RESUMEN
Objetivo: Avaliar o desejo de gestantes, vítimas de violência sexual, em manter ou interromper a gravidez. Métodos: Estudo transversal retrospectivo que avaliou o desejo da gestante vítima de violência sexual pela manutenção ou interrupção da gravidez, no Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual, no período de janeiro de 2019 a setembro de 2022. Resultados: Foram acolhidas 67 gestantes vítimas de violência sexual que procuraram atendimento com vistas a orientação, manutenção ou interrupção da gestação. Entre elas, 56 (83,6%) pacientes solici- taram a interrupção da gestação e para 32 (57,2%) a solicitação foi aceita; 9 (16%) não tiveram a solicitação de interrupção autorizada por equipe multidisciplinar e mantiveram a gestação; 11 (16,4%) não solicitaram a interrupção e também optaram pela manutenção da gestação. A média das idades foi de 26 anos. Em sua maio- ria, eram solteiras, brancas e procedentes de munícipios do entorno de Caxias do Sul. O agressor era quase sempre desconhecido, e a agressão teria ocorrido pre- dominantemente na residência da vítima ou do agressor. Conclusão: No período estudado, foram avaliadas 67 gestações decorrentes de violência sexual. Dessas, 56 pacientes solicitaram a interrupção da gestação e 32 tiveram a solicitação aceita; nove não tiveram a solicitação de interrupção autorizada e mantiveram a gestação; 11 não solicitaram a interrupção e também optaram pela manutenção da gestação. Não cabe ao médico julgar a decisão da vítima, mas, sim, acolher e ofertar o seu direito de escolha.
Objective: To evaluate the desire of pregnant women, victims of sexual violence, to maintain or terminate pregnancy. Methods: Retrospective cross-sectional study that evaluated the desire of pregnant women victims of sexual violence for the mainte- nance or interruption of pregnancy in Program to Assist Victims of Sexual Assault, from January 2019 to September 2022. Results: Sixty-seven pregnant women who were victim of sexual assault and who sought care for maintenance or interruption of pregnancy were received. Among these, 56 (83.6%) patients requested the interruption of pregnancy and in 32 (57.2%) cases the request was accepted; 9 (16%) didn't have the interruption request authorized by the multidisciplinary team and have kept the pregnancy; 11 (16.4%) didn't request the interruption and have chosen to keep the pregnancy. The average age was 26 years. They were single, white, and mostly from cities around Caxias do Sul. The aggressor was almost always unknown, and the assault occurred mostly at the victim's or aggressor's home. Conclusion: Sixty-seven pregnancies resulting from sexual assault were evaluated during the period of the study. Fifty-sixth patients of those have requested pregnancy termination and 32 had their request accepted; nine didn't have their request for termination authorized and have kept their pregnancy; eleven didn't request termination and have chosen to keep their pregnancy. It isn't up to the physician to judge the victim's decision, but to welcome and offer her the right to choose.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Mantenimiento del Embarazo , Violación , Aborto Legal/estadística & datos numéricos , Mujeres Embarazadas/psicología , Embarazo/estadística & datos numéricos , Estudios Transversales/métodos , Aborto Inducido/estadística & datos numéricos , Violencia contra la MujerRESUMEN
Abstract Objective To evaluate the efficacy of immunotherapy for GTN treatment after methotrexate-resistance or in cases of multiresistant disease, through a systematic review, as well as to present the first 4 Brazilian cases of immunotherapy for GTN treatment. Methods Three independent researchers searched five electronic databases (EMBASE, LILACS, Medline, CENTRAL and Web of Science), for relevant articles up to February/2023 (PROSPERO CRD42023401453). The quality assessment was performed using the Newcastle Ottawa scale for case series and case reports. The primary outcome of this study was the occurrence of complete remission. The presentation of the case reports was approved by the Institutional Review Board. Results Of the 4 cases presented, the first was a low-risk GTN with methotrexate resistance unsuccessfully treated with avelumab, which achieved remission with sequential multiagent chemotherapy. The remaining 3 cases were high-risk multiagent-resistant GTN that were successfully treated with pembrolizumab, among which there were two subsequent gestations, one of them with normal pregnancy and healthy conceptus. Regarding the systematic review, 12 studies were included, only one of them on avelumab, showing a 46.7% complete remission rate. The remaining 11 studies were on pembrolizumab, showing an 86.7% complete remission rate, regardless of tumor histology. Both immunotherapies showed good tolerability, with two healthy pregnancies being recorded: one after avelumb and another after pembrolizumab. Conclusion Immunotherapy showed effectiveness for GTN treatment and may be especially useful in cases of high-risk disease, where pembrolizumab achieves a high therapeutic response, regardless of the histological type, and despite prior chemoresistance to multiple lines of treatment.
RESUMEN
ABSTRACT Objective: To determine the incidence of congenital hypothyroidism (CH) over a 10-year period at the Reference Service in Neonatal Screening of the state of Rio Grande do Sul (RSNS-RS). Subjects and methods: Historical cohort study including all newborns screened for CH by the RSNS-RS from January 2008 until December 2017. Data of all newborns with neonatal TSH (neoTSH; heel prick test) values ≥ 9 mIU/L were collected. According to neoTSH values, the newborns were allocated into two groups: Group 1 (G1), comprising newborns with neoTSH ≥ 9 mIU/L and serum TSH (sTSH) < 10 mIU/L, and Group 2 (G2), comprising those with neoTSH ≥ 9 mIU/L and sTSH ≥ 10 mIU/L. Results: Of 1,043,565 newborns screened, 829 (0.08%) had neoTSH values ≥ 9 mIU/L. Of these, 284 (39.3%) had sTSH values < 10 mIU/L and were allocated to the G1 group, while 439 (60.7%) had sTSH ≥ 10 mIU/L and were allocated to the G2 group, and 106 (12.7%) were considered missing data. The overall incidence of CH was 42.1 per 100,000 newborns screened (95% confidence interval [CI] 38.5-45.7/100,000) or 1:2377 screened newborns. The sensibility and specificity of neoTSH ≥ 9 mIU/L were 97% and 11%; of neoTSH 12.6 mUI/L, 73% and 85% respectively. Conclusion: In this population, the incidence of permanent and transitory CH was 1:2377 screened newborns. The neoTSH cutoff value adopted during the study period showed excellent sensibility, which matters for a screening test.
RESUMEN
Objective: The present study's purpose is to evaluate the economic context in which the Brazilian public health system, the only universal public health system with more than 200 million users, stands out. This evaluation will be made through the lens of the execution of gestational health care services in a city of approximately 500 thousand inhabitants in southern Brazil. The care costs of patients with gestational diabetes mellitus (GDM) will be compared to those of patients without GDM, analyzing the different economic valuation methods. And lastly, there was an intent to explore the generated costs in the context of economic valuation applied to health to comprehend better the complexity of the union of the financial and health areas to optimize the services offered. Methods: For the economic context in health, an analysis of health investments was performed through the Transparency Portal. The costs involved in preventing GDM were raised by the Sistema Único de Saúde (SUS) table of procedures performed ordinarily in low-risk pregnancies. The expenses involved in DMG patients were increased at the High-Risk Pregnancy and Fetal Medicine Clinic of DMG patients. Results: Preventing GDM is more cost-effective, cost-minimizing, and cost-useful than treating patients diagnosed with GDM. Conclusion: The result is an extremely interesting costopportunity, given the economic context in which it is presented
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar o contexto econômico em que se encontra o sistema público de saúde brasileiro, único sistema público universal de saúde com mais de 200 milhões de usuários. Essa avaliação será feita sob a ótica da execução de serviços de saúde gestacional em um município de aproximadamente 500 mil habitantes no Sul do Brasil. Os custos assistenciais de pacientes com diabetes mellitus gestacional (DMG) serão comparados aos de pacientes sem DMG, analisando os diferentes métodos de valoração econômica. Também serão analisados os custos gerados no contexto da valoração econômica aplicada à saúde para uma melhor com preensão da complexidade da união das áreas econômica e da saúde com o objetivo de otimizar os serviços oferecidos. Métodos: Para a contextualização econômica em saúde, foi feita a análise dos investimentos em saúde pelo Portal da Transparência. Os custos envolvidos na prevenção da DMG foram levantados pela tabela de procedimentos realizados ordinariamente em gestações de baixo risco do Sistema Único de Saúde (SUS). Os custos envolvidos em pacientes com DMG foram levantados no Ambulatório de Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal de pacientes com DMG. Resultados: Prevenir o DMG apresenta maiores custo-benefício, custo-efetividade, custo-minimização e custo-utilidade em comparação com o tratamento das pacientes com o diagnóstico de DMG. Conclusão: O resultado é um custo-oportunidade extremamente interessante, dado o contexto econômico em que se apresenta
Asunto(s)
Atención Primaria de Salud , Atención Secundaria de Salud , Diabetes Gestacional , Asignación de CostosRESUMEN
Abstract Objective To assess the prevalence of gestational diabetes mellitus and the main associated risk factors in the population served by the Brazilian Unified Health System in the city of Caxias do Sul, state of Rio Grande do Sul. Materials and Methods A descriptive, cross-sectional and retrospective study was conducted. Maternal variables were collected from the medical records of all pregnant women treated at the basic health units in 2016. Hyperglycemia during pregnancy (pregestational diabetes, overt diabetes and gestational diabetes mellitus) was identified by analyzing the results of a 75-g oral glucose tolerance test, as recommended by the Brazilian Ministry of Health. Based on the data, the women were allocated into two groups: the gestational diabetes group and the no gestational diabetes group. Results The estimated prevalence of gestational diabetes among 2,313 pregnant women was of 5.4% (95% confidence interval [95%CI]: 4.56-6.45). Pregnant women with 3 or more pregnancies had twice the odds of having gestational diabetes compared with primiparous women (odds ratio [OR]=2.19; 95%CI: 1.42-3.37; p<0.001). Pregnant women aged 35 years or older had three times the odds of having gestational diabetes when compared with younger women (OR=3.01; 95%CI: 1.97-4.61; p<0.001). Overweight pregnant women were 84% more likely to develop gestational diabetes than those with a body mass index lower than 25 kg/m2 (OR =1.84; 95%CI: 1.25-2.71; p=0.002). A multivariable regression analysis showed that being overweight and being 35 years old or older were independent variables. Conclusion In this population, the prevalence of gestational diabetes mellitus was of 5.4%. Age and being overweight were predictive factors for gestational diabetes.
Resumo Objetivo Avaliar a prevalência de diabetes mellitus gestacional, e dos principais fatores de risco associados, em população usuária do Sistema Único de Saúde em Caxias do Sul-RS. Métodos Um estudo descritivo, transversal e retrospectivo foi feito. As variáveis maternas foramcoletadas de registros de prontuários de todas gestantes atendidas nas Unidades Básicas de Saúde do município em 2016. A identificação de hiperglicemia na gestação (diabetes pré-gestacional, diabetes identificado durante a gestação e diabetes mellitus gestacional) foi feita pela avaliação dos resultados do teste oral de tolerância com 75 g glicose, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Com base nesses dados, as gestantes foram separadas em dois grupos: o grupo com diabetes gestacional e o grupo sem diabetes gestacional. Resultados A prevalência estimada de diabetes gestacional em 2.313 gestantes foi de 5,4% (intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 4,56-6,45). Gestantes com 3 ou mais gestações apresentaram chance 2 vezes maior para a ocorrência de diabetes gestacional, quando comparadas às primigestas (razão de possibilidades [RP]=2,19; IC95%: 1,42- 3,37; p<0,001). Gestantes com idade de 35 anos ou mais apresentaram chance três vezes maior do que as mais jovens (RP=3,01; IC95%: 1,97-4,61; p<0,001). A chance de desenvolver diabetes gestacional em gestantes com sobrepeso foi 84% maior do que a das comíndice demassa corporal inferior a 25 kg/m2 (RP=1,84; IC95%: 1,25-2,71; p=0,002). A análise de regressão multivariada mostrou sobrepeso e idade materna como variáveis com associação independente. Conclusão Nesta população, a prevalência de diabetes mellitus gestacional foi de 5,4%. Idade materna e sobrepeso pré-gestacional foram fatores preditivos para diabetes gestacional.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Adulto , Atención Prenatal , Diabetes Gestacional/epidemiología , Brasil/epidemiología , Registros Médicos , Salud Pública , Prevalencia , Estudios Transversales , Estudios Retrospectivos , Factores de Riesgo , Factores de Edad , Diabetes Gestacional/etiología , Sobrepeso , Prueba de Tolerancia a la GlucosaRESUMEN
O incremento do arsenal diagnóstico do pré-natal, por meio de exames de ultrassom, com tecnologias de imagens cada vez mais perfeitas, proporciona o estudo detalhado da anatomia fetal. A mortalidade infantil está diretamente relacionada com as malformações congênitas fetais, especialmente com as alterações anatômicas do coração. Aproximadamente 90% das gestantes não apresentam nenhum fator de risco para malformações cardíacas congênitas (MCCs), portanto o rastreamento pré-natal deve ser realizado em todas as gestações, conforme sugestão da primeira Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal. A revisão bibliográfica da literatura sugere que o diagnóstico pré-natal das MCCs permite intervenções fetais durante o pré-natal e adequado planejamento do parto. Essas ações interferem na morbiletalidade perinatal e no prognóstico dos fetos portadores de cardiopatias, além de auxiliarem a equacionar as vagas nos hospitais de referência e estimarem os gastos na saúde pública e privada.(AU)
The improvement of the ultrasound scan used in the prenatal evaluations provides better images data for the study of the fetal heart. Congenital heart malformations are one of the most leading causes of infant death in the world. Ninety percent of pregnant women do not present any risk factors for Congenital Heart Malformations, so prenatal screening should be performed in all pregnancies, as suggested by the first Brazilian Guideline on Fetal Cardiology. The literature review propose that prenatal diagnosis of congenital heart malformations supports fetal care satisfactory delivery planning and interventions during prenatal. These kindness influences the prognosis of the cardiopathies, perinatal morbidity and mortality and help to reorganize hospital admission and public health care.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Diagnóstico Prenatal/métodos , Corazón Fetal/anomalías , Corazón Fetal/embriología , Corazón Fetal/fisiopatología , Cardiopatías Congénitas/diagnóstico por imagen , Ecocardiografía , Mortalidad Infantil , Ultrasonografía Prenatal , Mortalidad PerinatalAsunto(s)
Humanos , Femenino , Diagnóstico Prenatal , Derivación y Consulta , Neoplasias Uterinas/epidemiología , Enfermedad Trofoblástica Gestacional/epidemiología , Neoplasias Uterinas/diagnóstico , Neoplasias Uterinas/terapia , Brasil/epidemiología , Enfermedad Trofoblástica Gestacional/diagnóstico , Enfermedad Trofoblástica Gestacional/terapia , Accesibilidad a los Servicios de Salud , Servicios de Salud MaternaRESUMEN
Mais de 50% da população mundial encontra-se na faixa de sobrepeso e de obesidade, caracterizando uma epidemia global e, com isso, atingindo mulheres em idade reprodutiva.Quando da associação de obesidade e gravidez, esse risco pode estar amplificado, acentuando alterações do equilíbrio e postura, ampliando a taxa de acidentes por queda.(AU)
More than 50% of the world population is in the overweight and obesity zone, characterizing a global epidemic and with these reaching women of reproductive age. When associated with obesity and pregnancy, this risk may be amplified, accentuating alterations on balance and posture, increasing the rate of accidents by fall.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Embarazo , Equilibrio Postural/fisiología , Ganancia de Peso Gestacional , Marcha/fisiología , Obesidad , Índice de Masa Corporal , Análisis de la MarchaRESUMEN
Introduction: Breast cancer has a good prognosis when treated early. However, the mortality rate in Brazil is still high. The time interval between radiological suspicion and diagnosis/treatment impacts the survival. Methods: This is a retrospective crosssectional study that assessed patients treated at a reference center, with abnormal breast imaging findings and subsequent confirmation of breast cancer, from January 2011 to June 2015. We reviewed variables related to the dates of the abnormal test result, first mastology appointment, biopsy, surgery, and the start of chemotherapy when indicated. Time intervals were compared using the Friedman and Kruskal-Wallis tests with the software SPSS® 23.0. Results: We analyzed 65 patients. The median time between the abnormal test result and first mastology appointment was 35 days; between first mastology appointment and biopsy, 31 days; between biopsy and surgery, 85 days; and between surgery and chemotherapy, 137 days. The last two intervals showed significant differences (p<0.001). Discussion: Breast cancer patients had a significant delay until surgery and the start of chemotherapy. Early integration of the multidisciplinary team involved in this process and internal audits are necessary to optimize time intervals.
Introdução: O câncer de mama apresenta bom prognóstico quando tratado precocemente, entretanto, a mortalidade no Brasil continua elevada. O tempo entre suspeita radiológica e diagnóstico e tratamento tem impacto na sobrevida. Métodos: Foi realizado um estudo transversal e retrospectivo que avaliou pacientes atendidas em centro de referência com imagem mamária alterada e posterior confirmação de câncer de mama de janeiro de 2011 a junho e 2015. Foram revisadas variáveis relacionadas às datas do exame alterado, da primeira consulta, da biópsia, da cirurgia e do início da quimioterapia, quando indicada. Os intervalos de tempo foram comparados pelos testes Friedman e Kruskal-Wallis, pelo programa SPSS® 23.0. Resultados: Foram analisadas 65 pacientes. A mediana de tempo entre exame alterado e primeira consulta foi 35 dias, entre consulta na mastologia e biópsia foi 31 dias, entre biópsia e cirurgia foi 85 dias e entre cirurgia e quimioterapia foi 137 dias. Foram observadas diferenças significativas nos dois últimos intervalos (p<0,001). Discussão: As pacientes com câncer de mama apresentaram atraso significativo até a cirurgia e até o início da quimioterapia. Há necessidade da integração precoce da equipe multidisciplinar implicada nesse processo e auditorias internas a fim de otimizar os intervalos de tempo
RESUMEN
Objective: Triple negative breast cancer (TNBC) is a subset of tumors with an aggressive intrinsic biology, resulting in poor prognosis. Androgen receptor (AR) is currently one of the most studied biomarkers in TNBC, playing a role in the genesis and development of breast cancer. Methods: In this cross-sectional study, we retrospectively reviewed the medical records of all patients with TNBC who received care from 2012 to 2014 at a single health center in southern Brazil. Histological material from breast tumors was analyzed by immunohistochemistry for AR expression and related to age, histological grade, tumor-infiltrating lymphocytes (TILs), and Ki-67. Results: Of 34 TNBC cases identified, 23 (67.6%) were AR negative and 11 (32.4%) were AR positive. The average age of the patients was 51.9 years (range: 3082 years). Among positive cases, AR was weakly expressed in 6 and strongly expressed in 5 cases. Most patients (n=28; 82.0%) had poorly differentiated tumors. Mean Ki-67 expression was 65.0% in AR-negative and 43.6% in AR-positive cases (p<0.05). There was a significant association between age and AR expression (p<0.005), which was associated with mean age 70.8 years in the strongly AR-positive group and 42.3 years in the weakly AR-positive group. The mean percentage of TILs was 38.6% in AR-positive and 39.1% in AR-negative cases (p=0.391). Conclusion: There was no significant association between AR expression and histological grade or TILs. AR positivity in TNBC was associated with older age and tumors with lower Ki-67 expression, indicating two subgroups with distinct phenotypes in patients with TNBC.
Objetivo: O câncer de mama negativo triplo (triple negative breast cancer TNBC) é um subtipo de tumores com biologia intrínseca agressiva, resultando em pior prognóstico. O receptor de andrógeno (androgen receptor AR) é atualmente um dos biomarcadores mais estudados em TNBC, desempenhando papel na gênese e no desenvolvimento do câncer de mama. Métodos: Neste estudo transversal, revisamos retrospectivamente os registros médicos de todos os pacientes com TNBC que receberam atendimento de 2012 a 2014 em um único centro no sul do Brasil. O material histológico dos tumores de mama foi analisado por imuno-histoquímica para a expressão de AR e relacionado a idade, grau histológico, linfócitos infiltrantes de tumores (TILs) e Ki-67. Resultados: Dos 34 casos identificados de TNBC, 23 (67,6%) eram AR negativos e 11 (32,4%), AR positivos. A idade média foi de 51,9 anos (3082 anos). Entre os casos positivos, AR foi fracamente expresso em 6 e fortemente expresso em 5 casos. A maioria dos pacientes (n=28, 82,0%) apresentou tumores pouco diferenciados. A expressão média de Ki-67 foi de 65,0% em AR-negativo e 43,6% em AR-positivo (p<0,05). Houve associação significativa entre a idade e a expressão de AR (p<0,005), associada à idade média de 70,8 anos no grupo com AR fortemente positivo e de 42,3 anos no grupo com AR fracamente positivo. A porcentagem média de TILs foi de 38,6% em AR-positivo e de 39,1% em AR-negativo (p=0,391). Não houve associação significativa entre expressão AR e grau histológico ou TILs. Conclusão: A positividade de AR em TNBC foi associada com idade mais avançada e tumores com menor expressão de Ki-67, indicando dois subgrupos com fenótipos distintos em pacientes com TNBC.
RESUMEN
Abstract Purpose To assess the impact of pre-pregnancy obesity (body mass index [BMI] ≥30 kg/m2) on the gestational and perinatal outcomes. Methods Retrospective cohort study of 731 pregnant women with a BMI ≥30 kg/m2 at the first prenatal care visit, comparing them with 3,161 women with a BMI between 18.5 kg/m2 and 24.9 kg/m2. Maternal and neonatal variables were assessed. Statistical analyses reporting the demographic features of the pregnant women (obese and normal) were performed with descriptive statistics followed by two-sided independent Student's t tests for the continuous variables, and the chi-squared (χ2) test, or Fisher's exact test, for the categorical variables. We performed a multiple linear regression analysis of newborn body weight based on the mother's BMI, adjusted by maternal age, hyperglycemic disorders, hypertensive disorders, and cesarean deliveries to analyze the relationships among these variables. All analyses were performed with the R (R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria) for Windows software, version 3.1.0. A value of p < 0.05 was considered statistically significant. Results Obesity was associated with older age [OR 9.8 (7.8-12.2); p < 0.01], hyperglycemic disorders [OR 6.5 (4.8-8.9); p < 0.01], hypertensive disorders [OR 7.6 (6.1-9.5); p < 0.01], caesarean deliveries [OR 2.5 (2.1-3.0); p < 0.01], fetal macrosomia [OR 2.9 (2.3-3.6); p < 0.01] and umbilical cord pH [OR 2.1 (1.4-2.9); p < 0.01). Conversely, no association was observed with the duration of labor, bleeding during labor, Apgar scores at 1 and 5 minutes after birth, gestational age, stillbirth and early neonatal mortality, congenital malformations, and maternal and fetal injury. Conclusion We observed that pre-pregnancy obesity was associated with maternal age, hyperglycemic disorders, hypertension syndrome, cesarean deliveries, fetal macrosomia, and fetal acidosis.
Resumo Objetivo Avaliar o impacto da obesidade pré-gestacional (índice de massa corpórea [IMC] ≥30 kg/m2) sobre os resultados gestacionais e perinatais. Métodos Estudo transversal retrospectivo, com 731 gestantes que apresentaram IMC ≥ 30 kg/m2 na primeira consulta de pré-natal, comparando-as a 3.161 gestantes com IMC entre 18,5 kg/m2 e 24,9 kg/m2. Foram avaliadas variáveis maternas e neonatais. A análise estatística baseou-se nas características demográficas das gestantes (obesas e com peso normal), e foi realizada com estatísticas descritivas seguidas de testes t de Student independentes bicaudais para variáveis contínuas, e teste de qui-quadrado (χ2) ou exato de Fisher para as variáveis categóricas. Foi realizada uma regressão linear múltipla do peso do recém-nascido sobre o IMC materno, ajustado por idade materna, síndromes hiperglicêmicas, síndromes hipertensivas hipertensivas e operações cesarianas, a fim de analisar a relação entre essas variáveis. Todas as análises foram realizadas com o uso de R (R Foundation for Statistical Computing, Viena, Áustria) para Windows, versão 3.1.0. Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Resultados A obesidade associou-se à idade materna [OR 9,8 (7,8-12,2); p < 0,01], distúrbios hiperglicêmicos [OR 6.5 (4,8-8,9); p < 0,01], distúrbios hipertensivos (RP: 7,6 [6,1-9,5]; p < 0,01), maior taxa de operação cesariana [OR 2,5 (2,1-3,0); p < 0,01], macrossomia fetal [OR 2,9 (2,3-3,6); p < 0,01] e baixo pH na artéria umbilical [OR 2,1 (1,4-2,9); p < 0,01]. Não foi observada associação com tempo de trabalho de parto, sangramento durante o trabalho de parto, índice de Apgar no 1° e 5° minutos, idade gestacional, natimortalidade e mortalidade neonatal precoce, malformações congênitas e tocotraumatismo materno e fetal. Conclusões O estudo mostrou que a obesidade pré-gestacional associou-se com idade materna mais elevada, distúrbios hiperglicêmicos e hipertensivos, taxas mais altas de operação cesariana, macrossomia e acidose fetal.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Adulto , Complicaciones del Embarazo/etiología , Obesidad/complicaciones , Complicaciones del Embarazo/epidemiología , Resultado del Embarazo , Estudios Retrospectivos , Estudios de Cohortes , Enfermedades Fetales/etiología , Enfermedades Fetales/epidemiología , Enfermedades del Recién Nacido/etiología , Enfermedades del Recién Nacido/epidemiologíaRESUMEN
Abstract INTRODUCTION: Group B Streptococcus (GBS), a source of neonatal infection, colonizes the gastrointestinal and genitourinary tracts of pregnant women. Routine screening for maternal GBS in late pregnancy and consequent intrapartum antibiotic prophylaxis have reduced the incidence of early-onset GBS neonatal infection. The aim of this study was to evaluate the performance of PCR, compared to culture (gold standard), in GBS colonization screening of pregnant women, and to establish the prevalence of GBS colonization among this population. METHODS: Vaginal introitus and perianal samples were collected from 204 pregnant women, between the 35th and 37th weeks of pregnancy, at the Obstetrics and Gynecology Unit of the University of Caxias do Sul General Hospital between June 2008 and September 2009. All samples were cultured after enrichment in a selective medium and then assayed by culture and PCR methods. RESULTS: The culture and PCR methods yielded detection rates of vaginal/perianal GBS colonization of 22.5% and 26%, respectively (sensitivity 100%; specificity 95.6%; positive and negative predictive values 86.8% and 100%, respectively). A higher prevalence of GBS colonization was detected in the combined vaginal and perianal samples by both culture and PCR assay analyses. CONCLUSIONS: PCR is a faster and more efficient method for GBS screening, allowing for optimal identification of women who should receive intrapartum antibiotic prophylaxis to prevent newborn infection.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Adolescente , Adulto , Adulto Joven , Canal Anal/microbiología , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/epidemiología , Infecciones Estreptocócicas/epidemiología , Vagina/microbiología , Complicaciones Infecciosas del Embarazo , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/diagnóstico , Complicaciones Infecciosas del Embarazo/microbiología , Factores Socioeconómicos , Infecciones Estreptocócicas/diagnóstico , Streptococcus agalactiae/aislamiento & purificación , Streptococcus agalactiae/genética , Brasil/epidemiología , Portador Sano/microbiología , Portador Sano/epidemiología , Reacción en Cadena de la Polimerasa , Prevalencia , Valor Predictivo de las Pruebas , Sensibilidad y EspecificidadRESUMEN
OBJETIVO: Analisar o impacto do parto vaginal, após uma cesárea prévia, sobre os resultados perinatais. MÉTODOS: Estudo caso-controle, com seleção de casos incidentes e controles consecutivos, no qual foram analisadas variáveis maternas e perinatais. Compararam-se gestantes secundigestas com parto cesáreo prévio (n=375) e que deram à luz via transpélvica (PVPC), com gestantes com os mesmos critérios de inclusão, mas submetidas a operação cesariana (PCPC, n=375). Foram considerados critérios de inclusão: gestantes secundigestas que tenham dado à luz por meio de parto cesariana na gestação anterior; gestação única e de termo; feto em apresentação cefálica, sem malformação congênita; ausência de placenta prévia ou qualquer tipo de sangramento de terceiro trimestre gestacional. RESULTADOS: No estudo, a taxa de PVPC foi de 45,6%, sendo que 20 deles (5,3%) foram ultimados com o fórceps. Observou-se associação significante entre PVPC e idade materna inferior a 19 anos (p<0,01), etnia caucasiana (p<0,05), número médio de consultas de pré-natal (p<0,001), tempo de ruptura prematura das membranas (p<0,01), tempo de trabalho de parto inferior a 12h (p<0,045), índice de Apgar inferior a sete no 5º minuto (p<0,05), tocotraumatismo fetal (p<0,01) e anoxia (p<0,006). No grupo de recém-nascidos por PCPC observou-se maior frequência de taquipneia transitória (p<0,014), disfunções respiratórias (p<0,04) e maior tempo de internação na unidade de tratamento intensivo neonatal (p<0,016). Houve apenas um caso de ruptura uterina no grupo PVPC. O número de neomortos foi idêntico em ambos os grupos. CONCLUSÕES: A via de parto vaginal em secundigestas com cesárea prévia associou-se a aumento significativo da morbidade neonatal. Serão necessários mais estudos para elaborar estratégias que visem melhorias dos resultados perinatais e de auxílio aos profissionais, de forma que estes possam melhor orientar as suas pacientes na escolha da via de parto mais adequada.
PURPOSE: To analyze the impact of vaginal delivery after a previous cesarean section on perinatal outcomes. METHODS: Case-control study with selection of incident cases and consecutive controls. Maternal and perinatal variables were analyzed. We compared secundiparas who had a vaginal delivery after a previous cesarean delivery (VBAC) (n=375) with secundiparas who had a second cesarean section (CS) (n=375). Inclusion criteria were: secundiparas who underwent a cesarean section in the previous pregnancy; singleton and term pregnancy; fetus in vertex presentation, with no congenital malformation; absence of placenta previa or any kind of bleeding in the third quarter of pregnancy. RESULTS: The rate of vaginal delivery was 45.6%, and 20 (5.3%) women had forceps deliveries. We found a significant association between VBAC and mothers younger than 19 years (p<0.01), Caucasian ethnicity (p<0.05), mean number of prenatal care visits (p<0.001), time of premature rupture of membranes (p<0.01), labor duration shorter than 12 hours (p<0.04), Apgar score lower than seven at 5th minute (p<0.05), fetal birth trauma (p<0.01), and anoxia (p<0.006). In the group of newborns delivered by cesarean section, we found a higher frequency of transient tachypnea (p<0.014), respiratory disorders (p<0.048), and longer time of stay in the neonatal intensive care unit (p<0.016). There was only one case of uterine rupture in the VBAC group. The rate of neonatal mortality was similar in both groups. CONCLUSIONS: Vaginal delivery in secundiparas who had previous cesarean sections was associated with a significant increase in neonatal morbidity. Further studies are needed to develop strategies aimed at improving perinatal results and professional guidelines, so that health care professionals will be able to provide their patients with better counseling regarding the choice of the most appropriate route of delivery.
Asunto(s)
Adulto , Femenino , Humanos , Embarazo , Adulto Joven , Parto Vaginal Después de Cesárea , Estudios de Casos y Controles , Resultado del EmbarazoRESUMEN
Introdução: Taxas significativas de morbimortalidade materna ainda podem ser observadas no período gestacional. Um indicador importante de morbidade materna é a necessidade de transferência de paciente obstétrica para a Unidade de Terapia Intensiva. O objetivo do estudo foi avaliar os desfechos maternos e perinatais relacionados a pacientes obstétricas admitidas em unidade de cuidados intensivos. Mé-todos: Estudo observacional e consecutivo das pacientes obstétricas admitidas na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Geral da Universidade de Caxias do Sul, de Março/1998 a Dezembro/2008. Foram analisadas variáveis maternas, obstétricas e neonatais. As variáveis contínuas foram apresentadas sob a forma de porcentagens e as categóricas, sob a forma de proporções. Foi realizado o cálculo de intervalo de confiança com nível de significância (alfa) de 5%. Resultados: no Hospital Geral, no período citado, ocorreram 17.071 nascimentos e 2.758 internações em Unidade de Tratamento Intensivo, sendo que dessas, 87 (3,2%) estiveram relacionadas a complicações da gravidez ou abortos. O principal motivo de internação hospitalar foram as síndromes hipertensivas (70,1%); de óbito, a coagulação intravascular disseminada e o choque séptico. A média da idade materna foi 26,8±7,8; 45 (51,7%) eram nulíparas; 21 (27,6%) apresentaram algum tipo de complicação intraparto. A taxa de mortalidade materna foi de 8,1% (n=7) e a de mortalidade perinatal foi de 22,4% (n=17). Conclusões: Oitenta e sete pacientes obstétricas necessitaram de tratamento intensivo. Fundamentalmente, eram pacientes nulíparas, hipertensas, com pouca escolaridade e assistência pré-natal inadequada. Sete (8,1%) pacientes morreram durante a estada hospitalar.
Introduction: Significant rates of maternal morbidity and mortality still occur during pregnancy. An important indicator of maternal morbidity is the need for transfer of obstetric patients to the Intensive Care Unit. The aim of the study was to evaluate maternal and perinatal outcomes related to obstetric patients admitted to intensive care units. Methods: An observational study of consecutive patients admitted to the obstetric intensive care unit of the General Hospital of the University of Caxias do Sul, from March/1998 to December/2008. Maternal, obstetric and neonatal variables were analyzed. Continuous variables were presented as percentages, and categorical variables as proportions. Confidence interval with significance level (alpha) at 5% was calculated. Results: In the general Hospital, in the mentioned period, there were 17,071 births and 2,758 admissions to the Intensive Care Unit, and of these, 87 (3.2%) were related to complications of pregnancy or abortion. The main reason for hospital admission were hypertensive disorders (70.1%); for death, disseminated intravascular coagulation and septic shock. The mean maternal age was 26.8 ± 7.8; 45 (51.7%) were nulliparous; and 21 (27.6%) had some type of intrapartum complication. The maternal mortality rate was 8.1% (n = 7) and the perinatal mortality rate was 22.4% (n = 17). Conclusions: Eighty-seven obstetric patients required intensive care. Fundamentally, they were nulliparous, hypertensive, with poor education and inadequate prenatal care. Seven (8.1%) patients died during their hospital stay.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Adulto Joven , Complicaciones del Embarazo , Mortalidad Materna , Mortalidad Perinatal , Morbilidad , Unidades de Cuidados IntensivosRESUMEN
Introdução: A história de um óbito fetal apresenta risco aumentado do mesmo evento nas gravidezes subsequentes, ainda que existam resultados conflitantes quanto à taxa de prematuridade e de recém-natos de baixo peso. O objetivo do estudo foi avaliar os resultados obstétricos e perinatais de pacientes secundíparas que apresentaram morte fetal na gravidez anterior. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo caso-controle, com seleção de casos incidentes e controles consecutivos, realizado no período de Março/1998 a Dezembro/2008, em que foram analisadas variáveis maternas e perinatais. Para a análise estatística utilizaram-se médias, desvios padrões, teste T de Student e Mann-Whitney para variáveis numéricas, qui-quadrado para variáveis categóricas e estimativa de risco pelo Odds Ratio com IC95%. Para todos os testes foi adotado nível de significância (alfa) de 5%. Resultados: De um total de 15.450 gestantes, foram selecionadas 58 gestantes (0,38%) secundíparas cuja primeira gestação tenha sido relacionada a óbito fetal. Os fatores de exposição identificados foram recém-nascidos com peso ≤2.500g [12(20,7%) vs. 4(2,3%); p<0,0001; OR 11,1], internação em ambiente de intensivismo neonatal [15(27,8%) vs. 22(13,0%); p<0,05; OR 2,4] e neomortalidade precoce [5(8,9%) vs. 2(1,2); p<0,01; OR 8,1], na gestação subsequente. Não foi observada associação com índices de Apgar <7 no 1º e 5º minutos, recorrência do óbito fetal e ocorrência de síndrome hipertensiva. Conclusão: Os fatores de exposição foram maior incidência de neonatos de baixo peso, de internação em ambiente de intensivismo neonatal e de neomortalidade precoce (AU)
Introduction: The history of a stillbirth increases the risk of the same event in subsequent pregnancies, although there are conflicting results regarding the rate of premature and newborn babies of low birth weight. The aim of this study was to evaluate the obstetric and perinatal outcome of secundiparous women who presented fetal death in previous pregnancy. Methods: This is a case-control study, with selection of incident cases and consecutive controls conducted from Mar 1998 to Dec 2008, in which maternal and perinatal variables were analyzed. For the statistical analysis we used means, standard deviations, Student's t test and Mann-Whitney test for numeric variables, chi-square test for categorical variables, and odds ratios with 95% CI for risk estimate. The level of significance (alpha) was 5% for all tests. Results: From a total of 15,450 pregnant women, we selected 58 secundiparous women (0.38%) whose first pregnancy was associated with fetal death. The exposure factors found were infants weighing ≤ 2,500 g [12 (20.7%) vs. 4 (2.3%), p <0.0001, OR 11.1], admission to neonatal intensive care environment [15 (27.8%) vs. 22 (13.0%), p <0.05, OR 2.4] and early neonatal mortality [5 (8.9%) vs. 2 (1.2), p <0.01, OR 8.1] in the subsequent pregnancy. No association was observed with Apgar scores <7 at 1 and 5 minutes, recurrent fetal death and occurrence of hypertensive syndrome. Conclusion: The exposure factors were higher incidence of low birth weight newborns, admission to neonatal intensive care environment, and early neonatal mortality (AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Resultado del Embarazo/epidemiología , Parto Obstétrico/estadística & datos numéricos , Mortinato/epidemiología , Muerte Fetal/etiología , Atención Prenatal , Diagnóstico Prenatal , Brasil/epidemiología , Estudios de Casos y Controles , Aborto Espontáneo/etiología , Aborto Espontáneo/prevención & control , Estudios Retrospectivos , Factores de Riesgo , Causas de Muerte , Embarazo de Alto Riesgo , Muerte Fetal/prevención & controlRESUMEN
OBJETIVO: Avaliar os fatores perinatais associados a recém-nascidos de termo com pH<7,1 na artéria umbilical e índice de Apgar no 5º min<7,0. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com delineamento caso-controle, realizado após revisão dos prontuários de todos os nascimentos ocorridos entre setembro/1998 e março/2008, no Hospital Geral de Caxias do Sul. Foi considerado fator de inclusão os recém-nascidos de termo que apresentaram índice de Apgar no 5º min <7,0 e pH de artéria umbilical <7,1. Na análise univariada foi utilizado o teste t de Student e Mann-Whitney para as variáveis contínuas, o teste do c² para as variáveis dicotômicas e estimativa de risco pelo odds ratio (OR). Foi utilizado um valor de p<0,05 como estatisticamente significativo. RESULTADOS: De um total de 15.495 nascimentos consecutivos observaram-se 25 neonatos (0,16%) de termo com pH<7,1 na artéria umbilical e índice de Apgar no 5º min <7,0. Apresentaram associação significativa com o evento acidótico a apresentação pélvica (OR=12,9; p<0,005), parto cesáreo (OR=3,5; p<0,01) e cardiotocografia intraparto alterada (OR=7,8; p<0,02). Dentre as características fetais, associaram-se o déficit de base (-15,0 versus -4,5; p<0,0001), necessidade de internação em unidade de terapia intensiva neonatal (OR=79,7; p<0,0001) e necessidade de reanimação (OR=12,2; p<0,0001). CONCLUSÃO: Baixo índice de Apgar no 5º min de vida associado a pH<7,1 na artéria umbilical pode predizer desfechos neonatais desfavoráveis.
PURPOSE: To assess perinatal factors associated with term newborns with pH<7.1 in the umbilical artery and 5th min Apgar score<7,0. METHODS: Retrospective case-control study carried out after reviewing the medical records of all births from September/1998 to March/2008, that occurred at the General Hospital of Caxias do Sul. The inclusion criterion was term newborns who presented a 5th min Apgar score <7.0 and umbilical artery pH<7.10. In the univariate analysis, we used the Student's t-test and the Mann-Whitney test for continuous variables, the c² test for dichotomous variables and risk estimation by the odds ratio (OR). The level of significance was set at p<0.05. RESULTS: Of a total of 15,495 consecutive births, 25 term neonates (0.16%) had pH<7.1 in the umbilical artery and a 5th min Apgar score <7.0. Breech presentation (OR=12.9, p<0.005), cesarean section (OR=3.5, p<0.01) and modified intrapartum cardiotocography (OR=7.8, p<0.02) presented a significant association with the acidosis event. Among the fetal characteristics, need for hospitalization in the neonatal intensive care unit (OR=79.7, p <0.0001), need for resuscitation (OR=12.2, p <0.0001) and base deficit were associated with the event (15.0 versus -4.5, p<0.0001). CONCLUSION: Low Apgar score at the 5th min of life associated with pH<7.1 in the umbilical artery can predict adverse neonatal outcomes.
Asunto(s)
Humanos , Recién Nacido , Sangre Fetal/química , Arterias Umbilicales , Puntaje de Apgar , Estudios de Casos y Controles , Concentración de Iones de Hidrógeno , Estudios Retrospectivos , Nacimiento a TérminoRESUMEN
OBJETIVO: Comparar as taxas de óbito e as principais intercorrências clínicas entre recém-nascidos pré-termo tardios nascidos com idade gestacional entre 34 semanas completas e 36 semanas e 6 dias e recém-nascidos a termo. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo todos os recém-nascidos pré-termo tardios nascidos entre agosto de 2010 e agosto de 2011. A população do estudo foi constituída pelos recém-nascidos pré-termo tardios (casos) e um grupo de recém-nascidos a termo (controles), sendo selecionados três controles para cada caso. Foram analisadas variáveis maternas, da gestação e neonatais. Na análise estatística, utilizaram-se médias, desvios padrão e testes t de Student e de Mann-Whitney para variáveis numéricas, o qui-quadrado de Pearson para variáveis categóricas e estimativa de risco pela odds ratio com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: A população do estudo foi constituída por 239 recém-nascidos pré-termo tardios e 698 recém-nascidos a termo. As gestantes com mais de 35 anos e/ou história de prematuros prévios tiveram um número maior de pré-termo tardios. As variáveis da gestação relacionadas com o pré-termo tardio foram a hipertensão, doenças infecciosas, ruptura de membrana há mais de 18 horas e gravidez gemelar. Os recém-nascidos pré-termo, em comparação com os recém-nascidos a termo, apresentaram estatisticamente mais hipo/hipertermia, hipoglicemia, patologias respiratórias, necessidade de reanimação em sala de parto, necessidade de fototerapia, uso de complemento alimentar, necessidade de ventilação mecânica, infusão venosa, uso de antibiótico e internação em unidade de tratamento intensivo neonatal, sendo a sua taxa de óbito neonatal nove vezes maior. As intercorrências se mostraram inversamente relacionadas à idade gestacional. CONCLUSÃO: Os recém-nascidos pré-termo tardios apresentaram uma taxa de óbito nove vezes maior do que os recém-nascidos a termo e maior risco de intercorrências no período neonatal, sendo estas inversamente relacionadas com a idade gestacional.
OBJECTIVE: To compare mortality and the principal intercurrent clinical conditions suffered by late-preterm newborn infants born with gestational ages of 34 full weeks to 36 weeks and 6 days, and full term newborns. METHODS: This was a cross-sectional study of all preterm newborn infants born at a public hospital from August 2010 to August 2011. The study sample comprised late-preterm infants (cases) and a group of full term newborns (controls). Three controls were enrolled for each case. Maternal, gestational and neonatal variables were analyzed. Means and standard deviations were used to compare numerical variables between case and control groups using Student's t test and the Mann-Whitney test; Pearson's chi-square was used for categorical variables. Odds ratios and 95% confidence intervals were calculated to estimate risk. RESULTS: The study sample comprised 239 late-preterm infants and 698 full term newborns. Mothers aged over 35 years and/or with a history of previous premature deliveries had a higher proportion of late-preterm children. The following gestational variables were associated with late-preterm delivery: hypertension, infectious diseases, rupture of membranes more than 18 hours previously and multiple pregnancies. When compared with full term newborns, late-preterms were statistically more likely to be subject to hypothermia/hyperthermia, hypoglycemia, respiratory pathologies, resuscitation in the delivery room, phototherapy, supplementary feeding, mechanical ventilation, venous infusions, antibiotics and admission to the neonatal intensive care unit, resulting in a nine times greater neonatal mortality rate. Intercurrent conditions were inversely related to gestational age. CONCLUSIONS: Late-preterm newborn infants had a mortality rate nine times that of full term infants and were exposed to a greater risk of intercurrent conditions during the neonatal period. These intercurrent conditions were inversely related to gestational age.
Asunto(s)
Adulto , Femenino , Humanos , Recién Nacido , Masculino , Embarazo , Edad Gestacional , Nacimiento Prematuro/mortalidad , Brasil/epidemiología , Estudios de Casos y Controles , Estudios Transversales , Recien Nacido Prematuro , Madres , Riesgo , Factores Socioeconómicos , Estadísticas no ParamétricasRESUMEN
INTRODUÇÃO: Na atualidade, o nascimento de recém-nascidos prematuros tem constituído um crescente problema obstétrico e de saúde pública, posto que taxas elevadas têm contribuído significativamente com a mortalidade perinatal e a morbidade infantil de longo prazo. O objetivo deste estudo é analisar os fatores de exposição associados à prematuridade em um hospital terciário de ensino. MÉTODOS: Trata-se de um estudo caso-controle, com seleção de casos incidentes e controles consecutivos, em que foram analisadas variáveis maternas e perinatais. Para se verificar a presença ou não de associação entre as variáveis independentes e o nascimento pré-termo, estimou-se a Odds Ratio bruta para cada associação de interesse. Na análise univariada, foi aplicado o teste t de Student para as variáveis contínuas e o teste do qui-quadrado para as variáveis dicotômicas. Em todos os testes, se considerou significante um p<0,05. RESULTADOS: De um total de 1.093 nascimentos, foram identificados 117 recém-nascidos pré-termo (10,7%). Os fatores de exposição identificados foram a falta de pré-natal, malformações congênitas, ruptura da membrana amniótica por mais de 12h e episódios de sangramento vaginal de qualquer etiologia durante a gestação. Não se observou associação ao uso de fumo, síndromes hipertensiva e diabética e pH no sangue da artéria umbilical <7,1. CONCLUSÃO: O percentual de prematuridade no estudo foi de 10,7% e o de óbito perinatal, de 13,7%. Os fatores de exposição identificados foram: falta de pré-natal, malformações congênitas, ruptura da membrana amniótica por mais de 12h e episódios de sangramento vaginal de qualquer etiologia durante a gestação
INTRODUCTION: At present, the birth of premature infants has become a growing problem in obstetrics and public health, since high rates have contributed significantly to perinatal mortality and long term infant morbidity. Aims: To assess the exposure factors associated with prematurity in a tertiary care teaching hospital. METHODS: This is a case-control study, with selection of consecutive incident cases and controls, in which maternal and perinatal variables were analyzed. In order to determine the presence or absence of association between independent variables and pre-term birth, the crude odds ratio was estimated for each association of interest. In univariate analysis, the Student's t test for continuous variables and chi-square test for dichotomous variables were applied. In all tests, p<0.05 was considered as significant. RESULTS: Of a total of 1,093 births, 117 (10.7%) were identified as pre-term newborns. The exposure factors identified were lack of prenatal care, birth defects, amniotic membrane rupture for more than 12h, and episodes of vaginal bleeding of any cause during pregnancy. There was no association with smoking, hypertensive and diabetic syndromes, and pH in umbilical artery <7.1. CONCLUSION: The percentage of pre-term births in the study was 10.7%, and perinatal mortality was 13.7%. The exposure factors identified were: lack of prenatal care, birth defects, amniotic membrane rupture for more than 12h, and episodes of vaginal bleeding of any cause during pregnancy
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Recien Nacido Prematuro , Nacimiento PrematuroRESUMEN
Introdução: Pouca atenção tem sido dada às mortes que ocorrem antes do nascimento, apesar da mortalidade fetal ser influenciada pelas mesmas circunstâncias e ter as mesmas etiologias que a mortalidade neonatal precoce. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores de risco associados à mortalidade fetal. Métodos: Estudo do tipo caso-controle, incluindo os partos ocorridos entre Março/1998 e Maio/2004. Foram incluídos 183 casos (natimortos) e 342 controles (nativivos). Para testar a associação entre as variáveis independente (preditoras) e dependente (natimortos), foi utilizado o teste qui-quadrado e o teste exato de Fisher, quando indicado, considerando-se o nível de significância de 5%. Para determinação da força da associação foi utilizada a estimativa do risco relativo para os estudos de caso-controle, Odds Ratio (OR), calculando seu intervalo de confiança a 95%. Foi realizada análise de regressão logística seguindo o modelo hierarquizado para controle dos fatores de confusão. Resultados: A taxa de mortalidade fetal correspondeu a 16,8/1.000 nascimentos vivos. Depois da análise multivariada, as variáveis que persistiram significativamente associadas ao óbito fetal foram: presença de malformações (OR= 9,7; IC95%=4,7-20,2), número de consultas durante o pré-natal inferior a seis (OR=5,1; IC95%=3,3-7,8), síndromes hipertensivas (OR=2.7; IC95%=1,5-4,7), menos do que oito anos de estudo (OR=1,6; IC95%=1,0-2,6) e natimortalidade prévia (OR=11,5; IC95%=3,2-41,7). Conclusão: Os fatores de risco identificados e que estiveram relacionados com a morte fetal foram a presença de malformações congênitas, números de consultas de pré-natal inferior a seis, síndromes hipertensivas, menos do que oito anos de estudo e natimortalidade prévia.
Introduction: Little attention has been given to deaths that occur before birth, although fetal mortality is influenced by the same circumstances and has the same causes as early neonatal mortality. The aim of this study was to analyze the risk factors associated with fetal mortality. Methods: A case-control study including births between March 1998 and May 2004. The study included 183 cases (stillbirths) and 342 controls (live births). To test the association between independent (predictors) and dependent (stillborn) variables, we used the chi-square and Fishers exact tests, when indicated, considering the significance level of 5%. To determine the strength of association we used an estimate of relative risk for case-control studies, odds ratio (OR), calculating the confidence interval at 95%. A logistic regression analysis was performed following the hierarchy model to control for confounding factors. Results: The fetal mortality rate amounted to 16.8/1,000 live births. After multivariate analysis, the variables that remained significantly associated with fetal death were malformation (OR = 9.7, 95% CI 4.7 to 20.2), fewer than six visits during the prenatal period (OR = 5.1, 95% CI 3.3 to 7.8), hypertensive disorders (OR = 2.7, 95% CI 1.5 to 4.7), fewer than eight years of schooling (OR = 1.6 , 95% CI 1.0 to 2.6) and prior stillbirth (OR = 11.5, 95% CI 3.2 to 41.7). Conclusion: The identified risk factors for fetal death were congenital malformations, fewer than six prenatal consultations, hypertensive disorders, fewer than eight years of schooling, and previous stillbirth.