RESUMEN
Um estudo transversal foi proposto com o objetivo de avaliar a influência da aparência facial sobre a autopercepção e a imagem idealizada em crianças de 10 anos de idade, matriculadas nas redes de ensino público e privado da cidade de Recife-PE. Devido à escassez de estudos semelhantes em brasileiros, foi realizado este estudo piloto com o objetivo de: validar o instrumento de investigação elaborado; verificar se existe associação significativa entre a autopercepção e a imagem ideal; verificar se existe diferença significativa entre tipo de escola, sexo e padrão facial da criança em relação à autopercepção e à imagem ideal; determinar o grau de coincidência da classificação facial intra e interexaminadores; calcular uma amostra significativa e representativa da população a ser estudada. A amostra piloto foi composta por 113 escolares de duas escolas públicas e uma particular. Imagens fotográficas de um menino e de uma menina foram modificadas por meio de computação gráfica, obtendo-se, para cada um, quatro tipos faciais diferentes: um harmônico (face equilibrada) e três desarmônicos, representativos dos padrões faciais de Classe II, da Classe III e de face longa. Essas imagens foram apresentadas às crianças para que respondessem qual daquelas crianças se pareciam mais com elas e com qual delas elas gostariam de se parecer. Na análise dos dados foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e inferencial - testes qui-quadrado de independência e de homogeneidade. Os principais resultados mostraram que a maioria das crianças teve autopercepção e idealização da face equilibrada, seguido do padrão de Classe III. A classificação do padrão facial das crianças pesquisadas também apresentou como maior percentual à face equilibrada, seguido da face longa
Baseado no estudo piloto, pode-se concluir que o maior percentual de crianças apresentou autopercepção igual à imagem ideal, ou seja, a maioria das crianças pesquisadas parece estar satisfeita com seus padrões faciais