RESUMEN
A vacinação materna representa uma ferramenta promissora na melhoria da saúde materna e infantil para diversas condições infecciosas. A maior susceptibilidade das gestantes às condições infecciosas, assim como a capacidade da mãe transferir anticorpos através da placenta, oferecendo proteção vital a seus conceptos antes que os mesmos sejam vacinados, têm despertado atenção maior à imunização materna. A FEBRASGO, em conformidade com a Sociedade Brasileira de Imunizações e Ministério da Saúde, recomenda três vacinas de rotina para todas gestantes: influenza, difteria - tétano -coqueluche acelular (dTpa), além da vacina de hepatite B, disponíveis no sistema público na totalidade. Esta revisão descreve as vacinas recomendadas na gestação, além de vacinas e imunoglobulinas de uso específico, e contraindicações da imunização na gestação e puerpério. Aborda, ainda, estratégias de melhoria de adesão à imunização pela gestante, visando alcançar altas taxas de cobertura vacinal, uma estratégia fundamental em saúde pública, com objetivo de reduzir a morbimortalidade infecciosa de gestantes e recém-nascidos.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Atención Primaria de Salud , Vacunas/uso terapéutico , Enfermedades Transmisibles/inmunología , Vacunación , Control de Infecciones/métodos , Salud Materna , Prevención Primaria/métodos , Brasil/epidemiología , Lactancia Materna , Inmunoglobulinas , Bases de Datos Bibliográficas , Inmunización , Cooperación del Paciente , Estrategias de Salud , Mujeres Embarazadas , Periodo Posparto , Cobertura de VacunaciónRESUMEN
OBJETIVO: identificar os fatores de risco para neoplasia intra-epitelial cervical (NIC) e os tipos de papilomavírus humano (HPV) em mulheres com NIC, e comparar com os tipos de HPV entre as que apresentam colo normal. MÉTODOS: foram estudadas 228 pacientes, sendo 132 portadoras de NIC (casos) e 96 mulheres com colo normal (controles). Nos dois grupos, formados por pacientes selecionadas entre aquelas que procuraram atendimento no mesmo hospital e residiam em área próxima ao local da pesquisa, a média etária foi semelhante (34,0±8,3 anos), com predomínio de casadas. Os possíveis fatores de risco para NIC foram investigados com aplicação de questionário, pesquisando: idade, estado civil, grau de escolaridade, idade do primeiro coito, número de gestações, número de parceiros sexuais, método contraceptivo utilizado, referência de doenças sexualmente transmissíveis (DST) anteriores e tabagismo, comparados entre os grupos estudados. Foram coletadas amostras para colpocitologia oncótica e, a seguir, para pesquisa de HPV por reação em cadeia de polimerase (PCR), utilizando iniciadores (primers) MY09 e MY11, procedendo-se então ao exame colposcópico e exame histopatológico. Para análise estatística de associação de NIC com fatores de risco, utilizaram-se odds ratio com intervalo de confiança e os testes chi2 e Fisher, ao nível de significância de 0,05. Empregou-se ainda o método de regressão logística testado com significância expressa pelo valor de p com grau de máxima verossimilhança. RESULTADOS: no modelo de regressão logística permaneceram as variáveis: infecção por HPV de alto risco oncogênico (OR=12,32; IC 95 por cento: 3,79-40,08), referência à DST anterior (OR=8,23; IC 95 por cento: 2,82-24,04), idade precoce do primeiro coito (OR=4,00; IC 95 por cento: 1,70-9,39) e tabagismo (OR=3,94; IC 95 por cento: 1,73-8,98). A PCR foi positiva em 48,5 por cento e 14,6 por cento nos grupos caso e controle, respectivamente. CONCLUSÕES: o fator de risco principal para NIC foi infecção por HPV oncogênico, com os tipos 16, 18, 33, 35, 51, 52, 58 e 83. Dentre as portadoras de lesões de alto grau, houve predomínio de HPV-16 ou variante 16. Nas pacientes com colo morfologicamente normal, também foram identificados os tipos oncogênicos 51, 58 e variante 51.