RESUMEN
RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência, o conhecimento e os fatores associados à incontinência urinária (IU) em mulheres estudantes de um curso de fisioterapia, bem como sua qualidade de vida. Foi aplicada uma ficha de avaliação, o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) e um questionário de conhecimento sobre a musculatura do assoalho pélvico (MAP) e a ocorrência de IU, baseado em estudo tipo conhecimento, atitude e prática (CAP). Das 248 estudantes do curso, 170 (69%) participaram do estudo. Pela ficha de avaliação, 111 (65%) relataram perda urinária. De acordo com o ICIQ-SF, 63 participantes (37%) são incontinentes, sendo que 41 (65%) dessas apresentam IU de esforço, apresentando pequena perda e com frequência de uma vez na semana ou menos, com baixo impacto na sua qualidade de vida. A maioria das participantes que relataram ter dor na relação sexual (59%) e alguns sintomas uroginecológicos e intestinais, como esforço ao urinar (92%), jato interrompido (75%), incômodo na região vaginal (73%), constipação (53%), esforço ao defecar (53%) e esvaziamento intestinal incompleto (70%), apresentou queixa de IU. Todas as que usam protetor (100%) e procuraram atendimento médico (100%) eram incontinentes. O uso de anticoncepcional foi maior em mulheres sem perda urinária (84%). O conhecimento sobre a MAP e a IU foi adquirido gradualmente com o avançar do curso. Esse resultado sugere que as mulheres que não cursam Fisioterapia não têm domínio do assunto, sendo necessário disseminar o conhecimento sobre a IU e a atuação da fisioterapia.
RESUMEN El objetivo de este estudio fue evaluar la prevalencia, el conocimiento y los factores asociados a la incontinencia urinaria (IU) en mujeres estudiantes de Fisioterapia, así como su calidad de vida. Se aplicó un formulario de evaluación, el International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) y un cuestionario de conocimiento sobre la musculatura del suelo pélvico (MSP) y la ocurrencia de IU, basado en un estudio de conocimiento, actitud y práctica (CAP). De las 248 estudiantes del curso, 170 (69%) participaron en el estudio. Según el formulario de evaluación, 111 (65%) reportaron pérdida urinaria. Conforme el ICIQ-SF, 63 participantes (37%) son incontinentes, y 41 (65%) de ellas tienen IU de esfuerzo, presentando una pequeña pérdida y con frecuencia de una vez a la semana o menos, con bajo impacto en su calidad de vida. La mayoría de las participantes que informaron sentir dolor en las relaciones sexuales (59%) y algunos síntomas uroginecológicos e intestinales, como esfuerzo al orinar (92%), chorro interrumpido (75%), molestias en la región vaginal (73%), estreñimiento (53%), esfuerzo al defecar (53%) y vaciamiento intestinal incompleto (70%), se quejó de IU. Las participantes que usan protectores (100%) y buscan atención médica (100%) eran incontinentes. El uso de anticonceptivos fue mayor en las mujeres sin pérdida urinaria (84%). El conocimiento sobre la MSP e IU se adquirió de manera gradual a medida que avanzaba el curso. Este resultado apunta que las mujeres que no estudian Fisioterapia no tienen dominio del tema y es necesario difundir conocimientos sobre la IU y la actuación de la fisioterapia.
ABSTRACT This study aimed to evaluate the prevalence, knowledge, factors associated with urinary incontinence (UI), and quality of life in female students enrolled in a physical therapy undergraduate course. Students had to answer a form we developed, the International Questionnaire on Incontinence Consultation - Short Form (ICIQ-SF), and a knowledge questionnaire on pelvic floor musculature (PFM) and the occurrence of UI, based on a previous knowledge, attitude, and practice (KAP) study. Out of 248 students, 170 (69%) participated in our study. According to our evaluation form, 111 women (65%) reported urinary loss at some point in their lives. According to ICIQ-SF criteria, 63 (37%) women were incontinent, 41 (65%) suffered from strain urinary incontinence, showing small urinary losses once per week or less, which slightly impacted their quality of life. Most women who have pain during sexual intercourse (59%) and some urogynecological and intestinal symptom, such as straining (92%), intermittent urination (75%), nausea (73%), constipation (53%), excessive effort (53%), and incomplete outlet (70%) also suffered from UI. All women who used pads (100%) and sought medical care (100%) were incontinent. The use of contraceptive was higher among women without UI (84%). Participants built their knowledge on PFM and UI as the course progressed. These results suggest that women who attend undergraduate courses outside physical therapy have limited knowledge about the subject. We find it necessary to spread knowledge about UI and the importance of physical therapy to prevent and treat UI.
RESUMEN
INTRODUCTION: Perineal trauma is an important complication for women after giving birth. OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of perineal trauma and its associated factors in nulliparous. METHODS: A retrospective cohort study was carried out, through the analysis of the medical records of women with singleton pregnancy who achieved vaginal birth of a live infant, in 2017, in a maternity hospital. Data collection involved information about demographic, obstetric, and clinical data from nulliparous women, and infant birthweight. Univariate and multivariate logistic analyses were performed to verify the association of perineal trauma with the variables assessed, with significant variables remaining in the model (p<0.05), through a stepwise strategy. RESULTS: A total of 326 medical records were analyzed. The percentage of perineal trauma was 60%. In the multivariate analysis, the use of oxytocin increased the chance of perineal trauma by 730%. In addition, the adoption of squatting position and hands and knees decreased the chances of perineal trauma by 81% and 97%, respectively, in comparison with those who adopted the lithotomy position, during the second stage labor. CONCLUSION: The rate of perineal laceration was high, but the severity was low. The use of oxytocin is associated with the presence of trauma and the squatting position and hands and knees, especially, have contributed to the protection of the perineum.
INTRODUÇÃO: Laceração perineal é uma complicação importante para mulheres pós-parto. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de laceração perineal e seus fatores associados em primíparas. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, através da análise dos prontuários de mulheres que pariram no ano de 2017, em uma maternidade da cidade. Durante a coleta de dados foi utilizada uma lista de checagem e um formulário para retirar informações sobre dados obstétricos, sociodemográficos e clínicos das mulheres e o peso do recém-nascido. Em seguida foram formuladas tabelas para determinação da associação entre as variáveis independentes e a presença de laceração. Logo após, foi feita a análise de regressão logística múltipla para identificar as variáveis mais fortemente associadas à laceração perineal. RESULTADOS: Um total de 326 prontuários foram analisados. O percentual de laceração perineal foi de 60%. Na análise multivariada, o uso de oxitocina aumentou a chance de laceração perineal em 730%. Além disso, a posição de cócoras e de quatro apoios diminuíram a chance de laceração perineal em 80% e 97%, respectivamente, em comparação com as mulheres que adotaram a posição de litotomia, durante o segundo período do parto. CONCLUSÃO: A taxa de laceração perineal encontrada foi alta, mas a gravidade foi baixa. O uso de ocitocina está associado com a presença de laceração perineal e a posição de cócoras e de quatro apoios contribuem para a proteção do períneo.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Adolescente , Adulto , Adulto Joven , Perineo/lesiones , Trastornos Puerperales , Salud de la Mujer , Parto , Paridad , Oxitocina , EpisiotomíaRESUMEN
Objetivo: Determinar a confiabilidade intra e interexaminadores das medidas ultrassonográficas do músculo longo do pescoço em mulheres com e sem migrânea. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, avaliando 20 mulheres com idade entre 20 e 24 anos (22 ± 2). Foram realizadas duas avaliações ultrassonográficas da área de secção transversa (cm2) do músculo longo do pescoço, em repouso e em contração com intervalo de uma semana entre elas, por dois examinadores cegos. Para análise estatística, foram utilizados o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e os limites de concordância. Resultados: A confiabilidade intraexaminador do grupo com migrânea, em repouso e contração, foi excelente à direita e moderada à esquerda; no grupo sem migrânea variou de excelente (0,93) no repouso, à pobre (0,35) na contração. A confiabilidade interexaminadores foi excelente (ICC > 0,75) à direita e à esquerda, no repouso, em ambos os grupos. Na contração, variou de moderada (ICC = 0,71), no lado esquerdo no grupo sem migrânea, à excelente (ICC > 0,75) nas demais mensurações. Foram observados baixos limites de concordância dos intervalos de confiança em todas as medidas. Conclusão: Foram observados baixos limites de concordância, de acordo com o intervalo de confiança, na confiabilidade das medidas ultrassonográficas do músculo longo do pescoço em mulheres com migrânea. (AU)
Objective: To determine intra and inter-rater reliability of ultrasonographic measures of the longus colli muscle in women with and without migraine. Methods: This is a cross-sectional study involving 20 women aged between 20 and 24 years (22 ± 2). Two ultrasonographic assessments, conducted one week apart by two blind examiners, were made of the crosssectional area (cm2) of the longus colli muscle, at rest and in contraction. Statistical analysis used the intraclass correlation coefficient (ICC) and limits of agreement. Results: Intra-rater reliability in the group with migraine, at rest and in contraction, was excellent on the right and moderate on the left; in the group without migraine it ranged from excellent (0.93) at rest to poor (0.35) in contraction. Inter-rater reliability was excellent (ICC > 0.75) at rest on the right and left, in both groups. In contraction, it ranged from moderate (ICC = 0.71) on the left in the group without migraine to excellent (ICC > 0.75) in the other measurements. Low limits of agreement were observed for the confidence intervals in all the measures. Conclusion: According to the confidence interval, low limits of agreement were observed, regarding the reliability of ultrasonographic measures of the longus colli muscle in women with migraine.(AU)