Discussäo sobre o risco das interaçöes de agrotóxicos na dieta brasileira / Discussion about the risk of pesticides interactions in the Brazilian diet

Objetivo. Estudar os riscos à saúde humana da interaçäo de resíduos de agrotóxicos em alimentos consumidos pelos brasileiros. Material e Método. Com base na legislaçäo brasileira sobre Limite Máximo de Resíduo (LMR), Ingestäo Diária Aceitável (IDA) dos agrotóxicos e com alguns dados da dieta do brasileiro (IBGE/POF) foram estudados três alimentos (tomate, maçä e banana) de relevante consumo e uso de agrotóxicos. Estes dados foram tabulados individualmente para cada alimento e foram a base para cálculo do índice de risco e para o estudo das interaçöes. Resultados. Os agrotóxicos de menos toxidade no grupo químico dos organofosforados e carbamatos (OP/CP) mostraram-se dentro do aceitável para tomate, banana-maçä, banana-dÆágua e maçä; e acima do aceitável para banana-prata. Para agrotóxicos de maior toxicidade neste grupo, constatou-se que o mesmo índice estava dentro do aceitável para banana-maçä , banana-dÆágua e maçä; e acima do aceitável para banana-prata e tomate. No grupo químico dos organoclorados e piretróides (OC/PY), os agrotóxicos de menor toxicidade apresentaram-se dentro do aceitável apenas para as bananas ficando o tomate e a maçä acima do aceitável. Para agrotóxicos de maior toxicidade, este índice foi considerado aceitável para tomate, banana-maçä, banana-dÆágua e maçä; e acima do aceitável apenas para banana-prata. Conclusäo. Os índices de risco à saúde humana devido ao consumo de alimentos com resíduos de agrotóxicos podem diferir quando as análises consideram os agrotóxicos individualmente ou levam em consideraçäo as suas interaçöes.

Surto de shigelose em missäo operativa da marinha do Brasil / Shigelosis outbreak in a operative mission of Brasilian marine

Os autores descrevem um surto de shigelose em uma populaçäo militar durante operaçäo na Restinga da Marambaia, RJ, em maio de 1989, na qual 101 dos 418 militares apresentaram diarréia. Shigella flexneri foi isolada em coprocultura de 7 pacientes, examinados na fase aguda da doença; 5 deles foram tratados com ampicilina e após 10 dias, nenhum apresentou mais cultura positiva para shigella. A dor abdominal e a febre foram os dados mais freqüentes. Os 94 pacientes restantes foram examinados 4 semanas após a fase aguda de diarréia, näo sendo isolada shigella nas coprocultruas deste grupo