Asunto(s)
Femenino , Humanos , Persona de Mediana Edad , Infarto Cerebral/complicaciones , Demencia Vascular/etiología , Enfermedades Talámicas/etiología , Tálamo/irrigación sanguínea , Amnesia/fisiopatología , Infarto Cerebral/fisiopatología , Imagen por Resonancia Magnética , Memoria/fisiología , Tomografía Computarizada de Emisión de Fotón Único , Tálamo/fisiopatologíaRESUMEN
Vários estudos sugerem que existe uma hiperatividade do eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal (HHA) na obesidade, com maior acúmulo de gordura na região abdominal. Estes trabalhos demonstram que, após injeções de hormônio liberador de corticotropina (CRF) ou hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e ainda através de testes de stress, os níveis de cortisol estão aumentados em comparação com pacientes com deposição periférica de gordura. Além do mais, alguns estudos mostram que em pacientes deprimidos, onde a hiperatividade do HHA é uma alteração endócrina importante e conhecida, o volume das adrenais está aumentado quando comparado com normais. Para investigar se o teor de gordura visceral de alguma maneira se relaciona com o volume das adrenais, 52 mulheres com idade entre 19 e 54 anos, com diferentes índices de corpulência, foram estudadas através de medidas antropométricas como peso, índice de massa corporal (IMC), cintura e relação cintura-quadril (RCQ). As áreas de gordura visceral (GV) e sub-cutânea (GSC), além do volume das adrenais, foram medidas através da tomografia computadorizada. Houve uma correlação extremamente significativa entre as medidas de distribuição de gordura (RCQ e cintura) e a GV, sendo que a RCQ não se correlacionou com a GSC. O somatório do volume das adrenais mostrou uma correlação positiva e significativa com a RCQ (r = 0,272, p = 0,02) e uma correlação positiva, mas no limite da significância com a GV (r = 0,228, p = 0,05), não mostrando qualquer correlação com a GSC. Além disso, o somatório do volume das adrenais foi maior naquelas com GV >/= 120 cm 2 quando comparado com pacientes com área de GV < 120 cm 2 (p = 0,05). Portanto, o estudo sugere que o depósito de GV parece interrelacionar-se com a hiperatividade do HHA, aqui estimada anatomicamente através do volume das adrenais, glându-la alvo deste eixo.