Situação epidemiológica da hanseníase no município de São José do Rio Preto, SP, Brasil / Epidemiological situation of leprosy in the city of São José do Rio Preto, SP, Brazil

Introdução: A hanseníase persiste, até o momento, como um problema de saúde pública. O objetivo desta pesquisa foi descrever o perfil epidemiológico da doença, em SJRio Preto, no período de 1998 a 2006. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal cuja coleta de dados foi realizada mediante consultanos prontuários. Resultados: Das 359 pessoas estudadas, a maioria realizou tratamento no Núcleo de Gestão Ambulatorial (72,7%). 59,1% foram classificados como multibacilares e 73,8% tinham a baciloscopia negativa; idade média de 53 anos (dp16); 49,6% apresentaram episódio reacional; 9,7% conheciam a fonte de contágio;10,6% apresentaram efeitos colaterais aos medicamentos; 82% estavam em alta; 85,5% foram avaliados eacompanhados em prevenção de incapacidades no diagnóstico e destes 85,7% apresentaram Grau zero (semincapacidades). Discussão: Ações de vigilância epidemiológica precisam ser intensificadas e a descentralização discutida com autoridades, com o propósito de incrementar a detecção precoce, o controle de comunicantese prevenção de deficiências. Conclusão: Apesar da prevalência no município estar dentro dos parâmetros de eliminação como problema de saúde pública recomendados pela OMS, a maioria dos casos ainda é diagnosticada na forma polarizada.

Introduction: Leprosy persists until the moment as a problem of public health. The objective of this study was to describe the epidemiological profile of leprosy in São José do Rio Preto from 1998 to 2006. Materials and Methods: This transversal descriptive study utilized data that were collected from the patients’ medical records. Results: During the period analyzed, 359 patients were studied. The majority (72.7%) was treated at "Núcleo de Gestão Assistencial (NGA 60)", a health care service", 59.1% were multibacillary, and 73.8%presented a negative bacillary index. Mean age was 53 years ± 16 SD. The clinical data of the 359 patients areas follows: 49.6% presented reactional episodes, 9.7% were aware of their source of infection, 10.6% showed collateral effects to medications, and 82% are cured. From those patients (85.5%) who were evaluated for incapacities 85.7% presented grade zero (no incapacity). Discussion: Leprosy epidemiological surveillance needs to be intensified and the decentralization discussed with health authorities in order to increase early detection and evaluate contacts to prevent disabilities. Conclusion: Despite the prevalence being within the WHO recommended elimination parameters as a Public Health problem, most cases are still diagnosed in the polarized forms in São José do Rio Preto.

Indicadores da qualidade de vida no trabalho entre docentes de curso de graduação em enfermagem / Quality of life indicators in the work of professors of a nursing undergraduatecourse

Introdução: A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é estudada na ciência comportamental para identificar agravos à saúde do trabalhador e sua repercussão no funcionamento e na efetividade das organizações. É uma temática abordada e muito estudada nos países desenvolvidos. No Brasil alguns pesquisadores têm destacado a necessidade de difusão de pesquisas neste contexto. Objetivo: Apresentar indicadores da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) entre docentes de um Curso de Graduação em Enfermagem, incluindo as variáveis de caracterização social, hábitos de vida; problemas de saúde, uso dos serviços de saúde eprocessos potencializadores e desgastantes da QVT. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo, tipo censo,abrangendo 75 (97,4%) docentes de um curso de graduação em enfermagem, em uma autarquia estadual, utilizando-se um questionário sobre morbidade referida e condições de trabalho. Os dados obtidos foram agrupados segundo especificidade das respostas e por tratar-se de totalidade da população foram tratados em índices absolutos e percentuais e apresentados em forma de Tabelas. Resultados: Os principais resultados entre os docentes foram: maioria de mulheres (82,7%), idade entre 41 a 50anos (57,3%); casados (58,7%); renda superior a 15 salários mínimos (53,3%); raramente praticavam atividade física (62,7%); 29,3% tinham distúrbio do sono; 68% nunca foram tabagistas; 81,3% raramente ingerem bebida alcoólica; 46,7% referiram sobrepeso ou obesidade; 52% faziam uso diário de medicamentos; referiram como problemas freqüentes desaúde o estresse (76%), dor de cabeça (57,3%), doenças de coluna (22,7%), hipertensão arterial (20%).Potencializadores da qualidade de vida no trabalho foram: plano privado de saúde (92%), relacionamento social satisfatório e o vínculo empregatício na instituição. Como fatores desgastantes ficaram destacados: insatisfação com remuneração, excesso de atividades no trabalho (61,3%) e falhas na divisão de tarefas...

Introduction: Quality of Life in the Work (QLW) is part of studies of behavioral sciences to identify occupational health problems and their repercussion in the functioning and effectiveness of organizations.It is approached and much studied theme in developed countries. In Brazil, some researchers have been highlighting the need of further research in this issue. Objectives: To present indicators of Quality Life in the Work (QLW) among professors of a Nursing Undergraduate Course. Variables included were: social characteristics, life habits, health problems, the use of health care services, and QLW restlessness and potential processes. Methods: A descriptive study – following the model of a census- was performed with75 (97.4%) professors from a Nursing Undergraduate Course. A questionnaire about morbidity and working conditions was used. Collected data were arranged in groups according to the level of specificity found inthe answers. Since data dealt with the totality of the population, they were expressed using both absolute and relative indexes. Data were, then, presented in Tables. Results: The main results among the professors were: majority of women (82.7%), age between 41 and 50 years (57.3%), married (58.7%), wage superior to 15 minimum wages (53.3), little practice of physical activities (62.7%), sleep disorders (29.3%), non-smokers (68%), rarely intake of alcoholic drinks (81.3%), reference to overweight or obesity (46.7%), daily use of medications (52%). Health problems complained as frequent were: stress (76%), headache (57.3%), back pain(22.7%), arterial hypertension (20%). Potential points for life quality were: private health insurance (92%),satisfactory social relationships, and occupational safety with the institution. Restlessness factors were: dissatisfaction regarding the wage, overworking activities (61.3%), and failures in the task distribution...