Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 10 de 10
Filtrar
1.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 1-9, 2022. tab
Artículo en Inglés | LILACS, BBO | ID: biblio-1361137

RESUMEN

ABSTRACT OBJECTIVE To study the association between ultra-processed food consumption and carbon and water footprints of the Brazilian diet. METHODS Cross-sectional analysis on data collected in 2008-2009 on a probabilistic sample of the Brazilian population aged ≥ 10 years (n = 32,886). Individual food intake was assessed using two 24-hour food records, on non-consecutive days. The environmental impact of individual diets was calculated by multiplying the amount of each food by coefficients that quantify the atmospheric emissions of greenhouse gases in grams of carbon dioxide equivalent (carbon footprint) and freshwater use in liters (water footprint), both per gram or milliliter of food. The two coefficients consider the food life cycle 'from farm to fork.' Crude and adjusted linear regression models and tests for linear trends assessed the association between the ultra-processed food contribution to total energy intake (quintiles) and the diet carbon and water footprints. Potential confounders included age, sex, education, income, and region. Total energy intake was assessed as a potential mediation variable. RESULTS In the crude models, the dietary contribution of ultra-processed foods was linearly associated with the carbon and water footprints of the Brazilian diet. After adjustment for potential confounders, the association remained significant only regarding the diet water footprint, which increased by 10.1% between the lowest and highest quintile of the contribution of ultra-processed foods. Additional adjustment for total energy intake eliminated this association indicating that the dietary contribution of ultra-processed foods increases the diet water footprint by increasing energy intake. CONCLUSIONS The negative impact of ultra-processed foods on the diet water footprint, shown for the first time in this study, adds to the negative impacts of these foods, already demonstrated regarding dietary nutrient profiles and the risk for several chronic non-communicable diseases. This reinforces the recommendation to avoid ultra-processed foods made in the official Brazilian Dietary Guidelines and increasingly in dietary guidelines of other countries.


Asunto(s)
Humanos , Niño , Agua , Manipulación de Alimentos , Brasil , Ingestión de Energía , Estudios Transversales , Dieta , Ingestión de Alimentos , Comida Rápida
2.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 102, 2022. tab
Artículo en Inglés, Portugués | LILACS | ID: biblio-1410048

RESUMEN

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate beef consumption and its influence on carbon and water footprints, as well as to improve the nutritional quality of the Brazilian diet. METHODS The amount of beef and other foods consumed was evaluated by two 24-hour food records in a representative sample of the Brazilian population ≥ 10 years of age (n = 32,853) from 2008 to 2009. The environmental impact of the diet considered the coefficients of the carbon footprint (gCO2 and/kg) and the water footprint (liters/kg) of the foods, as well as their nutritional quality considering the nutrient composition of each food associated with the prevention of nutritional deficiencies or the increase/decrease in chronic disease risk. Linear and logistic regression models, crude and adjusted for sex, age, education, income, region, and area, were used to respectively study the association of fifths of the caloric contribution of beef with the environmental impacts of the diet and inadequate nutrient intake. RESULTS Carbon and water footprints and protein, iron, zinc, vitamin B12, saturated fat, and sodium contents were higher in the fraction of the diet composed of beef, whereas fiber and added sugar contents were higher in the fraction composed by the other foods. Dietary beef contribution was directly associated with the carbon and water footprints of the diet and the risk of saturated fat and sodium excess, besides fiber insufficiency, inversely associated with the risk of protein, iron, zinc, and vitamin B12 insufficiency. CONCLUSION Reducing beef consumption in Brazil would also reduce the carbon and water footprints of the diet, as well as the risk of chronic diseases related to food. Therefore, in order not to increase the risk of nutritional deficiencies, monitoring the increased intake of other foods rich in protein, iron, zinc, and vitamin B12 is suggested.


RESUMO OBJETIVO Estimar o consumo de carne bovina e a sua influência nas pegadas de carbono e na pegada hídrica, bem como mesurar a qualidade nutricional da dieta no Brasil. MÉTODOS A quantidade consumida de carne bovina e dos demais alimentos foi avaliada por dois registros alimentares de 24 horas em amostra representativa da população brasileira ≥ 10 anos de idade (n = 32.853) entre 2008 e 2009. O impacto ambiental da dieta considerou os coeficientes da pegada de carbono (gCO2e/kg) e da pegada hídrica (litros/kg) dos alimentos, bem como sua qualidade nutricional considerando a composição de cada alimento em nutrientes associados à prevenção de deficiências nutricionais ou ao aumento/diminuição do risco de doenças crônicas. Modelos de regressão linear e logística, brutos e ajustados para sexo, idade, escolaridade, renda, região e área, foram utilizados para estudar, respectivamente, a associação de quintos da contribuição calórica de carne bovina com os impactos ambientais da dieta e com a ingestão inadequada de nutrientes. RESULTADOS As pegadas de carbono e hídrica e os teores de proteína, ferro, zinco, vitamina B12, gordura saturada e sódio foram maiores na fração da dieta composta por carnes bovinas, enquanto o teor de fibra e de açúcar de adição foram maiores na fração composta pelos demais alimentos. A contribuição dietética de carne bovina mostrou-se associada diretamente com as pegadas de carbono e hídrica da dieta e com o risco de ingestão excessiva de gordura saturada e de sódio, além de ingestão insuficiente de fibra, associando-se inversamente com o risco de ingestão insuficiente de proteína, ferro, zinco e vitamina B12. CONCLUSÃO A redução no consumo de carne bovina no Brasil diminuiria as pegadas de carbono e hídrica da dieta, assim como o risco de doenças crônicas relacionadas à alimentação. Portanto, para não aumentar o risco de deficiências nutricionais, é sugerido o acompanhamento do aumento da ingestão de outros alimentos fontes de proteína, ferro, zinco e vitamina B12.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Evaluación Nutricional , Usos del Agua , Ingestión de Alimentos , Huella de Carbono , Carne
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(9): 4153-4161, set. 2021. tab, graf
Artículo en Portugués | LILACS | ID: biblio-1339579

RESUMEN

Resumo Foi avaliado o consumo de fibras alimentares no Brasil e sua relação com a ingestão de alimentos ultraprocessados. Foram utilizados dados de consumo alimentar, via registro alimentar de 24 horas, com indivíduos de idade ≥10 anos (n=34.003) oriundos da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Os alimentos foram divididos em grupos: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, processados e ultraprocessados, estimando-se sua contribuição para o consumo de fibras. Verificou-se a relação entre quintos de consumo de ultraprocessados (avaliado pelo % do total de energia consumida) e teor médio de fibras na dieta (g/1.000kcal), e a prevalência de inadequação no consumo de fibras. Alimentos in natura ou minimamente processados apresentaram densidade de fibras significativamente maior do que os ultraprocessados e corresponderam à majoritária contribuição percentual de fibras na dieta, notavelmente a partir do arroz e feijão. Indivíduos do maior quintil de consumo de ultraprocessados tiveram 1,5 vez mais chance de apresentar ingestão de fibras inadequada. O consumo de ultraprocessados impactou negativamente na ingestão de fibras. Reduzir o consumo desses alimentos pode trazer benefícios à qualidade da dieta brasileira.


Abstract The consumption of dietary fiber in Brazil and its relationship with the intake of ultra-processed foods was evaluated. The analysis used food consumption data, with a 24-hour food record of residents aged ≥10 years (n=34.003) from the 2008-2009 Family Budgets Survey. The food products were divided into groups: in natura or minimally processed ingredients; processed culinary ingredients; processed and ultra-processed ingredients. The contribution of each food group and selected subgroups to the total fiber intake, the relation between quintiles of ultra-processed foods (evaluated by the % of total energy intake), average dietary fiber content (g/1,000kcal), and the prevalence of inadequate fiber consumption, was estimated. In natura or minimally processed foods revealed significantly higher fiber density than ultra-processed foods and corresponded to the majority percentile contribution of dietary fiber, notably derived from rice and beans. Individuals in the largest quintile of ultra-processed consumption were 1.5 times more likely to ingest inadequate fiber intake. The consumption of ultra-processed foods had a negative impact on fiber intake. Reducing the consumption of these foods can bring benefits to the quality of the Brazilian diet.


Asunto(s)
Humanos , Fibras de la Dieta , Comida Rápida , Brasil , Ingestión de Energía , Estudios Transversales , Dieta , Manipulación de Alimentos
4.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 1-10, 2021. tab, graf
Artículo en Inglés, Portugués | LILACS, BBO | ID: biblio-1352177

RESUMEN

ABSTRACT OBJECTIVE: To estimate the carbon footprint of the Brazilian diet and of sociodemographic strata of this population. METHODS: Carbon footprint of the diet was estimated based on data from two 24-hour diet records, obtained in 2008 and 2009, from a probabilistic sample of the Brazilian population aged 10 years and over (n = 34,003) and on environmental impact coefficients of food and culinary preparations consumed in Brazil (gCO2e/kg). Means with 95% confidence intervals of food consumption (kcal/person/day) and the carbon footprint of the diet (gCO2e/person/day and in gCO2e/2,000kcal) were calculated for the population as a whole and for strata according to sex, age, income, education, macro-regions and Federative Unit. Linear regression models were used to identify significant differences (p < 0.05) in the dietary carbon footprint of different sociodemographic strata. RESULTS: The average carbon footprint of the Brazilian diet was 4,489gCO2e/person/day. It was higher for males, for the age group from 20 to 49 years and for the North and Midwest regions, and tended to increase with income and education. The pattern of association of footprint with sociodemographic variables did not change substantially with adjustment for differences in the amount of food consumed, except for a reduction in the relative excess of the footprint among males and an increase in the relative excess of the footprint in the Midwest region. CONCLUSION: The carbon footprint of the Brazilian diet exceeds by about 30% the footprint of the human diet, which could simultaneously meet the nutritional requirements of a healthy diet and the global goal of containing the increase in the planet's average temperature. The pattern of association of this footprint with sociodemographic variables can help identify priority targets for public actions aimed at reducing the environmental impacts of food consumption in Brazil.


RESUMO OBJETIVO: Estimar a pegada de carbono da dieta brasileira e de estratos sociodemográficos dessa população. MÉTODOS: A pegada de carbono da dieta foi estimada com base nos dados de dois registros alimentares de 24 horas, obtidos em 2008 e 2009, de uma amostra probabilística da população brasileira com 10 ou mais anos de idade (n = 34.003) e em coeficientes de impacto ambiental de alimentos e preparações culinárias consumidos no Brasil (gCO2e/kg). Médias com intervalos de confiança de 95% do consumo alimentar (kcal/pessoa/dia) e da pegada de carbono da dieta (gCO2e/pessoa/dia e em gCO2e/2.000kcal) foram calculadas para o conjunto da população e para estratos segundo sexo, idade, renda, escolaridade, macrorregiões e Unidade Federativa. Modelos de regressão linear foram utilizados para identificar diferenças significativas (p < 0,05) na pegada de carbono da dieta de diferentes estratos sociodemográficos. RESULTADOS: A pegada média de carbono da dieta brasileira foi de 4.489gCO2e/pessoa/dia. Foi maior para o sexo masculino, para a faixa etária de 20 a 49 anos e para as regiões Norte e Centro-Oeste, e tendeu a aumentar com a renda e a escolaridade. O padrão de associação da pegada a variáveis sociodemográficas não se alterou substancialmente com o ajuste para diferenças na quantidade consumida de alimentos, exceto por uma redução no excesso relativo da pegada entre homens e pelo aumento no excesso relativo da pegada na região Centro-Oeste. CONCLUSÃO: A pegada de carbono da dieta brasileira excede em cerca de 30% a pegada da dieta humana que poderia atender, simultaneamente, os requisitos nutricionais de uma dieta saudável e a meta global de contenção do aumento da temperatura média do planeta. O padrão de associação dessa pegada às variáveis sociodemográficas pode auxiliar na identificação de alvos prioritários para ações públicas que visem a reduzir os impactos ambientais do consumo alimentar no Brasil.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Adulto Joven , Dieta , Huella de Carbono , Brasil , Encuestas sobre Dietas , Necesidades Nutricionales
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(11): e00152021, 2021. tab, graf
Artículo en Inglés | LILACS, SES-RJ | ID: biblio-1350409

RESUMEN

Abstract: Evolving evidence shows that ultra-processed food consumption may increase exposure to chemicals used in food packaging and production, such as per- and poly-fluoroalkyl substances, phthalates, and bisphenols. Studies suggested that these contaminants may be transferred from mother to child through placenta, increasing concerns for both maternal and child health. This study aimed to investigate the association of maternal consumption of ultra-processed foods with newborn exposure to perfluoroalkyl substances (PFAS) in the PIPA Project (The Rio Birth Cohort Study on Environmental Exposure and Childhood Development). The pilot cohort study conducted with 131 pregnant women-child pairs in a public maternity school in Rio de Janeiro, Brazil, was assessed. Maternal dietary intake in the third trimester of pregnancy was evaluated using a qualitative food frequency questionnaire. Food items were classified as non-ultra-processed food and ultra-processed food using the NOVA system and regular consumption of ultra-processed foods was estimated. Newborns of pregnant women who weekly consumed three or more subgroups of ultra-processed food presented the highest level of PFAS (2.47ng/mL; 95%CI: 1.22; 3.72), compared to non-consumption of ultra-processed food investigated (0 ultra-processed food = 1.86ng/mL; 95%CI: 1.38; 2.50). Additionally, cluster analysis grouped ultra-processed food, fish, and PFAS levels. In conclusion, we found increased levels of PFAS in newborns whose mothers were higher consumers of ultra-processed foods.


Resumo: Evidências crescentes demonstram que o consumo de alimentos ultraprocessados pode aumentar a exposição a substâncias químicas utilizadas na produção e embalagem desses alimentos, como os compostos per- e polifluoroalquil, ftalatos e bisfenóis. Os estudos sugerem que esses contaminantes podem ser transferidos da mãe para o feto pela via transplacentária, o que aumenta as preocupações em relação à saúde tanto materna quanto infantil. O estudo buscou investigar a associação entre o consumo materno de alimentos ultraprocessados e a exposição intrauterina aos compostos perfluoroalquil (PFAS) no Projeto PIPA Rio - Projeto Infância e Poluentes Ambientais. Foi avaliada a coorte-piloto com 131 pares gestante-feto em uma maternidade-escola pública no Rio de Janeiro. A ingestão materna no terceiro trimestre da gestação foi avaliada com um questionário qualitativo de frequência alimentar. Os itens alimentares foram classificados entre não ultraprocessados e ultraprocessados, usando o sistema NOVA, e foi estimado o consumo regular de ultraprocessados. Os PFAS foram medidos no sangue do cordão umbilical. Os recém-nascidos de mães que haviam consumido três ou mais subgrupos de ultraprocessados por semana apresentaram os níveis séricos mais elevados de PFAS (2,47ng/mL; IC95%: 1,22; 3,72), comparado com nenhum consumo dos subgrupos de alimentos ultraprocessados (0 alimento ultraprocessado = 1,86ng/mL; IC95%: 1,38; 2,50). Além disso, a análise de clusters agrupou ultraprocessados, peixe e níveis de PFAS. Em conclusão, o estudo mostrou níveis elevados de PFAS em neonatos de gestantes com maior consumo de alimentos ultraprocessados.


Resumen: Evidencias recientes han mostrado que el consumo de comida ultraprocesada puede incrementar la exposición a sustancias químicas usadas en el empaquetado de comida y producción, tales como las sustancias per- y poli- fluoroalquílicas, ftalatos, y bisfenoles. Los estudios han sugerido que estos contaminantes pueden transmitirse de la madre al niño, a través de la placenta, incrementando los problemas de salud de la madre y el niño. El objetivo de este estudio fue investigar la asociación del consumo materno de comidas ultraprocesadas con la exposición de los recién nacidos a las sustancias perfluoroalquílicas (PFAS) en el Proyecto PIPA (Estudio de Cohorte de Nacimiento en Río sobre la Exposición Ambiental y Desarrollo en la Infancia). El estudio de la cohorte piloto evaluó a parejas constituidas por 131 mujeres embarazadas y sus hijo/as en una escuela de maternidad pública en Río de Janeiro, Brasil. Se evaluó la ingesta alimentaria materna en el tercer trimestre de embarazo, usando un cuestionario de calidad de frecuencia de la comida. Los ítems alimentarios fueron clasificados como no-comida ultraprocesada y comida ultraprocesada usando el sistema NOVA y se estimó el consumo regular de comidas ultraprocesadas. Las PFAS se determinaron en la sangre del cordón umbilical. Los recién nacidos de mujeres embarazadas que consumieron tres o más subgrupos de comidas ultraprocesada semanalmente presentaron el nivel más alto de PFAS (2,47ng/mL; IC95%: 1,22; 3,72), comparado con ninguno consumo de comida ultraprocesada (0 comida ultraprocesada = 1,86ng/mL; IC95%: 1,38; 2,50). Asimismo, el análisis de conglomerados agrupó comida ultraprocesada, pescado y niveles de PFAS. En conclusión, se encontraron niveles elevados de PFAS en recién nacidos, cuyas madres eran grandes consumidoras de comidas ultraprocesadas.


Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Niño , Brasil , Ingestión de Energía , Proyectos Piloto , Estudios de Cohortes , Transmisión Vertical de Enfermedad Infecciosa , Dieta , Fluorocarburos , Manipulación de Alimentos
6.
São Paulo; s.n; 2019. 134 p.
Tesis en Portugués | LILACS | ID: biblio-1025300

RESUMEN

Introdução: Este estudo é parte do projeto temático "Consumo de alimentos ultraprocessados, perfil nutricional da dieta e obesidade em sete países". O rápido aumento nas vendas de alimentos ultraprocessados em paralelo ao aumento nas prevalências de obesidade e outras doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs) tem sido observado em todo o mundo, inclusive na Austrália. Objetivo: Esta tese tem como objetivo estudar o consumo de alimentos ultraprocessados e sua influência sobre a qualidade nutricional da dieta e a ocorrência de obesidade na população australiana. Métodos: Estudo transversal em que foram analisados dados de consumo alimentar de uma amostra representativa da população australiana com dois ou mais anos de idade participantes da pesquisa National Nutrition and Physical Activity Survey (2011-12) (n=12.153). Todos os itens de consumo alimentar, coletados por meio de dois recordatórios de 24-horas, foram classificados nos quatro grupos da classificação NOVA, que considera a extensão e o propósito do processamento industrial de alimentos (alimentos in natura e minimamente processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados, e alimentos ultraprocessados). Alimentos ultraprocessados são formulações industriais de substâncias extraídas ou derivadas de alimentos, em sua maioria de uso exclusivamente industrial, contendo pouco ou nenhum alimento inteiro e tipicamente adicionados de corantes, aromatizantes e outros aditivos cosméticos. O primeiro manuscrito da tese descreve o consumo de alimentos ultraprocessados na Austrália (população >=2 anos de idade) e sua associação com a ingestão de nutrientes preditores de obesidade e outras DCNTs (i.e. açúcar livre, gorduras total, saturada e trans, fibra, sódio, potássio, e densidade energética da fração sólida da dieta). O segundo manuscrito explora a contribuição de alimentos ultraprocessados para a ingestão e o consumo excessivo (>=10% do total energético) de açúcar livre em diferentes grupos etários (crianças de 2-5 anos de idade, crianças de 6-11 anos, adolescentes (12-19 anos), adultos de 20-64 anos e idosos >=65 anos). O terceiro manuscrito analisa a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a ocorrência de obesidade em adultos australianos. Resultados: Alimentos ultraprocessados foram os que mais contribuíram para o consumo alimentar diário do conjunto da população (42,0% do total de energia), sendo as crianças maiores de cinco anos e adolescentes os maiores consumidores desses alimentos (53,1% e 54,3% do total energético, respectivamente). Com o aumento da participação de alimentos ultraprocessados na dieta, esses alimentos tendem a substituir os alimentos in natura e minimamente processados e suas preparações culinárias. Associações diretas, significativas (p<0,001) e relações dose-resposta foram observadas entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o conteúdo ou probabilidade de consumo inadequado de açúcar livre, gorduras total, saturada e trans, sódio e densidade energética da dieta, ao passo que o inverso foi observado para a ingestão de fibra e potássio. Em todos os grupos etários observou-se a associação direta e estatisticamente significativa (p<0,001) entre quintos de consumo de alimentos ultraprocessados e o conteúdo de açúcar livre na dieta, bem como o consumo excessivo deste nutriente. Associações diretas, significativas (p<0,05) e relações dose-resposta foram observadas entre o consumo de alimentos ultraprocessados e indicadores de obesidade após controle para as variáveis de confusão estudadas. Adultos australianos do quintil superior de consumo de alimentos ultraprocessados apresentaram maior índice de massa corporal (0,97 kg/m², IC 95% 0,42; 1,51), maior circunferência da cintura (1,92 cm, IC 95% 0,57; 3,27) e maiores chances de serem obesos (IMC>=30kg/m2) (OR=1,61, IC 95% 1,27; 2,04) ou apresentarem obesidade abdominal (OR=1,38, IC 95% 1,10; 1,72) em comparação àqueles do quintil inferior. Conclusões: Na Austrália, a elevada contribuição de alimentos ultraprocessados na dieta impacta negativamente no consumo dos grupos de alimentos não-ultraprocessados e em todos os nutrientes preditores de DCNTs, se relaciona ao consumo excessivo de açúcares livres em todas as faixas etárias e está associado à ocorrência de obesidade em adultos. Este estudo soma ao corpo crescente de evidências que mostram que o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a uma deterioração geral das dietas e à ocorrência ou aumento no risco de obesidade, e sugere que a diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados pode trazer benefícios substanciais para a qualidade da dieta e indicadores de obesidade na Austrália.


Introduction: This study is part of the thematic project "Consumption of ultra-processed foods, dietary nutrient profile and obesity in seven countries". A rapid simultaneous increase in the sales of ultra-processed foods and the prevalence of obesity and other diet-related non-communicable diseases (NCDs) has been observed worldwide, including in Australia. Objective: This thesis aims to describe the consumption of ultra-processed foods, and its influence on the nutritional dietary quality and the risk of obesity in the Australian population. Methods: Cross-sectional study in which dietary intakes of a nationally representative sample of the Australian population aged 2+ years from the National Nutrition and Physical Activity Survey (2011-12) were evaluated (n=12,153). Food items collected through two 24-hour recalls were classified into the four groups of the NOVA system, a food classification based on the extent and purpose of industrial food processing (unprocessed and minimally processed foods, processed culinary ingredients, processed foods, and ultra-processed foods). Ultra-processed foods are industrial formulations of substances extracted or derived from foods, mostly of exclusive industrial use, with little if any whole food and typically added of flavours, colours and other cosmetic additives. Manuscript 1 describes the consumption of ultra-processed foods in Australia (population aged >=2 years) and its association with intake of nutrients linked to NCDs (i.e. free sugars, total, saturated and trans fats, fibre, sodium, potassium and dietary energy density). Manuscript 2 explores the contribution of ultra-processed foods to the intake and excessive intake (>=10% of total energy) of free sugars among different age groups (children aged 2-5 years, children aged 6-11 years, adolescents (12-19 years old), adults aged 20-64 years and elderly >=65 years old). Manuscript 3 assesses the association between ultra-processed food consumption and obesity indicators among Australian adults. Results: Ultra-processed foods had the highest energy contribution in the overall Australian diet (42.0% of energy intake), with older children and adolescents the highest consumers of these foods (53.1% e 54.3% of energy intake, respectively). As ultra-processed food consumption increases, these foods tend to displace unprocessed and minimally processed foods and their culinary preparations. Significant (p<0.001) direct dose- response associations were found between the dietary share of ultra-processed foods and the dietary content of or the probability of inadequate intake of free sugars, total, saturated and trans fats, sodium and the dietary energy density, whilst the inverse was found in the intake of fibre and potassium. Among all age groups, a positive and statistically significant (p<0.001) linear association was found between quintiles of ultra-processed food consumption and both the intake of free sugars and the excessive free sugars intake. Significant (p<0.05) direct dose-response associations between the dietary share of ultra-processed foods and indicators of obesity were found after adjusting for all studied confounders. Australian adults in the highest quintile of ultra-processed food consumption had higher body mass index (0.97 kg/m², 95%CI 0.42; 1.51), greater waist circumference (1.92 cm, 95%CI 0.57; 3.27), and higher odds of being obese (BMI>=30kg/m2) (OR=1.61, 95%CI 1.27; 2.04) and presenting abdominal obesity (OR=1.38, 95%CI 1.10; 1.72) compared with those in the lowest quintile of consumption. Conclusions: In Australia, the high energy contribution of ultra-processed foods impacts negatively on the intake of non-ultra-processed foods and on all nutrients linked to NCDs, drives excessive free sugars intake among all age groups, and is associated with obesity among adults. This study adds to the growing evidence that ultra-processed food consumption is associated with an overall deterioration of the nutritional quality of diets, and with or increases the risk of obesity, as well as suggests that decreasing the dietary share of ultra-processed foods would substantially improve the diet quality and obesity indicators in Australia.


Asunto(s)
Australia , Dieta , Alimentos Industrializados , Manipulación de Alimentos , Obesidad , Azúcares de la Dieta
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(7): e00153918, 2019. tab, graf
Artículo en Portugués | LILACS | ID: biblio-1011710

RESUMEN

Resumo: O objetivo foi investigar a frequência com que os adolescentes brasileiros realizam as refeições com os pais e verificar a associação deste hábito com a qualidade da dieta. Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - 2015 (PeNSE). A amostra foi composta por adolescentes matriculados no nono ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas, com idades entre 11 e 19 anos. A exposição de interesse foi realizar refeições com os pais (0-4 e ≥ 5 dias/semana) e os desfechos estudados foram consumo frequente (≥ 5 dias/semana) de alimentos marcadores de alimentação saudável e não saudável. Escores de alimentação saudável (variação 0-21) e não saudável (variação 0-35) foram elaborados com base no somatório dos dias que o adolescente relatou consumir cada um dos marcadores de alimentação. Foram usados modelos de regressão de Poisson e linear, ajustados por variáveis sociodemográficas. A realização frequente de refeições com os pais (≥ 5 dias/semana) foi observada em 74% (IC95%: 73,4-74,7) dos adolescentes. Aqueles que afirmaram ter esse hábito apresentaram maior probabilidade do consumo frequente de feijão (RP = 1,22; IC95%: 1,19-1,26), frutas (RP = 1,34; IC95%: 1,28-1,39) e hortaliças (RP = 1,39; IC95%: 1,34-1,44); e menor probabilidade de consumo frequente de guloseimas (RP = 0,91; IC95%: 0,88-0,94), ultraprocessados salgados (RP = 0,91; IC95%: 0,87-0,94) e salgados fritos (RP = 0,85; IC95%: 0,80-0,90). Realizar as refeições com os pais foi positivamente associado ao escores de alimentação saudável e inversamente associado ao escores de alimentação não saudável. O hábito de realizar refeições com os pais é frequente entre adolescentes brasileiros e está associado à melhor qualidade da alimentação.


Resumen: El objetivo fue investigar la frecuencia con la que los adolescentes brasileños comen con los padres y verificar la asociación de este hábito con la calidad de la dieta. Se utilizaron datos de la Encuesta Nacional de Salud del Escolar - 2015 (PeNSE). La muestra estaba compuesta por adolescentes matriculados en el noveno año de enseñanza fundamental de escuelas públicas y privadas, con edades entre 11 y 19 años. La exposición de interés fue realizar comidas con los padres (0-4 y ≥ 5 días/semana) y los resultados estudiados fueron consumo frecuente (≥ 5 días/semana) de alimentos marcadores de alimentación saludable y no saludable. Los marcadores de alimentación saludable (variación 0-21) y no saludable (variación 0-35) se elaboraron basándose en el sumatorio de los días en los que el adolescente informó consumir cada uno de los marcadores de alimentación. Se usaron modelos de regresión de Poisson y lineales, ajustados por variables sociodemográficas. La realización frecuente de comidas con los padres (≥ 5 días/semana) se observó en un 74% (IC95%: 73,4-74,7) de los adolescentes. Aquellos que afirmaron tener ese hábito presentaron una mayor probabilidad de consumo frecuente de frijoles (RP = 1,22; IC95%: 1,19-1,26), frutas (RP = 1,34; IC95%: 1,28-1,39) y hortalizas (RP = 1,39; IC95%: 1,34-1,44); y menor probabilidad de consumo frecuente de golosinas (RP = 0,91; IC95%: 0,88-0,94), aperitivos ultraprocesados (RP = 0,91; IC95%: 0,87-0,94) y aperitivos fritos (RP = 0,85; IC95%: 0,80-0,90). Realizar las comidas con los padres estuvo positivamente asociado al marcadores de alimentación saludable e inversamente asociado al marcadores de alimentación no saludable. El hábito de realizar comidas con los padres es frecuente entre adolescentes brasileños y está asociado a una mejor calidad de la alimentación.


Abstract: The objective was to investigate how often Brazilian adolescents eat meals with their parents and verify the association between this habit and quality of the diet. Data were from the Brazilian National Survey of School Health (PeNSE-2015). The sample consisted of adolescents enrolled in the ninth grade in public and private schools, ranging in age from 11 to 19 years. The target exposure was eating meals with parents (0-4 and ≥ 5 days/week) and the outcomes were frequent consumption (≥ 5 days/week) of healthy and unhealthy dietary markers. Healthy diet scores (range 0-21) and unhealthy diet scores (range 0-35) were based on total days that the adolescent reported consuming each of the dietary markers. Poisson and linear regression models were used, adjusted by sociodemographic variables. Frequent sharing of meals with parents (≥ 5 days/week) was seen in 74% (95%CI: 73.4-74.7) of the adolescents. Those reporting this habit showed higher likelihood of frequent consumption of beans (PR = 1.22; 95%CI: 1.19-1.26), fruits (PR = 1.34; 95%CI: 1.28-1.39), and vegetables (PR = 1.39; 95%CI: 1.34-1.44), and lower likelihood of frequent consumption of sweets (PR = 0.91; 95%CI: 0.88-0.94), ultra-processed salty foods (PR = 0.91; 95%CI: 0.87-0.94), and fried salty snacks (PR = 0.85; 95%CI: 0.80-0.90). Eating meals with parents was positively associated with healthy diet scores and inversely associated with unhealthy diet scores . Eating meals with parents is a common habit in Brazilian adolescents and is associated with better quality of diet.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adolescente , Padres , Dieta/estadística & datos numéricos , Conducta Alimentaria/psicología , Comidas/psicología , Factores Socioeconómicos , Brasil , Estudios Transversales , Encuestas Epidemiológicas , Conducta del Adolescente/psicología , Dieta/psicología , Relaciones Familiares/psicología , Dieta Saludable/psicología , Dieta Saludable/estadística & datos numéricos , Valor Nutritivo
8.
Saúde Soc ; 25(2): 505-515,
Artículo en Portugués | LILACS | ID: lil-787837

RESUMEN

A caracterização do alimento enquanto mercadoria surge por meio de um sistema alimentar cada vez mais concentrado e determinado por poucas empresas transnacionais, sendo essa uma das consequências da crise estrutural do capitalismo. Entender como a alimentação está dominada pela lógica privada do capital e como o alimento virou mercadoria é uma das chaves para explicar o atual cenário produtor de doenças e de desigualdades econômicas e sociais. A metodologia utilizada neste artigo partiu da perspectiva teórica marxista determinada pela concepção crítica-dialética e de outras abordagens heterodoxas sobre a fase atual do capitalismo. Propõe-se uma discussão sobre o contexto recente do sistema alimentar global e o processo de massificação do alimento em mercadoria, sobre os traços gerais da dinâmica do capitalismo contemporâneo e sua crise com impactos sobre o sistema alimentar e sobre como esse novo contexto constrange o Estado brasileiro na garantia da Segurança Alimentar e Nutricional e no Direito Humano à Alimentação Adequada, impondo desafios importantes no campo da saúde pública e na garantia de direitos humanos.


The characterization of food as a consumable commodity emerges from a food system which is becoming increasingly concentrated and determined by few multinational corporations. This is one of the consequences of the capitalist structural crisis. Understanding how the production of food is dominated by the logics of private property and how food has become a commodity is essential in explaining the current context, which is leading to more diseases and social-economic inequalities. The methodology used in this article is based on the perspective of Marxist theory, determined by the emergence of dialectical criticism, as well as on heterodox approaches towards the current state of capitalism. This article proposes a discussion about the recent context of the global food system and the process of mass production of food as commodity, the general lines of the contemporary capitalist dynamics and its crisis with the impact on the food system. Moreover, how this new context is restricting Brazil in guaranteeing food and nutrition safety, as well as the Human Right to Adequate Food, thus giving rise to new and notable challenges in the field of public health and in securing human rights to citizens.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Comercialización de Productos , Ingestión de Alimentos , Distribución de Productos , Industria de Alimentos , Producción de Alimentos , Seguridad Alimentaria , Capitalismo , Factores Socioeconómicos
9.
São Paulo; s.n; 2016. 98 p.
Tesis en Portugués | LILACS | ID: biblio-871063

RESUMEN

Introdução: As vendas e o consumo de alimentos ultraprocessados têm crescido em paralelo aos níveis de obesidade e com mudanças na forma de distribuição de alimentos. No entanto, não há consenso na literatura sobre como o local de compra e o preço praticado influenciam o consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente com a ascensão das grandes redes de supermercados. Objetivo: Avaliar a influência dos supermercados na aquisição de alimentos ultraprocessados no Brasil. Métodos: Dados de aquisição de alimentos da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 (IBGE) em uma amostra probabilística de 55.970 domicílios. Os alimentos foram classificados em quatro grupos considerando a extensão e o propósito do processamento industrial. Os locais de aquisição foram categorizados em nove grupos, segundo características físicas e natureza dos produtos disponíveis. Estimou-se a participação calórica relativa dos diferentes locais de aquisição de alimentos para o total da dieta, segundo distribuição regional e socioeconômica, para cada um dos quatro grupos de alimentos e segundo quintos de participação de alimentos ultraprocessados. Análise fatorial exploratória foi conduzida para identificar padrão de locais de aquisição, cujo escore foi utilizado em modelo de regressão linear para associação com o consumo de alimentos ultraprocessados.


Introduction: Sales and consumption of ultra-processed products have risen in parallel with the global increase in obesity and the replacement of traditional food stores by supermarkets. However, there is no consensus in the literature about how food purchasing sites influence the consumption of ultra-processed products, especially with the rise in the existence of large supermarket chains. Objective: To evaluate the influence of supermarkets on the acquisition of ultra-processed foods and drink products in Brazil. Methods: We analyzed data from the national representative 2008-2009 Household Budget Survey on a probabilistic sample of 55,970 households. Foods and drinks were grouped into four groups according to a food classification based on the extent and purpose of food processing. Food purchasing sites were grouped into nine categories according to physical characteristics and nature of the main products available. We calculated the percentual contribution of each food purchasing site category to the total caloric acquisition, according to the regional and socioeconomic characteristics, to the total caloric acquisition of each food group and according to quintiles of consumption of ultra-processed products. Exploratory factorial analysis was conducted to identify a pattern of food purchasing sites in Brazil.


Asunto(s)
Humanos , Anciano , Comercio , Ingestión de Alimentos , Demanda de Alimentos , Conducta Alimentaria , Manipulación de Alimentos/métodos , Presupuestos , Costos y Análisis de Costo , Dieta
10.
Mundo saúde (Impr.) ; 37(3): 299-311, ago. 2013. tab, graf
Artículo en Portugués | LILACS | ID: lil-756275

RESUMEN

Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre a presença de gordura trans e as informações sobre porçãoe medida caseira declaradas em rótulos de produtos alimentícios processados e ultraprocessados. Foram analisadasas informações nutricionais presentes em rótulos de produtos alimentícios comercializados em um supermercado deFlorianópolis-SC, Brasil. A presença de gordura trans foi avaliada na informação nutricional e verificada pela citaçãode componentes com gordura trans na lista de ingredientes, sendo calculada a prevalência de falsos negativos.Estimaram-se as prevalências de alimentos com gordura trans e falsos negativos, bem como foi analisada a associaçãoentre o fracionamento da medida caseira, a presença de gordura trans e o tamanho da porção pelo teste qui-Quadrado,considerando um valor-p < 0,05 como indicativo de significância estatística. Os resultados mostraram que metade dos1855 alimentos analisados apresentou gordura trans na lista de ingredientes. O percentual de falsos negativos foi de32,8%. Observou-se maior prevalência do fracionamento da medida caseira nos alimentos com gordura trans na listade ingredientes e nos falsos negativos, especialmente entre alimentos com tamanho de porção adequada ou < 70% dotamanho recomendado pela legislação brasileira. Os resultados indicam que tamanhos de porções muito pequenas efracionamento de medidas caseiras podem estar sendo utilizados para não destacar a presença de gordura trans na informaçãonutricional. Percebe-se a necessidade de reformulação na legislação brasileira considerando a recomendaçãode eliminação da gordura trans para o aprimoramento das informações sobre porção e medida caseira nos rótulos deprodutos alimentícios processados e ultraprocessados.


This study aimed to analyze the relationship between the presence of trans fat, serving size information and householdmeasurements reported on the labels of processed and ultra-processed food products. We analyzed the nutritional informationon the labels of food products sold in a supermarket in Florianópolis-SC, Brazil. The presence of trans fat wasassessed in the nutritional information and verified by the citation of components with trans fat in the ingredients list,making it possible to calculate the prevalence of false negatives. We estimated the prevalence of foods with trans fat andfalse negatives. We also analyzed the association between the fractionalization of household measurements, the presenceof trans fat and serving size with the chi-square test, considering p < 0.05 as statistically significant. The results showed thathalf of the 1,855 foods analyzed presented trans fat in the ingredients list. The percentage of false negatives was 32.8%. Ahigher prevalence of household measurement fractionalization was observed in foods with trans fat in the ingredients listand in the false negatives, especially among foods with appropriate serving sizes or those < 70% of the size recommendedby Brazilian legislation. Very small serving sizes and household measurement fractionalization may be being used to maskthe presence of trans fat in nutrition information. Thus, there is a need to revise Brazilian legislation to reflect the recommendationof eliminating trans fat and to improve serving size and household measurement information on the labels ofprocessed foods.


Asunto(s)
Humanos , Ácidos Grasos , Alimentos Industrializados , Información Nutricional
SELECCIÓN DE REFERENCIAS
DETALLE DE LA BÚSQUEDA