RESUMEN
O grau de conicidade preconizado para preparos de coroas totais varia entre 2º e 6º, sendo de difícil obtençäo clínica. O objetivo deste estudo foi o de mensurar a média da conicidade dos preparos para coroas totais, pilares de prótese parcial fixa, executados por alunos de graduaçäo, na Disciplina de Prótese Parcial Fixa da Faculdade de Odontologia da USP. Selecionou-se aleatoriamente, um total de 123 troquéis, realizados nos anos de 1995 e 1996. Esses troquéis foram distribuídos de acordo com o arco e o grupo dental a que pertenciam: ântero-superiores (23); antero-inferiores (18); pré-molares superiores (21); pré-molares inferiores (21); molares superiores (20) e molares inferiores (20). O ângulo de convergência foi mensurado tanto no sentido vestíbulo-lingual (VL) como mésio-distal (MD) por meio de um equipamento de digitalizaçäo de imagens Fotovix (Tomaron, EUA), e um software (Diracom 3) desenvolvido pelo Laboratório de Informática Dedicado à Odontologia (LIDO-USP). Os dados foram submetidos a uma análise de variância (Ó = 0,05). Os preparos realizados em dentes ântero-inferiores apresentaram a menor média de conicidade na vista vestíbulo-lingual (15,91º, p < 0,05). Os dentes póstero-inferiores apresentaram as maiores médias de conicidade, sendo de 29,6º na vista VL e 29,76º na vista MD (p < 0,05). As médias dos ângulos de convergência, tanto no sentido VL como no MD, foram de 3 a 5 vezes maiores que as citadas na literatura, tidas como ideais