelo teste qui-quadrado e teste exato de Fisher, com limite de significaçao estatística de 5 por cento (p

O uso da tibolona para tratamento do climatério: efeitos sobre sintomatologia, perfil lipídico e endométrio / The use of org od 14 in the treatment of climateric: effects of syntomathology, lipid profile and endometrium

OBJETIVOS: Avaliar a resposta clínica do tratamento do climatério com tibolona em relaçao à sintomatologia, efeitos sobre o perfil lipídico e o endométrio. METODOLOGIA E CASUISTICA: Avaliaram-se prospectivamente 11 pacientes atendidas no Ambulatório de Menopausa do CAISM/UNICAMP, que utilizaram tibolona para o tratamento do climatério na dose de 2,5mg/dia por um período de seis meses. A média etária das pacientes foi de 49,2 anos (ñ5,2). RESULTADOS: Observou-se melhora dos sintomas vasomotores, psicológicos, libido e cefaléia. Os sintomas urogenitais nao foram afetados durante o tratamento. Nao houve alteraçao na maioria dos parâmetros do perfil lipídico e houve adequada proteçao endometrial. CONCLUSOES: A tibolona representa mais uma opçao terapêutica para o climatério, com poucas alteraçoes no perfil lipídico e proteçao endometrial adequada.

Adesäo à terapêutica de reposiçäo hormonal no climatério: experiência no ambulatório de menopausa - UNICAMP / Compliance with hormonal replacement therapy in climateric women: experience of menopause clinic - UNICAMP

A adesao à TRH é um ponto crucial no tratamento de mulheres pós-menopausadas e climatéricas, já que os efeitos benéficos dos hormônios podem ser afetados ou mesmo perdidos se as mulheres nao mantiverem o tratamento. Apesar da relevância do assunto, poucas avaliaçoes têm sido realizadas neste sentido. O objetivo deste estudo foi avaliar o esquema de reposiçao hormonal e a adesao ao tratamento, no Ambulatório de Menopausa do CAISM/UNICAMP. Foi avaliado, retrospectivamente, o comportamento de 127 pacientes desta clínica diante da TRH durante o ano de 1992. A média etária das pacientes foi de 5O,6 anos (+ 7,4). O regime de reposiçao hormonal mais utilizado foi a associaçao de estrogênios e progestogênios de forma cíclica. A adesao à TRH nao foi afetada pelo tipo de esquema utilizado e foi considerada alta (86 por cento), talvez devido à assistência multiprofissional e à seleçao das pacientes, uma vez que, de 224 pacientes admitidas no Ambulatório, somente 127 (56,7 por cento) receberam TRH.

Prevalência de ateromas aórticos calcificados em mulheres climatéricas / Prevalence of aortic atheroma calcification in climateric women

As calcificaçoes aórticas diagnósticadas aos raios X simples sao conhecidas e aceitas como preditivas de doença cardiovascular. Foram estudadas 321 mulheres climatéricas que realizaram raios X simples de tórax, incidência antero-posterior e perfil; e raios X simples de coluna lombar, perfil. Aplicou-se um questionário sobre os antecedentes pessoais de risco para doença cardiovascular, medida do índice de massa corporal e dosagem sérica de colesterol total e fraçoes, triglicérides, glicemia de jejum, hematócrito e hemoglobina. Encontrou-se uma prevalência de 8,l por cento de calcificaçao aórtica nas pacientes estudadas. A obesidade e a hipertensao arterial foram os antecedentes de risco mais freqüentes. Aproximadamente 60 por cento apresentavam colesterol total acima de 200 mg por cento e 50 por cento, LDL acima de 130 mg por cento. Os níveis de HDL apresentavam-se normais em 93,4 por cento das pacientes. A análise múltipla mostrou associaçao significativa entre a idade e a presença de ateromas aórticos calcificados. Nao houve diferença significativa entre parâmetros laboratotiais e antecedentes pessoais, entre as pacientes com e sem ateromas calcificados aos raios X.

Causas básicas de morte em mulheres com 40 anos ou mais / Basic causes of death among women over 40 years old

As estatísticas de mortalidade sao freqüentemente utilizadas como estimativas de morbidade. O objetivo deste estudo foi conhecer as causas de morte em mulheres de 40 anos ou mais em hospital terciário de referência. Realizou-se a revisao dos atestados de óbito, ocorridos nos anos de 1991 e 1992, e as causas de morte foram discriminadas como básica, conseqüencial e terminal, segundo normatizaçao do Centro da Organizaçao Mundial da Saúde para classificaçao de doenças em português. Consideramos apenas as causas básicas, distribuídas por faixa etária e de acordo com o código internacional de doenças, nona ediçao. As neoplasias malignas foram as causas mais freqüentes, seguidas por doenças do aparelho circulatório, doenças infecciosas e parasitárias, doenças endócrinas nutricionais e do sistema imunitário e doenças do aparelho respiratório. Todas as outras causas representaram 10,3 por cento do total de óbitos. Dentre as neoplasias ginecológicas, as mamárias foram as mais freqüentes, e entre as doenças do aparelho vascular, os fenômenos cérebro-vasculares. Os autores consideram importante a proposiçao de estratégias para o atendimento das mulheres com mais de 40 anos também em países como o Brasil.

Estudo radiológico ósseo de mulheres climatéricas e menopausadas / Bone radiology study on climacteric and menopausal women

Quinhentas e três mulheres admitidas no Ambulatório de Menopausa do Centro de Atençåo Integral à Saúde da Mulher da Universidade de Campinas em 1992 e 1993 foram submetidas a raios-X simples de tórax, fêmur, måos e punhos e coluna vertebral. Os dados para estudo foram obtidos através de revisåo retrospectiva dos laudos do exame radiológico fornecidos pelo Setor de Radiologia desta instituiçåo. A idade média das pacientes foi de 51,8 +-8,4 anos. O local mais freqüentemente acometido foi a coluna vertebral. Sinais sugestivos de osteoartrose e osteoporose foram mais prevalentes em coluna lombar. Também observou-se desvios acentuados da coluna vertebral em 53,3 por cento dos casos, a presença de ateromas aórticos calcificados em 26 por cento e lesöes radiodensas pulmonares em 9,6 por cento das pacientes. Concluiu-se que a avaliaçåo radiológica de pacientes menopausadas e climatéricas é de grande valor, sobretudo quando nåo existe a disponibilidade de procedimentos mais sofisticados para a avaliaçåo de massa óssea

Repercursöes biopsicossociais da transiçåo climatérica: a visåo da mulher / Biopsychological and social repercussions of the climacteric: the human vision

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência dos sintomas climatéricos e o impacto da menopausa na vida social e no comportamento sexual de mulheres menopausadas. Entrevistas realizadas por enfermeiras foram aplicadas a 502 mulheres que frequentaram o Ambulatório de Menopausa da Universidade Estadual de Campinas durante o ano de 1992. Comumente, os sintomas mais referidos pelas pacientes foram as ondas de calor, seguidas por sintomas psicológicos como irritabilidade, ansiedade e depressäo. Somente 1,4 por cento das pacientes climatéricas näo referiram queixas. A razäo mais comum para a abstinência sexual foi o fator masculino. Houve um aumento do percentual de mulheres que referiram anorgasmia após a menopausa. A preocupaçäo com a possibilidade de gravidez foi referida por 20,5 por cento das pacientes. Dificuldades no relacionamento familiar e nas atividdes diárias após a menopausa estiveram presentes em aproximadamente 40 por cento das mulheres. Observamos que a transiçäo climatérica tem grande impacto em suas vidas devido à sintomatologia associada e interferência sobre a vida social e o comportamento sexual

Avaliaçåo endometrial da mulher climatérica: correlaçåo entre histeroscopia e biópsia / Evaluation of climacterial woman: correlaction between hysteroscopy and endometrial biopsy

A moderna tecnologia tornou possível a avaliaçåo endoscópica da cavidade uterina através da histeroscopia com biópsia dirigida de modo simples e ambulatorial. O Setor de Endoscopia Ginecológica do DTG-CAISM/UNICAMP realizou 434 histeroscopias em mulheres atendidas no Ambulatório de Menopausa no período de agosto de 1984 a agosto de 1991. Todos os exames efetuados foram acompanhados pela biópsia endometrial. A idade média das mulheres foi de 50,7 anos (ñ7,2). O diagnóstico histeroscópico mais frequente foi o de endométrico atrófico. Diagnosticaram-se, pela histeroscopia, hiperplasia endometrial em 4,6 por cento nos casos e adenocarcinoma de endométrico em 0,7 por cento. A sensibilidade do exame, quando comparada à biopsia endometrial, foi de 41,6 por cento, e a especificidade, de 95,7 por cento. A acurácia diagnóstica do exame está diretamente relacionada à severidade das lesöes e há a necessidade de uma biópsia para uma avaliaçåo endometrial adequada

Características clínicas e histologia endometrial na hemorragia pós-menopausa / Clinical aspects and endometrial histology in postmenopausal bleeding

Neste estudo objetivou-se a avaliaçäo das características clínicas, etiologia, fatores de risco associados à perda sangüínea na pós-menopausa. Foram avaliadas 83 pacientes submetidas à curetagem fracionada devido à hemorragia pós-menopausa. A média de idade foi de 61,5 anos (+ 10,6 anos), com 90 por cento de multíparas. Os fatores de risco mais freqüentes associados à patologia do endométrio foram a obesidade e a hipertensäo, em 51,8 por cento. As alteraçöes ultra-sonográficas foram encontradas em 76,5 por cento, sendo a mais comum o espessamento do endométrio. Os achados histológicos obtidos através da curetagem fracionada diagnosticaram patologias endometriais em 60 por cento das pacientes: adenocarcinoma em 15,4 por cento; leiomiossarcoma, 1,2 por cento; sarcoma de endométrio, 1,2 por cento; adenofibroma uterino, 2,4 por cento; carcinoma epidermóide de colo uterino, 4,8 por cento; hiperplasia endometrial, 8,4 por cento; pólipos endometriais, 24,1 por cento, endometrite inespecífica 3,6 por cento. Na pós-menopausa, a hemorragia genital constitui-se um importante sintoma que deve ser sempre investigado, especialmente quando surge após dez anos de menopausa. A ultra-sonografia mostrou ser um bom método de triagem para avaliaçäo endometrial. O exame histológico do endométrio deve ser realizado em todas as pacientes com hemorragia na pós-menopausa, para possibilitar a detecçäo de lesöes pré-malignas ou malignas.

Patologia mamária na mulher climatérica / Breast pathology in climateric women

Foram estudados retrospectivamente 217 casos consecutivos de pacientes que procuraram o Ambulatório de Menopausa, CAISM-UNICAMP. Todas as pacientes após história clínica e exame físico completo foram submetidas Ó mamografia. Em 137 mulheres (63,1 por cento) o exame das mamas e a mamografia foram normais, em 70 (26,9 por cento) foram encontradas alteraçöes, sendo três casos de patologia mamária maligna. Os autores destacam a importância da anamnese dirigida e exame físico das mamas e concluem que os dados encontrados corroboram com a opiniÒo de vários autores de que a realizaçäo da mamografia deve ser rotineira em pacientes desta faixa etária.

Falência ovariana precoce: relato de 23 casos / Premature ovarian failure: report of 23 cases

A falência ovariana precoce é caracterizada por uma amenorréia secundária hipergonadotrófica, que ocorre antes dos 40 anos de idade. Neste estudo foram avaliadas retrospectivamente 23 pacientes admitidas no Ambulatório de Menopausa do DTG-CAISM-UNICAMP no período de janeiro de 1986 a julho de 1990. A idade média das pacientes quando se instalou o quadro de amenorréia foi de 31,17 anos (+ 6,20), variando entre 16 e 39 anos, e o tempo médio de amenorréia foi de 32,3 meses (+ 4,33). Quanto aos dados clínicos, 66 por cento das pacientes apresentavam fertilidade prévia e 69,5 por cento apresentavam sintomatologia de ondas de calor. As gonadotrofinas séricas apresentavam-se elevadas em todas as pacientes. Quanto aos hormônios tireoidianos, houve apenas um caso de hipotireoidismo primário. O estudo do cariótipo revelou um caso de síndrome do triplo X (47XX) e uma isocromossomia do braço longo do X (46Xi - Xq). A biópsia ovariana näo evidenciou a presença de folículos em nenhum caso. Os autores comentam alguns dados relevantes de acordo com a revisäo da literatura e enfatizam a importância de se realizar um diagnóstico preciso nesses casos.

Exame da vulva em mulheres climatéricas / Vulvar examination in climateric women

A vulva de 52 mulheres climatéricas foi avaliada através de anamnese, exame físico especial, vulvoscopia e teste de Collins no Ambulatório de Menopausa do Centro de Assistência Integral a Saúde da Mulher, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas, no período de julho a outubro 1990. A biópsia foi indicada quando constatada alteraçäo macroscópica, vulvoscópica e/ou teste de Collins positivo. Apenas uma paciente apresentou queixa vulvar espontânea, ao passo que 25 apresentaram queixas vulvares ao interrogatório dirigido. No exame físico especial, 11 pacientes apresentaram lesöes vulvares macroscópicas. É vulvoscopia constataram-se alteraçöes em 17 pacientes, sendo o epitélio branco a alteraçäo mais freqnente. Houve 14 casos com teste de Collins positivo. Dezoito pacientes foram submetidos a biópsia e o exame histológico foi sugestivo de infecçäo por papilomavfrus humano em oito casos. Os autores salientaram a importância do exame vulvar na assistência as mulheres climáticas e destacam a freqüência de alteraçöes sugestivas de infecçäo pelo papilomavírus humano.

Perfil lipídico na menopausa / Lipid profile in menopause

Duzentos e trinta e cinco mulheres que procuraram o Ambulatório de Menopausa do Departamento de Tocoginecologia/CAISM/UNICAMP foram submetidas a exames clínico-geral e ginecológico completos e a dosagens de colesterol total e suas fraçöes, lípides totais e triglicerídeos, para se conhecer o perfil lipídico dessas pacientes. Os resultados mostraram que o colesterol total encontrava-se sem alteraçöes, em 90,4 por cento da populaçäo geral estudada. As fraçöes LDL-colesterol, HDL-colestero e VLDL-colesterol encontravam-se sem alteraçöes, respectivamente, em 99,1 por cento, 96,8 por cento e 86,3 por cento dos casos. As dosagens de lípides totais encontravam-se normais em 83,3 por cento dos casos e de triglicérides em 79,8 por cento dos casos. As relaçöes colesterol total/HDL (Castelli I) e LDL/HDL (Castelli II) encontraram-se, respectivamente sem alteraçöes em 95,6 por cento da populaçäo estudada. Conclui-se entäo que, isoladamente, as taxas de colesterol total e suas fraçöes näo constituem riscos para a doença cardiovascular na populaçäo estudada

O uso da laparoscopia na dor pélvica crônica / The use of laparoscopy in women with pelvic chronic pain

Foram realizados 44 exames laparoscópicos em pacientes que procuram o Serviço de Ginecologia do Centro de Assistência Integral a Saúde da Mulher (CAISM) da Faculdade de Ciência Médicas da Universidade de Campinas (FCM - UNICAMP), com queixa de dor pélvica crônica durante o período de abril de 1987 até abril de 1989. As ginecopatias encontradas forma aderência pélvica (34%), endometriose (18%), miomas subserosos múltiplos (9%), varizes pélvicas (7%) e hidrossalpinge (2%). Os casos normais foram 30% do total. Os autores concluem que além de diagnosticar ginecopatias em 70% dos casos, o que já justifica o emprego da laparoscopia em pacientes com cor pélvica crônica, foi possível adequar melhor a conduta terapêutica para cada caso

Fatores de risco para reposiçäo hormonal na menopausa / Risk factors for hormonal reposition in menopause

Trezentos e trinta e uma mulheres que procuraram o ambulatório de menopausa do Departamento de Tocoginecologia - CAISM-CAMP foram entrevistadas e responderam um "check-list" aplicado por uma equipe multidisciplinar procurando identificar a presença de fatores de risco, para reposiçäo hormonal. Os resultados mostraram que a hipertensäo arterial esteve presente em 31% das pacientes, dado estatisticamente significante (p < 0,01) e de maior incidência. A tromboflebite presente em 8,2% das pacientes também foi estatisticamente significativa (p < 0,01). A doença renal teve uma incidência de 4,8% com menor significância estatística (p < 0,05). As demais patologias encontradas näo apresentaram significancia estatística. Os autores comentam os principais fatores de risco para a reposiçäo hormonal e salientam que essa näo é a única forma de tratamento para a menopausa. Qualquer atençäo que se dê a mulher menopausada ja representa uma excelente forma de tratamento