Asunto(s)
Femenino , Humanos , Delitos Sexuales , Epidemiología , Maltrato a los Niños , Salud de la Mujer , Violencia contra la MujerRESUMEN
As vulvovaginites constituem causa frequente de queixa pré-natal. Entre as mais comuns, destacam-se a candidíase, a vaginose bacteriana e a tricomoníase. Permanece polêmico se o rastreamento e o tratamento dessas afecções seriam medidas eficazes contra o parto prematuro. Esta revisão teve como objetivo avaliar as principais opções terapêuticas dessas vulvovaginites durante a gestação, com base nas melhores evidências científicas disponíveis. A literatura recomenda, para tratamento durante a gravidez, o uso tópico de imidazólicos durante sete dias nos casos de candidíase. O metronidazol é boa opção para o tratamento da vaginose bacteriana (via oral ou vaginal por sete dias) e também para os casos de tricomoníase (via oral, dose única e tratamento do parceiro). Nas gestações de alto risco para o parto pré-termo, sobretudo no segundo trimestre, o uso do metronidazol merece cautela, visto poder aumentar este risco
The vulvovaginitis is frequent cause of complaints prenatal. Among the most common, stand out as candidiasis, bacterial vaginosis and trichomoniasis. It remains controversial whether screening and treatment of these conditions would be effective against premature birth. This review aimed to evaluate the main therapeutic options for these vulvovaginitis during pregnancy based on the best available scientific evidence. The literature recommends for treatment during pregnancy, topical imidazole for seven days in cases of candidiasis. Metronidazole is a good choice for the treatment of bacterial vaginosis (orally or vaginally for seven days) and also in case of trichomoniasis (orally, single dose and partners treatment). In pregnancies at high risk for preterm delivery, especially in the second quarter, the use of metronidazole merits caution, since it may increase this risk
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Candidiasis Vulvovaginal/terapia , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/microbiología , Vaginitis por Trichomonas/terapia , Vaginosis Bacteriana/terapia , Clindamicina/uso terapéutico , Fluconazol/uso terapéutico , Imidazolinas/uso terapéutico , Macrólidos/uso terapéutico , Metronidazol/uso terapéutico , Trabajo de Parto Prematuro/prevención & controlRESUMEN
OBJETIVO: Aquilatar a prevalência da vaginose bacteriana e comparar a acurácia dos testes do pH e do KOH com o gradiente de Nugent, método padrão-ouro, no diagnóstico da vaginose bacteriana (VB) em gestantes assintomáticas e sintomáticas de baixo risco. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal em 321 grávidas, com idade gestacional entre 14ª e 26ª semanas, 218 assintomáticas e 103 com queixa de secreção vaginal sugestiva de vaginose bacteriana. Todas as gestantes foram avaliadas pelos critérios de Nugent e submetidas à pHmetria vaginal e ao teste do KOH a 10%. O coeficiente de Kappa foi utilizado para avaliar os métodos quanto à concordância diagnóstica. RESULTADO: A maioria das gestantes era adolescente (média etária 21,0±5,6 anos), nulípara e parda. A prevalência da vaginose bacteriana foi de 33,3% pelo método de pH e KOH e de 35,5% pelo Nugent. Entre as grávidas assintomáticas, foi observada ótima concordância dos métodos, com 72,5% delas apresentando resultados negativos para ambos os métodos, o que resultou em um elevado coeficiente de Kappa (k=0,82). No grupo de gestantes sintomáticas, houve 49,5% de positividade para ambos os métodos diagnósticos, demonstrando ótima concordância (k=0,74). CONCLUSÃO: A prevalência da vaginose bacteriana foi elevada tanto pelo método de pH e KOH quanto pelo Nugent. O método do pH e KOH é tão capaz em diagnosticar a vaginose bacteriana quanto os critérios de Nugent.
PURPOSE: To assess the prevalence of bacterial vaginosis and to compare the accuracy of testing pH and KOH with the Nugent gradient, the gold standard for the diagnosis of bacterial vaginosis (BV) in asymptomatic and symptomatic pregnant women at low risk. METHODS: We conducted a cross-sectional study on 321 pregnant women with gestational age between 14 and 26 weeks, 218 of them asymptomatic and 103 with vaginal complaints suggestive of bacterial vaginosis. All women were assessed by the criteria of Nugent and subjected to the measurement of vaginal pH and to the 10% KOH test. The Kappa coefficient was used to evaluate the methods in terms of diagnostic agreement. RESULTS: Most patients were adolescents (mean age 21.0±5.6 years), nulliparous and mulattos. The prevalence of bacterial vaginosis was 33.3% as estimated by the pH and KOH method and 35.5% by the Nugent method. Excellent agreement of the methods was found among asymptomatic pregnant women, with 72.5% of them showing negative results to both tests, which resulted in a high Kappa coefficient (k=0.82). The group of symptomatic women showed 49.5% positivity to both diagnostic methods, with excellent agreement (k=0.74). CONCLUSION: The prevalence of bacterial vaginosis determined by both the pH and KOH method and the Nugent score was high. The pH and KOH method can diagnose bacterial vaginosis as accurately as the Nugent criterion.
Asunto(s)
Adolescente , Niño , Femenino , Humanos , Embarazo , Adulto Joven , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/diagnóstico , Vaginosis Bacteriana/diagnóstico , Estudios Transversales , Concentración de Iones de Hidrógeno , Hidróxidos , Compuestos de Potasio , Prevalencia , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/epidemiología , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/metabolismo , Reproducibilidad de los Resultados , Vaginosis Bacteriana/epidemiología , Vaginosis Bacteriana/metabolismoRESUMEN
O parto pré-termo é uma das grandes intercorrências obstétricas, sendo a maior causa de morbidade e mortalidade perinatal. Dentre os diferentes fatores envolvidos no seu desencadeamento, a infecção intra-amniótica parece representar um papel central. As infecções desencadeiam resposta inflamatória nos tecidos materno e fetal, mediada pela produção de citocinas inflamatórias. As citocinas induzem a liberação de prostaglandinas, aumentando a contratilidade uterina, favorecendo a rotura das membranas fetais, a modificação e dilatação da cérvice e, finalmente, o parto pré-termo. A síntese de citocinas depende de controle genético. Diversos polimorfismos relacionados a genes humanos codificadores de citocinas são reconhecidos e associados a fenótipos de alta, média e baixa produção desses fatores. Assim sendo, a relação entre determinados genótipos e a ocorrência e/ou características de diferentes patologias tem sido investigada. Este tipo de abordagem pode contribuir para o conhecimento da patogenia, permitindo o reconhecimento de parâmetros preditivos e a definição de novas estratégias terapêuticas.
Preterm birth is a major obstetric incident and one of the main causes of perinatal mortality and morbidity. Among the different factors involved in its unleashing, intra-amniotic infection seems to play a central role. The infections unleash inflammatory response in both maternal and fetal tissues, mediated by the production of inflammatory cytokines. They also lead to liberation of prostaglandin, which increases myometrial contractility, favoring the rupture of fetal membrane, alteration and dilation of the cervix and, finally, preterm birth. The production of cytokines depends on genetic control. Many polymorphisms related to human genes that codify cytokines are recognized and associated with phenotypes of high, medium and low production of such factors. Thus, the relation between certain genotypes and the occurrence and/or characteristics of several pathologies has been the focus of investigations. This approach may contribute with a better understanding of the pathogenesis, allowing the identification of predictive parameters and the establishment of new intervention strategies.
Asunto(s)
Femenino , Embarazo , Citocinas/genética , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/metabolismo , Líquido Amniótico/metabolismo , Líquido Amniótico/microbiología , Nacimiento Prematuro/genética , Nacimiento Prematuro/inmunología , Nacimiento Prematuro/metabolismo , Trabajo de Parto Prematuro/genética , Trabajo de Parto Prematuro/inmunología , Trabajo de Parto Prematuro/metabolismo , Componentes del Gen , Polimorfismo GenéticoRESUMEN
OBJECTIVE: This study aims to evaluate the sexual function and to determine the prevalence of sexual dysfunction among teenagers and adult women during pregnancy using the Female Sexual Function Index (FSFI). METHODS: A cohort study was conducted with 271 healthy pregnant women presenting a stable relationship with their partners. These women contributed to the survey since the laboratory diagnosis of their present pregnancy. Anonymous questionnaires evaluated aspects of sexual activity and female sexual function. This last item was assessed through the FSFI questionnaire. RESULTS: The women sexual function showed a similar pattern during the first and second trimesters; however, it presented a significantly clear decrease in the third trimester. There was a significant difference in the scores of all FSFI domains when comparing the second and third trimesters. The sexual dysfunction among pregnant teenagers was rated 40.8 percent in the first trimester, 31.2 percent in the second and 63.2 percent in the third. For pregnant adults, the dysfunction was rated, respectively, 46.6 percent, 34.2 percent and 73.3 percent. CONCLUSION: The sexual function is affected during pregnancy with a significant decrease in all FSFI domains in the third trimester considering both pregnant teenagers and adults. Prevalence of sexual dysfunction is high during pregnancy and reaches higher levels in the third trimester in both age groups; however, teenagers presented better sexual function ratings.
OBJETIVO: Avaliar a função sexual e determinar a prevalência da disfunção sexual em mulheres adolescentes e adultas durante a gravidez, usando o Índice da Função Sexual Feminina (FSFI). MÉTODOS: Realizou-se estudo de corte prospectivo com 271 gestantes saudáveis, envolvidas na pesquisa desde o primeiro diagnóstico da atual gravidez, que mantinham relacionamento estável com parceiro. Foram utilizados questionários anônimos e a função sexual das gestantes foi avaliada pelo índice da função sexual feminina, em cada trimestre gestacional. RESULTADOS: Existiu diferença significante para os escores médios dos domínios do FSFI ao longo da gestação, mais especificamente no terceiro trimestre, onde houve diminuição significativa dos escores de todos os domínios do FSFI quando comparado ao segundo trimestre (p<0,001). Quando a função sexual foi comparada de acordo com a idade da paciente, existiu diferença estatisticamente significante entre as gestantes adolescentes e adultas no terceiro trimestre (p=0,008). A disfunção sexual entre as gestantes adolescentes foi de 40,8 por cento no primeiro trimestre, 31,2 por cento no segundo e 63,2 por cento no terceiro. Entre as grávidas adultas, foi de 46,6 por cento, 34,2 por cento e 73,3 por cento no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente. Não existiu diferença significativa na prevalência da disfunção sexual quando comparada por faixa etária; entretanto, ao comparar por trimestre gestacional, houve diferença significante entre o segundo e o terceiro trimestre (p<0,001). CONCLUSÃO: A função sexual é afetada durante a gravidez, com significativo declínio de todos os domínios do FSFI no terceiro trimestre, tanto nas adolescentes quanto nas adultas. A prevalência da disfunção sexual é elevada durante a gestação, atingindo níveis mais elevados no terceiro trimestre, em ambos os grupos etários, contudo as adolescentes apresentaram melhores índices de função sexual.
Asunto(s)
Adolescente , Adulto , Femenino , Humanos , Embarazo , Adulto Joven , Disfunciones Sexuales Fisiológicas/epidemiología , Brasil/epidemiología , Coito/fisiología , Libido/fisiología , Tercer Trimestre del Embarazo/fisiología , Prevalencia , Estudios Prospectivos , Encuestas y Cuestionarios , Estadísticas no Paramétricas , Adulto JovenRESUMEN
OBJETIVO: traduzir e validar o Female Sexual Function Index (FSFI) para grávidas brasileiras. MÉTODOS: participaram da pesquisa 92 gestantes assistidas em ambulatório de pré-natal de baixo risco, com diagnóstico da gravidez confirmado por ultra-sonografia precoce. Inicialmente, traduzimos o questionário FSFI para a língua portuguesa (do Brasil), de acordo com os critérios internacionais. Foram realizadas adaptações culturais, conceituais e semânticas do FSFI, em função das diferenças da língua, para que as gestantes compreendessem as questões. Todas as pacientes responderam duas vezes ao FSFI, no mesmo dia, com dois entrevistadores diferentes, com intervalo de uma hora de uma entrevista para a outra. Em seguida, 7 a 14 dias depois, o questionário foi novamente aplicado numa segunda entrevista. Foram avaliadas a confiabilidade (consistência interna intra e interobservador) e a validade do construto (para demonstrar que o questionário avalia a função sexual). RESULTADOS: adaptações culturais foram necessárias para obtermos a versão final. A consistência interna intra-observador (alfa de Chronbach) dos diversos domínios oscilou de moderada a forte (0,791 a 0,911) e a consistência interobservador variou de 0,791 a 0,914. Na validação do construto, foram obtidas correlações de moderada a forte entre os escores finais (gerais) do FSFI e do Quociente Sexual Feminino (QS-F), que tem a capacidade de avaliar a função sexual feminina. CONCLUSÕES: o FSFI foi adaptado à língua portuguesa e à cultura brasileira, apresentando significante confiabilidade e validade, podendo ser incluído e utilizado em futuros estudos da função sexual de grávidas brasileiras.
PURPOSE: to translate and to validate the Female Sexual Function Index (FSFI) for Brazilian pregnant women. METHODS: ninety-two pregnant women attended at a low risk prenatal clinic, with diagnosis of the pregnancy confirmed by precocious ultrasonography, participated in the research. Initially, we translated the FSFI questionnaire for Portuguese language (of Brazil) in agreement with the international criteria. Cultural, conceptual and semantics adaptations of FSFI were accomplished, because of the differences of the language, so that the pregnant women understood the subjects. All the patients answered FSFI twice, in the same day, with two different interviewers, with an hour interval from one to other interview. After 7 to 14 days, the questionnaire was applied again in a second interview. Reliability (internal intra and interobserver consistence) and the validity of the constructo (to demonstrate that questionnaire measures the sexual function) were appraised. RESULTS: Cultural adaptations were necessary for us to obtain the final version. The internal intra-observer (alpha of Chronbach) consistence of the several domains oscillated from moderate to strong (0,791 to 0,911) and the interobserver consistence varied from 0,791 to 0,914. In the validation of the constructo, were obtained moderate correlations to fort among the final scores (general) of FSFI and of Female Sexual Quotient (QS-F) that has the capacity to evaluate the feminine sexual function. CONCLUSIONS: FSFI was adapted to the Portuguese language and to the Brazilian culture, presenting significant reliability and validity; it could be included and used in future studies of the Brazilian pregnant sexual function.